Como gerir uma empresa?
Gerir uma empresa pode ser um desafio em um mercado que apresenta altos índices de insolvência corporativa. Dados indicam uma taxa de 29% na mortalidade das organizações privadas, junto a um índice de negócios abertos tão alto quanto.
Essas informações apontam para a intensa rotatividade das empresas no mercado nacional, sendo grande parte deste problema causado pela má gestão. Conheça, nesse artigo, dicas de como ser a exceção neste cenário.
Resultados de um bom projeto de gestão
Bons administradores são valiosos no mercado, requeridos por qualquer empresa. Isso acontece pois seu potencial de análise, percepção e empenho geram benefícios extraordinários para as organizações. São os principais:
Estabilidade financeira
Quando se estabelece um projeto de gestão detalhado, as lideranças que direcionam o negócio têm uma visão mais clara do que deve ser feito, delegando tarefas e instruções mais claras, o que melhora a comunicação e o controle.
A estabilidade financeira não é definida apenas pelo volume de receita gerada, como também pelo equilíbrio entre a progressão de receitas e despesas, considerando a proporção, projeções futuras e aspectos que podem encarecer a produção.
Desperdícios, uso inadequado de materiais, má qualidade dos estoques e falta de infraestrutura são alguns problemas que aumentam as despesas a níveis desproporcionais, afetando a estabilidade das empresas a longo prazo.
O mau gerenciamento de recursos é a principal causa de insolvência das organizações, que sofrem em dobro em fases de baixa ou em crises econômicas, uma vez que a inevitável queda na receita expande esses problemas a um patamar insuportável.
Portanto, a boa gestão deve se manifestar desde a escolha de uma boa fachada de loja de roupas femininas até o armazenamento correto do estoque, promovendo um ambiente organizacional mais adaptável.
Alta produtividade
Ao organizar o ambiente da empresa, o gestor está mais apto a delegar tarefas de maneira otimizada, aumentando o aproveitamento do capital humano e das ferramentas usadas na execução de processos.
A produtividade média de um funcionário é melhor calculada por hora, sendo a aplicação de tecnologia e métodos de trabalho grandes indicativos do aumento da produtividade. Cabe ao gestor encontrar o que mais se encaixa em seu contexto, dentro das opções disponíveis.
No contexto das indústrias, a importância de um ciclo de trabalho adequado é ainda maior, diante das especificações técnicas na fabricação de um produto. Essas questões não podem ser solucionadas sem um planejamento de gestão prévio.
De acordo com a eficiência global, a produtividade é definida por três variáveis: a disponibilidade, uma relação entre tempo produzido e tempo disponível; a produtividade, dividindo produção real e produção teórica; e qualidade entre peças boas e o total geral.
Esse cálculo é usado na fabricação e na logística de envelopamento de frotas, onde os resultados são apresentados em porcentagem e comparados com as métricas ideais.
A disponibilidade mínima deve ser equivalente a 90%, enquanto a produtividade e a qualidade devem atingir os 95% e 99,9%, a fim de alcançar a eficiência global. Esses números são mesclados a indicadores de longo prazo na análise de gestão.
Reputação positiva entre stakeholders
Os stakeholders são os grupos de interesse de um empreendimento, formado por seus consumidores, investidores e colaboradores, efetivos ou em potencial. O papel principal de uma empresa é estabelecer boas relações com todas essas categorias.
Para isso, uma visão aprofundada da configuração interna de uma empresa externa, em comparação ao seu mercado, concorrentes e circunstâncias ambientais, é parte indissociável da gestão corporativa, raiz do planejamento estratégico.
Uma companhia com um bom programa de gestão é vista como mais confiável por investidores, apresenta um espaço de trabalho mais saudável e métricas verificáveis de avaliação e cuida da satisfação de funcionários e clientes.
Para uma organização especializada na fabricação de rótulo de cerveja personalizado, a boa reputação cria preferência, estabelecendo uma autoridade de mercado que se manifesta na geração de receita e na conquista de patrimônio líquido.
Organizando o espaço corporativo
Para aproveitar os benefícios que uma empresa bem gerida pode trazer ao empreendedor e seus grupos de interesse, o caminho mais acertado é implementar métricas objetivas e verificáveis de avaliação, que norteiem o processo decisório. São algumas dicas:
1 - Conheça seu mercado
Para implementar qualquer planejamento, é imperativo conhecer quais são as circunstâncias que norteiam os rumos da organização, como o tipo de produto trabalhado, o perfil de cliente e o ciclo de vendas daquele item.
Cada mercado possui limitações que se impõem sobre todas as empresas que pretendem atuar nele e conhecê-las, por meio de pesquisas de público, benchmarks e outras metodologias, é necessário para uma abordagem realista e estratégica.
