Web 2.0 vs Web 3.0: o que a crise de 20 anos atrás nos diz sobre o futuro do mercado cripto?
Orlando
Telles, diretor de research da Mercurius Crypto, relembra o cenário
da Web 2.0 entre os anos de
1999 e 2002, durante a bolha das .com
São Paulo, novembro de 2022 – Imagine um mercado pouco regulado, que
acaba de observar alguns de seus ativos mais promissores se desvalorizar entre
75% a 90%, os quais nos anos anteriores se valorizaram em média 300%. Esse era
o mercado que mais havia recebido investimento de grandes fundos de inovação
(venture capital) e que muitos acreditam ser o futuro, mas ninguém tinha
certeza se ele iria de fato prosperar.
Essa era a descrição do mercado de Web
2.0 em 2002, quando empresas já consolidadas como a Amazon e Ebay apresentaram
no curto período de 1 ano a desvalorização de suas ações em 95% e 75%,
respectivamente.
De acordo com Orlando Telles, diretor de
research da Mercurius Crypto, holding de
inteligência em criptomoeda, essa também poderia ser a descrição do mercado de
criptoativos atual. “Existem muitas similaridades entre a crise de 2002 em Web
2.0 e a crise de 2022 em Web 3.0, por isso estamos observando uma ótima
chance”, destaca.
Web 2.0 vs Web 3.0
O atual momento no ecossistema de Web
3.0 (cripto) relembra o que a Web 2.0 viveu entre os anos de 1999 e 2002,
durante a bolha das .com.
Foram muitos os motivos que levaram àquele cenário, como a criação de um
paradigma tecnológico, fundações criando as primeiras aplicações, algumas
empresas encontrando Produt Market Fit e grande especulação por parte do
investidor varejo.
“No momento da bolha, diversas empresas
haviam recebido capital por parte de fundos de venture capital, além de um
extenso processo de atração de capital intelectual”, explica Orlando. O
especialista ressalta também a dificuldade de o mercado compreender a
tecnologia associada ao hype por parte dos investidores varejo, que permitiram
preços extremamente distorcidos.
“No cenário atual, temos como exemplo a
Axie Infinity, que chegou a ser precificada com um valuation similar ao de
grandes companhias de desenvolvimento de games, como a Ubisoft e a Zynga”, diz.
Com a redução da liquidez dos mercados ao redor do mundo, por conta da elevação
da taxa de juros nas principais economias, as valorizações se mostraram
irracionais, dando início ao processo de grande desvalorização no mercado de
cripto que temos observado. Com isso, alguns investidores ficaram com a
seguinte pergunta em relação ao mercado de cripto: Ainda há esperança para esse
mercado?
Por que acreditar em cripto no longo
prazo?
Segundo Telles, ao analisar o resultado
da bolha das .com
nos anos 2000, é possível perceber que algumas das maiores empresas à época
fizeram parte do processo, como Amazon, Apple e Ebay.
Nesse sentido, o especialista destaca a
importância de analisar o que essas empresas tinham de diferente quando
comparadas aos seus concorrentes. Entre os principais fatores está a existência
de Produt Market Fit, ou seja, produto validado. “Quando analisamos os balanços
dessas empresas durante esse período, torna-se evidente que elas permaneceram
apresentando um bom crescimento naquele momento”, diz.
De acordo com a análise do especialista,
a dinâmica observada no mercado há 20 anos pode se repetir nos próximos meses
frente à crise atual. “Penso que o mesmo racional deve ser aplicado a cripto,
visto que existem projetos que estão conseguindo manter e expandir sua base de
usuários e aplicações mesmo nesse extenso bear market”, aponta.
Sobre a Mercurius Crypto
A Mercurius Crypto é uma holding de inteligência em criptomoedas. A companhia conta com a Mercurius Research, com foco na análise e pesquisa do mercado, e a Mercurius Asset, voltada à gestão de fundos de investimentos regulados pela CVM e Anbima. Juntas, as frentes de atuação têm forte presença nas redes sociais, bem como a maior e mais experiente equipe de especialistas do mercado. A empresa conta, ainda, com a Mercurius PRO, a maior plataforma de educação em cripto exclusiva para assinantes. Mais informações podem ser consultadas por meio do site oficial e nas principais redes sociais.
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