A importância da redução dos 'dias em aberto' para maior lucratividade da pecuária leiteira
Por
Vanessa Carvalho, zootecnista, doutora em nutrição de ruminantes pela
Universidade Estadual Paulista (Unesp) e gerente de produtos e serviços
técnicos para bovinos de leite da Phibro Saúde Animal.
A eficiência
reprodutiva envolve diversos fatores, mas de maneira geral, consiste na
capacidade de uma vaca ficar prenha o mais rápido possível, após o chamado
Período de Espera Voluntário (PEV). Dados comprovam que uma reprodução
ineficiente reduz a produtividade e a lucratividade do rebanho, em razão do
aumento do intervalo entre partos, do maior número de descarte dos animais, do
menor progresso genético, da maior necessidade de reposição, entre outros
fatores.
Nesse
sentido, existem diversos parâmetros que podem ser avaliados, auxiliando
na identificação de possíveis melhorias, tais como: intervalo entre partos,
período voluntário de espera, taxa de serviço, taxa de concepção, taxa de
prenhez e dias em aberto. Essas informações reprodutivas devem ser comparadas
aos dados de literatura, às informações regionais, entre fazendas, mas
principalmente em relação ao histórico da propriedade.
Dentre os
parâmetros citados, a observação dos "dias em aberto" – o intervalo
entre o dia do parto e o início de uma nova gestação – tem nos mostrado possibilidades
de melhoria. Em rebanhos de alta produção, se a média de dias em aberto estiver
abaixo de 85 dias, pode indicar que as vacas estão sendo "cobertas"
muito cedo. Com isso, parte do potencial de produção leiteira está sendo
perdida. No entanto, em rebanhos com baixa persistência de lactação esse
número pode ser interessante. O período ideal pode variar de 50 a 150 dias para
vacas de leite.
É sabido que
vários fatores interferem nos índices reprodutivos, como produção de leite,
utilização do hormônio somatotropina bovina recombinante
(bST), manejo de pré e pós-parto, estresse térmico e sanidade. As doenças
do periparto, por exemplo, estão entre os principais fatores prejudiciais à
reprodução, uma vez que podem atingir até 60% dos animais e, como consequência
reduzir produção de leite e aumentar o tempo para a primeira inseminação, o
número de serviços por concepção e a taxa de descarte, além dos custos com
tratamento. Dados de literatura mostram que vacas que não tiveram nenhuma
doença periparto tiveram 51% de taxa de prenhez na primeira Inseminação
Artificial (IA), já as que tiveram pelo menos uma doença periparto apresentaram
43% de prenhez, enquanto as fêmeas que tiveram duas ou mais doenças
apresentaram somente 35% de taxa de prenhez na primeira IA.
Essas
enfermidades podem resultar em inflamação crônica, levando a efeitos de longo
prazo na reprodução, como danos ao ambiente uterino ou aos folículos em
desenvolvimento.
Existem várias
maneiras de melhorarmos os índices reprodutivos, tais como manejo, mais saúde
na transição, instalação adequada, redução de estresse, incluindo estresse
térmico, nutrição balanceada entre outros. Além disso, manter o sistema
imunológico saudável é extremamente importante, pois a função imune afeta
a reprodução de vacas leiteiras, tanto diretamente – por ações de células
imunes no sistema reprodutivo –, como indiretamente – por efeitos negativos de
doenças, como falado anteriormente.
Em auxílio ao
produtor, a Phibro Saúde Animal oferece OmniGen®AF, que auxilia na modulação da
resposta imune, melhora a saúde no periparto e, consequentemente, melhora o
desempenho reprodutivo. Diversos estudos com o produto mostraram melhoria na
resposta do sistema imunológico e nos índices de saúde como metrite,
mastite, retenção de placenta entre outras enfermidades.
Mais
recentemente, trabalhos voltados à reprodução foram conduzidos. Um estudo
inicial feito com ratas mostrou que animais alimentados com a solução
apresentaram menor tempo para o primeiro parto, maior número de filhotes, útero
com menor incidência de lesões e maior desenvolvimento vascular. Outra pesquisa
conduzida com vacas Angus identificou que animais que consumiram OmniGen®AF tiveram
maior quantidade de oócitos e maior quantidade e qualidade de embrião. Mais
recentemente, um artigo científico da Universidade da Flórida
(Estados Unidos), com mais de 1.400 vacas holandesas, comprovou que os
animais suplementados com a solução passaram menos dias na
baia-hospital sob tratamento com antibióticos, tiveram menos casos
de mastite e retenção de placenta, apresentaram numericamente
maior taxa de concepção e uma redução de 10 dias em aberto. Além
disso, esses animais tiveram maior rendimento de leite (aumento médio
de 0,73 kg/vaca).
Se
considerarmos a rentabilidade para o produtor, levando em consideração apenas a
redução dos dias em aberto identificado nesse estudo (10 dias), a economia por
animal foi de US$ 30, de acordo com a instituição norte-americana de
ensino.
O apoio de soluções nutricionais juntamente com adoção de medidas complementares de manejo e de nutrição formam um conjunto de ações que melhora o bem-estar, produção e reprodução do animal e, consequentemente, melhora a lucratividade da atividade leiteira. Estes benefícios estão no centro das soluções desenvolvidas e comercializadas pela Phibro Saúde Animal no Brasil.
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