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Como a adoção de ferramentas de suporte à decisão clínica pode apoiar os médicos e otimizar os resultados das instituições de saúde



Por Ana Paula R. Lima

 

Ferramentas de suporte à decisão clínica (SDC), quando implantadas no ponto de atendimento de maneira eficiente, podem otimizar os resultados do setor de saúde, uma vez que impactam a experiência dos pacientes e a performance do médico. No entanto, para que isto ocorra, é preciso que essas tecnologias integrem-se perfeitamente não apenas ao fluxo de trabalho dos profissionais de saúde, mas também ao sistema já existente no hospital, a fim de facilitar e não exacerbar a carga de trabalho do corpo clínico.

 

Geralmente, quando um hospital demora para aderir estas soluções, é por conta dos desafios relacionados a sua usabilidade, a falha dos fabricantes em entender as reais necessidades dos médicos e, ainda, a dificuldade em integrar a solução ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP).

 

Por outro lado, ferramentas de SDC de ponta podem ajudar, e muito, os profissionais de saúde a identificarem padrões e realizarem diagnósticos baseados em evidências, prescrevendo tratamentos ainda mais seguros. Isto porque, essas tecnologias devem ser desenvolvidas com o objetivo de promover maior efetividade clínica.

 

Fadiga de alertas

 

Outro ponto de atenção é com relação aos alertas gerados por essas ferramentas, uma vez que são muitas as demandas e desafios que os médicos precisam lidar diariamente, e, em um cenário pós-pandemia, muitos já estão à beira do esgotamento. Desta forma, quando estas soluções são adicionadas a sua rotina com alertas em excesso, os profissionais tendem a ignorá-los.

Isto causa uma fadiga de alerta, fenômeno psicológico desenvolvido quando médicos frequentemente são expostos a informações irrelevantes para as questões de saúde de seus pacientes. Quando isto ocorre, a efetividade das informações diminui significativamente, pois o médico passa a anulá-las sem antes considerá-las. Além disso, ineficiências e fadiga de alertas aumentam a possibilidade de os profissionais perderem observações cruciais para os pacientes.

 

No entanto, com os avanços das tecnologias, a melhor colaboração e a aproximação mais holística do sistema e conteúdos em desenvolvimento, os alertas estão aumentando em qualidade e diminuindo em quantidade, uma vez que a união de funcionalidades passa a considerar o contexto dos pacientes, e essas informações serão melhores filtradas.

 

Benefícios das ferramentas de suporte à decisão clínica

 

Essas soluções, no ponto de atendimento, podem reduzir prescrições erradas, alertar médicos para um potencial efeito adverso ou interação com medicamento. Desta forma, ao integrar um formulário customizado no fluxo de trabalho, os hospitais podem, até mesmo, fornecer considerações de dosagens para um paciente em particular enquanto melhoram o gerenciamento do formulário.

Entre muitas outras funções, essas tecnologias também oferecem orientações atualizadas aos médicos quando e onde eles precisarem, possibilitando vigilância de detecção de doenças e integração com Prontuários Eletrônicos para identificação e monitoramentos mais rápidos de infecções adquiridas na área da saúde, além de apoiar de forma mensurável e sustentável o envolvimento do paciente.

Conclui-se, portanto, que a adoção dessas ferramentas tem crescido, mas usá-las em todo o seu potencial requer maior interoperabilidade, eficiência e facilidade de uso, incluindo alertas oportunos e integração efetivas com o PEP. Só assim, será possível otimizar significantemente a decisão clínica, reduzir erros de diagnóstico e prevenir disrupções no fluxo de trabalho.

Ana Paula R. Lima é Executiva Comercial, da Wolters Kluwer, Health Brasil.

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