Cultura e aprendizado: a importância de levar os alunos para fora da sala de aula
Nos dias 05 a 09 de julho, os alunos do Colégio
Gabarito vivenciaram uma experiência rica em conhecimento e cultura. Com o
objetivo de aprender, na prática, os conceitos vistos em sala, os estudantes
realizaram uma viagem para Foz do Iguaçu, Argentina e Paraguai.
A viagem foi uma forma positiva de encerrar um ciclo
no Colégio, os estudantes do terceiro ano do ensino médio foram escolhidos para
realizar esse roteiro. Cansados após a primeira fase do vestibular, essa
experiência foi a melhor maneira de sair um pouco da pressão de tentar o
ingresso na Universidade.
Os professores de Geografia, junto à coordenação
pedagógica do Colégio, escolheram essa região por sua riqueza em turismo e
biodiversidade, pluralidade cultural e religiosa, além das relações comerciais
entre Brasil e Paraguai. “Foi uma viagem inesquecível! Tiramos os alunos das
quatro paredes das salas de aula e levamos para a vivência, onde colocamos em
prática as questões que os professores levantaram durante as aulas de
Geografia”, conta Ana Paula Ferreira, assistente de Coordenação Pedagógica do
Colégio.
Durante a viagem, os estudantes foram ao Marco das
Três Fronteiras, dividido por dois rios, formando a Tríplice Fronteira, marco
que deu nome ao projeto do Terceiro Ano. “Atravessamos a ponte entre Brasil e
Argentina, onde fizemos uma visita ao centro comercial. Os meninos vivenciaram
mais uma vez a parte do comércio, da cultura e do linguajar daquela região”,
comenta a assessora pedagógica responsável pela viagem, Dirce Alves.
A estudante Ana Gabriela Junqueira relata sobre a
rotina durante a viagem e destaca a importância dos aprendizados adquiridos.
“Acordávamos por volta das 6 horas, tomávamos café da manhã e, lá pelas 7,
saíamos para fazer as excursões, cada dia almoçando em um lugar diferente. Os
passeios eram incríveis, parte do tempo éramos acompanhados pela guia nos
conduzindo, e, na outra parte, íamos explorar, com orientação dos professores.”
Para além das questões educacionais, a viagem também
proporcionou aos alunos a formação de laços mais fortes, não só com os colegas,
mas também com a coordenação e os professores. “Essa viagem trouxe paz, muita
harmonia e cumplicidade entre os colegas, coordenadores e professores”, diz Ana
Paula. Foi um momento em que os estudantes saíram das telas do celular e se
permitiram expandir seus horizontes, conversando entre si e fazendo novas
amizades. O aluno João Pedro Rodrigues também conta sobre a experiência e
destaca a importância da viagem para a formação de vínculos mais fortes com os
colegas. “Eu sou uma pessoa muito introvertida. Criar laços, para mim, é uma
coisa muito difícil, então essa viagem foi especialmente boa, no meu caso. Só
tenho a agradecer por todas as pessoas que foram”.
Projetos como esse são essenciais para trazer
autonomia aos discentes, com atividades livres que valorizem a experiência
pessoal. “Acreditamos em uma gestão em que os alunos, dentro desses espaços
físicos, se sintam acolhidos, e, ao mesmo tempo, instigados pelos professores a
valorizar o aprender”, explica Dirce.
A assessora pedagógica também cita o psicólogo e pensador Lev Vygotsky, dizendo que a aquisição de conhecimento deve acontecer através da interação do sujeito com o meio, reforçando ainda mais a importância dos trabalhos de campo.
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