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Alimentação saudável, um mercado em expansão

O segmento tem registrado o incrível crescimento de 20% ao ano

Foto/Divulgação
CURITIBA, 17/11/2016 – Se tem uma coisa que vem mudando nos últimos tempos é o cardápio do brasileiro. A pesquisa encomendada pela Associação das Empresas e Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert) e realizada no ano passado pelo Instituto Datafolha em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias, apontou que 56% dos estabelecimentos acreditam que seus clientes estão mais interessados no consumo de alimentos saudáveis.

Em Curitiba, o setor vem ganhando cada vez mais força e adeptos. Segundo Germano Bohrer Oppitz, sócio proprietário do Verd & Co., restaurante especializado em comida saudável e criativa, a loja vem recebendo propostas de franquias e estuda um projeto de expansão para o ano que vem. “O mercado de alimentação saudável vem crescendo a cada dia, nossa meta é crescer junto, estamos preparando várias novidades para o próximo ano”, comenta.

As opções são variadas, desde saladas até hambúrgueres saudáveis. Fato é que o mercado de alimentação saudável vem crescendo consideravelmente aqui no Brasil, não sentindo os efeitos da crise econômica nacional. De acordo com a especialista em alimentação do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), Fabiana Crivano, esse mercado tem se fortalecido porque os consumidores estão mudando seus hábitos. “O consumidor, tem se preocupado cada dia mais com a saúde, isso faz com que eles busquem novas alternativas para uma vida mais saudável”, afirma.

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Segundo a especialista, o setor, promissor e de extremo potencial, deverá continuar sua expansão em 2017. Prova disso, é que grandes empresas vêm procurando investir cada vez mais em produtos de melhor qualidade e mais saudáveis. “Hoje, a procura por alimentos saudáveis cresce três vezes mais, que a por alimentos ditos convencionais, esses dados vêm incentivando empresas a pesquisar e investir nessa área”, detalha Fabiana.

Ainda segundo o Datafolha, o que mais preocupa o consumidor em relação à alimentação é o quanto o produto escolhido é natural, quais os ingredientes adicionados em sua preparação, se o prato contém açúcar ou ingredientes artificiais. O Brasil é atualmente quinto maior mercado de alimentação saudável, movimentando em média US$ 27,5 bilhões de dólares por ano, segundo levantamento da agência americana de pesquisa Euromonitor. A expectativa é que até 2020 o setor de alimentação saudável cresça, em média, 20% ao ano.

Formação profissional 

Para atender a demanda do mercado e formar mão de obra qualificada, instituições de ensino têm apostado em cursos especiais para o segmento. O curitibano Centro Europeu, principal escola de gastronomia do Brasil, lançou recentemente seu curso de especialização em Cuisine Santé (Cozinha Saúde). A atividade, com duração de quatro meses, tem por objetivo o estudo de um vasto conteúdo relacionado às práticas da alimentação saudável, trabalhando com temas como cozinha funcional, cozinha orgânica, cozinha restritiva, comfort food e pães especiais.

“Nos últimos anos, tem crescido consideravelmente o número de pessoas que buscam uma vida mais saudável por meio da alimentação, consumindo produtos de forma equilibrada e seguindo os princípios da sustentabilidade e da gastronomia responsável. Pensando nisso, chegados ao nosso curso especial, voltados para chefs de cozinha, nutricionistas e gastrônomos, que capacita os participantes com técnicas e conhecimentos que os tornam profissionais diferenciados e sintonizados com as novas exigências do segmento da alimentação. Essa é uma tendência que chegou para ficar”, completa Rogério Gobbi, diretor acadêmico do Centro Europeu.

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