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Cuidados com alimentação merecem destaque no Dia Mundial do Diabetes

Dieta adequada é uma das principais formas de prevenir a doença, que atinge mais de 13 milhões de pessoas no Brasil

Foto/Divulgação
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2030, a diabetes seja a sétima causa de mortes no mundo. O avanço dessa doença crônica é motivo de preocupação, tanto que ela foi o tema do Dia Mundial da Saúde deste ano, em 7 de abril, e na próxima segunda-feira vai ser relembrada com uma data só dela: o Dia Mundial do Diabetes, em 14 de novembro. Felizmente, a maioria dos casos correspondem ao tipo 2 e podem ser prevenidos com bons hábitos alimentares e prática regular de atividades físicas. 

“A obesidade é um dos principais fatores de risco para a diabetes, sendo que mais da metade dos brasileiros está acima do peso. Por isso, a alimentação adequada é uma grande aliada na prevenção e controle da doença”, indica o nutricionista Daniel Novais. No Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas que vivem com diabetes, segundo o site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Estudos clínicos apontam que a mudança no estilo de vida, com nutrição adequada, exercícios físicos regulares e consequente perda de peso, é capaz de reduzir a propensão a desenvolver diabetes em cerca de 30 a 40%, também de acordo com o site da SBD.

As pessoas que apresentam deficiência na produção e funcionamento da insulina (hormônio responsável por controlar a entrada de glicose nas células) ou estão em situação de pré-diabetes devem ter alguns cuidados com o cardápio cotidiano. “É importante evitar alimentos açucarados, refinados e frituras, cortar o excesso de carboidratos e de sal, além de preferir carnes magras e alimentos integrais. O colesterol alto e a pressão arterial elevada também são fatores de risco, por isso é necessário ter uma alimentação que controle esses índices também”, orienta Daniel. Ele também recomenda cuidado com os produtos diet. “Apesar de não conterem açúcar, eles podem ter grande quantidade de calorias e de sódio.”

O especialista observa que nem sempre é preciso apelar para medicamentos e tratamentos com insulina. “Em quadros menos graves e na diabetes gestacional, é possível regular a glicemia somente com a dieta e exercícios físicos regulares. No caso das mães, o aleitamento materno reduz o risco de desenvolver diabetes no pós-parto”, afirma Daniel.

Uma questão preocupante é a obesidade nas crianças, tornando-as mais suscetíveis à doença. Segundo um estudo publicado no site da Sociedade Americana de Diabetes, crianças diagnosticadas com o tipo 2 podem ter um progresso mais rápido da doença, com maior taxa de complicações iniciais. Em estágios avançados, a diabetes pode provocar problemas nos olhos, coração, rins, pele, entre outras áreas. “Para evitar chegar a esse nível, é fundamental fazer exames regularmente e ter o acompanhamento de especialistas. Além do endocrinologista, há outros profissionais ajudam muito no tratamento e prevenção de complicações, como o nutricionista e o oftalmologista”, indica Daniel.

Saiba mais

-Estima-se que 6,6% da população adulta do Distrito Federal tenha diabetes, o equivalente a 165 mil brasilienses, segundo o site da Secretaria de Saúde do DF.

-De acordo com o site da OMS, estima-se que as despesas de saúde causadas ​​pelo diabetes nas Américas totalizaram aproximadamente US$ 383 bilhões em 2014, e esse número deve aumentar para US$ 486 bilhões em 2040. A diabetes atinge 62 milhões de pessoas nas Américas.

-Adolescentes e mulheres jovens com diabetes tipo 1 têm o dobro de chances de desenvolver um transtorno alimentar — cerca de 10% delas vai apresentar algum problema como anorexia ou bulimia, segundo o site da Sociedade Brasileira de Diabetes. Uma das explicações possíveis é a maior atenção que pessoas com diabetes geralmente dão à alimentação e a mudanças de peso causadas pelos tratamentos com insulina.

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