Programa de Proteção Respiratória é o mais novo serviço oferecido pelo Seconci-SP
Objetivo é prevenir doenças em trabalhadores expostos ao pó de sílica
Trata-se de um conjunto de medidas práticas e administrativas que devem ser adotadas por todas as empresas nas quais for necessário o uso de Equipamento de Proteção Respiratória (EPR). O PPR se tornou obrigatório em 15 de agosto de 1994, por meio da Instrução Normativa nº 1 do Ministério do Trabalho e Emprego. Entre outras rotinas, o programa define o EPR adequado, a liberação médica para seu uso, testes de vedação, treinamentos e reciclagens quanto ao seu modo correto de uso, as limitações da proteção, a manutenção e guarda do equipamento, e o monitoramento do uso.
“Muitas vezes os equipamentos de proteção individual (EPI) – dos quais o EPR faz parte –, são adquiridos pela área de compras das empresas que, sem conhecimento técnico, considera apenas o fator preço. É importante alertar para o risco que essa atitude pode causar”, explica a gerente médica ocupacional do Seconci-SP, dra. Xiomara Salvetti. “A escolha do equipamento e o seu treinamento de uso, guarda e troca devem merecer atenção especial. Sem o devido cuidado, não só todo o processo de aquisição e implantação do EPI perderá a sua validade, como a própria empresa estará perdendo dinheiro – capital de bens e humano”.
A indicação de um EPR correto, a verificação de seu desempenho, o treinamento, guarda, manutenção, troca e avaliação médica sobre a sua adequação para aquele trabalhador devem envolver um acompanhamento criterioso da empresa e do trabalhador e das equipes de saúde e segurança do trabalho.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais de seis milhões de pessoas são expostas por ano ao pó de sílica, o elemento principal que constitui a areia. Sem a proteção correta, ela pode causar a silicose, doença que causa inflamações no pulmão e tuberculose. Estima-se que na construção civil dois milhões de trabalhadores estejam expostos à sílica. A silicose é uma condição progressiva e irreversível. Não existe tratamento específico para essa patologia. “Portanto, o melhor tratamento é a prevenção”, finaliza a dra. Xiomara.
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