Existem oportunidades pouco exploradas no mercado onde a organização está inserida, sendo papel do gestor encontrá-las e estabelecer um plano definido para suprir essa demanda. Por isso, conhecer seu mercado é fundamental.
2 - Defina uma metodologia de departamentalização
A departamentalização é um conceito vital das áreas administrativas para uma indústria de cristalização de carro ou qualquer outra, consistindo nos modelos de delegação de tarefas e divisão de trabalho em várias equipes, com suas respectivas lideranças.
Os esquemas de departamentalização se apresentam em diagramas que podem partir de pontos distintos, de acordo com o modelo escolhido. A estrutura matricial, por exemplo, desenvolve os cargos a partir de múltiplas gerências de produtos.
Essas gerências convergem com vários departamentos como um plano cartesiano, onde toda a fase de desenvolvimento pode ser reportada diretamente à diretoria através de líderes de Finanças, de vendas. Outros modelos de departamentalização, são:
Departamentalização geográfica;
Departamentalização por processos;
Departamentalização funcional;
Departamentalização por mercadoria ou serviço.
Ou seja, é especialmente importante em empresas de médio a grande porte, com um número elevado de funcionários, como uma empresa de segurança condomínio. A prática permite a organização do negócio em blocos com poderes e tarefas claras.
3 - Analise o posicionamento das lideranças
As lideranças são peças-chave para a gestão de uma empresa, posto que são elas as pontes entre a diretoria e os profissionais que formam o chão de fábrica, ou seja, aqueles que assumem posições de nível operacional.
O estilo de liderança adotado deve estar em conformidade com as necessidades da empresa, com o tipo de produto gerado e qual é o ritmo de produtividade exigida. Produtos com alto teor de personalização podem apresentar ciclos mais longos, e assim por diante.
Os modelos de liderança mais comuns são o modelo autocrático e o modelo liberal, que podem ser ideais nas circunstâncias corretas ou desastrosas no contexto equivocado. O gestor que contrata líderes deve atentar-se para esse aspecto.
Líderes autocráticos são ideais em cadeias produtivas com instruções técnicas e rígidas, que permitem pouca ou nenhuma personalização. Nesses ambientes, este líder vai oferecer a clareza e estrutura compatíveis com o que é exigido do trabalhador.
As lideranças mais liberais são necessárias em espaços onde a criatividade e a inovação são requisitos-chave, como na criação de cursos de doula, além de equipes onde todos os profissionais são especialistas em suas áreas de atuação.
4 - Contrate profissionais compatíveis com a cultura
A cultura organizacional exerce grande impacto sobre a comunicação interna, a produtividade e a satisfação dos funcionários. Portanto, no momento da contratação e treinamento, assegure o reforço da cultura que deseja implementar na empresa.
Em meio ao crescimento do trabalho remoto, a cultura organizacional se revelou um elemento importante nos espaços corporativos. Esta se estabelece a partir da percepção individual de seus membros, a visão do grupo e os valores cultivados.
Uma empresa que distribui persiana romana com bandô pode ter um ritmo de trabalho mais acelerado que outros empreendimentos, o que afeta sua cultura.
Aspectos como a carga horária, prazos e equipes também têm impacto na configuração do ambiente organizacional.
5 - Mantenha-se próximo dos Recursos Humanos
O Recursos Humanos é a área que cuida da contratação, treinamento, folgas, licenças e demissões dos funcionários. Além disso, este setor oferece apoio para os colaboradores durante sua jornada na empresa, acompanhando sua adaptação.
O gestor deve manter-se próximo a esta área por ser ela a responsável pela transmissão dos valores do negócio. Estruturar e acompanhar os processos deste departamento em suas ações, como a análise de exame toxicológico demissional, torna-se estratégico.
6 - Instale ferramentas de controle
As ferramentas de controle são as conhecidas KPIs (Key Performance Indicator), que são os índices de desempenho. São cálculos simples que podem ser inseridos em sistemas automatizados para a avaliação de todas as atividades da empresa.
Esses índices se multiplicam e são dezenas em cada área, seja logística, contabilidade, produção ou vendas. Muitos desses valores podem ser apresentados em gráficos, com intervalos trimestrais, semestrais ou anuais para análise dos relatórios.
Conclusão
A gerência de uma empresa é importante para o sucesso do empreendimento, uma atividade que envolve a administração de capital humano e material, de modo a economizar recursos e criar riqueza para todos aqueles envolvidos no negócio.
Estudar metodologias verificáveis de gestão é recomendável para qualquer organização, de pequeno, médio e grande porte. Desta forma, criam-se empresas mais robustas e resistentes à turbulências internas e externas.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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