Imobiliária do MT foca em empresários do Agro para investimentos em imóveis nos EUA
Facilidade para aquisições de propriedades em regiões como a Flórida tem sido um fator decisivo para atrair investidores brasileiros; Brasil é o 4º país que mais compram representando 6% do total das vendas para estrangeiros.
Um dos nichos mais cobiçados do mercado imobiliário brasileiro, a venda de imóveis nos Estados Unidos, deve continuar a todo vapor neste ano. Ainda que a busca por propriedades no país americano esteja aumentando nos últimos meses, a pergunta que não quer calar é: qual a estratégia para que a venda de imóveis nos EUA para o investidor brasileiro continue em uma crescente?
Para sustentar e alavancar ainda mais as vendas de imóveis, a segmentação do público-alvo é uma estratégia eficaz. De acordo com o CEO da Foco Negócios Imobiliários, Tiago Borba, focar em determinados nichos, como empresários do agronegócio, por exemplo, tem se mostrado não apenas uma ação estratégica, mas também assertiva.
O especialista, que hoje conta com uma equipe de 12 corretores, pontua que oferecer novas perspectivas e possibilidades de diversificação de investimentos vem sendo bem recebido, como parte de um amadurecimento do investidor ligado à agricultura e agropecuária. “Esse enfoque direcionado permite maximizar tanto recursos quanto esforços, resultando em maior probabilidade de conversão e fidelização”, explica.
Embora tradicionalmente conservadores, sempre priorizando a aquisição de terras como ativos seguros e tangíveis, os empresários do agronegócio têm mostrado uma mudança significativa em seu comportamento.
Atualmente o Brasil é o 4º país que mais compra na Flórida, representando uma fatia de 6% do total das vendas para estrangeiros. Um levantamento feito pela Florida Realtors aponta, ainda, que o preço médio das propriedades adquiridas por investidores brasileiros é de aproximadamente US$ 500 mil, sendo o mais alto entre os cinco principais países compradores na região. Ao todo, os brasileiros já foram responsáveis por US$ 1.4 bilhão em compras de imóveis residenciais no Estado da Flórida.
Facilidade para aquisições tem sido peça-chave
A desburocratização nas negociações imobiliárias nos Estados Unidos tem sido um fator crucial para atrair investidores brasileiros. Tiago Borba ressalta que a maior agilidade e simplicidade, com menos barreiras e restrições, permite que os investidores concluam transações de forma rápida e eficiente, reduzindo a ansiedade e o tempo de espera associados ao fechamento de um negócio.
“Além disso, o apoio especializado de imobiliárias brasileiras com experiência no mercado americano torna o processo ainda mais atraente, lucrativo, descomplicado e seguro”, reforça Tiago.
Ainda segundo Tiago Borba, a Flórida continua a ser o lugar favorito entre os brasileiros. A popularidade da região se deve a fatores como alta qualidade de vida e preços acessíveis, favorecendo a compra de casas grandes. “Para se ter uma ideia, um terço dos compradores internacionais de propriedades na região vem da América Latina, principalmente de países como o Brasil e a Colômbia”, destaca.
Cenário atual não deve impactar a demanda
Para o corretor da Ion Real Estate Group, imobiliária sediada na Flórida há mais de 20 anos, o brasileiro Rodrigo Trevisan, a atual conjuntura de impasse tarifário e comercial entre Brasil e Estados Unidos não deve afetar a busca de imóveis no país por parte dos brasileiros. Segundo ele, essas tensões tendem a impactar de forma mais significativa as commodities e as tarifas comerciais, enquanto as transações imobiliárias devem permanecer resilientes. “O mercado imobiliário americano, por ser altamente organizado e estruturado, oferece diversas facilidades de financiamento e ferramentas, que tornam a compra de imóvel mais acessível”, afirma.
Com isso, as imobiliárias brasileiras devem permanecer otimistas em relação ao cenário atual. “O mercado americano, especialmente em regiões como a Flórida, ainda oferece um potencial de crescimento imenso para investidores brasileiros. Apesar de o momento exigir cautela, a aposta no mercado de imóveis nos EUA continua se mostrando uma jogada de mestre”, conclui Tiago Borba.
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