Supletivo online viabiliza conclusão dos estudos em qualquer idade
Thiago Freitas*
A educação é um direito
constitucional garantido para todo e qualquer cidadão brasileiro. Exposta essa
lei, é dever do governo garantir que em todo território nacional haja
instituições de ensino capazes de atender crianças e jovens no período escolar
até sua formação no ensino médio.
Para contextualizar, o
Brasil tem uma enorme área territorial, e o poder aquisitivo dos estados e
também das pessoas varia muito de norte a sul do país. A região sudeste conta
com maior arrecadação e, com mais recursos, há mais oferta de ensino. Já nas
regiões norte e nordeste acontece justamente o inverso – menos oferta de
emprego, renda relativamente menor, e uma rede de ensino pouco acessível.
Neste retrato,
constata-se uma evasão escolar maior durante os ensinos fundamental e médio
nessas regiões onde a classe social é mais baixa. Segundo um levantamento do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Nordeste
apresentou, em 2019, uma das maiores taxas de evasão escolar no país, com 12,2%
de jovens de 15 a 17 anos fora da rede de ensino.
O principal motivo do
abandono dos estudos nessa faixa etária, de acordo com o estudo, envolve o
quesito financeiro, o que obriga esses jovens a deixarem a escola e,
precocemente, começarem a trabalhar para ajudar no sustento da família. Dessa
forma, essas pessoas não conseguem conciliar a jornada de trabalho com o
ensino.
Outros motivos
relatados pelos pesquisados são as condições precárias das escolas, dada a
falta de infraestrutura; distância e inviabilidade de transporte; pífia
remuneração dos professores; e gravidez não planejada, que ajudam a contribuir
negativamente para esse cenário.
Ainda segundo o IBGE, o
atraso ou abandono escolar em 2019 atingia 12,5% dos adolescentes de 11 a 14
anos e 28,6% das pessoas de 15 a 17 anos. Já entre os jovens de 18 a 24 anos,
quase 75% estavam atrasados ou abandonaram os estudos.
Considerando todas as
faixas de idade, o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2021 – EJA
contabilizou 52,1 milhões de brasileiros que não concluíram o ensino
fundamental e outros 19,2 milhões que não terminaram o ensino médio.
Em 2008, a Educação de
Jovens e Adultos (EJA), passou a fazer parte das Leis das Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) e ficou reconhecida como de Direito Público, sendo uma
modalidade de ensino que engloba principalmente o ensino médio, e recebe jovens
e adultos que não completaram os anos da educação básica em idade apropriada
por qualquer motivo.
Nesse sentido, o
supletivo à distância (EJA EAD) é uma excelente oportunidade para concluir os
estudos na metade do tempo e a distância – o que permite conciliar com a
rotina. Concluir os estudos abrem caminhos para um emprego melhor e possibilita
ingressar em um curso superior. Em tempo, Albert Einstein disse: “Lembre-se que
as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento”.
*Thiago Freitas é sócio e co-fundador do EJA Brasil EAD
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