Analistas afirmam que programa de investimentos em energia é positivo, mas necessita cautela

O Governo Federal anunciou, na manhã desta terça–feira (11), o PIEE – Programa de Investimentos em Energia Elétrica, para o qual será destinado mais de R$ 186 bilhões em investimentos em obras de geração e transmissão de energia, visando atingir, até 2018, mais de 31,5 mil MW/médios e a construção de 37,6 km em linhas de transmissão.

Para o diretor executivo do Grupo Safira Energia – uma das principais holdings nacionais em análises e soluções energéticas –, Mikio Kawai Jr., o PIEE é positivo, mas é necessário se atentar aos termos práticos de execução do pacote de medidas. “Em decorrência as várias obras em atraso, há uma grande porcentagem de geração que não entra no cronograma e atrapalha o bom rendimento do setor elétrico, o que exige soluções repentinas para manter com êxito o fornecimento de energia”, analisa o executivo.

De acordo com o anúncio do Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, os investimentos serão distribuídos também entre R$ 42 bilhões para a geração e R$ 39 bi para transmissão. Entre as propostas estão gerar mais de 11 mil MW/médios com usinas hidroelétricas, tendo como foco a região Sul; de 2 a 3 mil MW/pico por meio de parques fotovoltaicos, e também a maior adesão ao gás natural para gerar energia.

As fontes mais limpas, como biomassa e eólicas, foram destaques do anúncio do PIEE. Na projeção do MME para este programa, até 2018, os parques eólicos devem gerar de 4 a 6 mil MW/médios, chegando em 2023 com mais de 22,4 mil MW/médio gerados, representando 11,4% da matriz energética, o que equivale a duas usinas de Belo Monte.

Daniel Candido
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