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Varejo busca alternativas para se reerguer em meio à crise

Segundo especialista, transparência e gerência consciente são medidas mínimas para driblar caos financeiro e evitar a falência

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio apontou uma queda de 5,2% em outubro em relação ao mesmo período em 2015, segundo o jornal Valor Econômico. Em decorrência deste fator, aliado ao cenário econômico brasileiro, profissionais do Varejo se encontram com sérias dívidas. A solução mais buscada é a busca por crédito em bancos, mas há alternativas para o varejista endividado voltar a ficar no azul, de acordo com Jorge Bahia, CEO do Grupo Bahia Associados.

Alternativas para PMEs como aplicações e utilizações de linhas de crédito do BNDES, invariavelmente, possuem um banco como mediador ou avalista. “Uma forma alternativa para buscar crédito está associada à figura do investidor, ou seja, alguém que identifica perspectiva no negócio e destina capital para alavancar as operações”, afirma Bahia.

Em consonância com essa alternativa, está o Projeto de Lei que altera a lei do Simples Nacional para PMEs. O PL está aguardando sanção presidencial, e traz a figura do investidor-anjo, que, mesmo não fazendo parte do capital social, pode investir na empresa por acreditar em suas operações. “Nessa linha de classe de investidores temos as ‘venture capital’ que destinam recursos a empresas de médio e grande porte e também as ‘private equity’ que buscam empresas que não têm o capital negociado em bolsas de valores para realizar os seus investimentos” comenta o CEO.

Considerando a existência de devedores, o mais indicado é manter a transparência. “A partir da transparência, o varejista poderá buscar por uma solução que seja favorável a ambos os lados, e garantir que isso seja demonstrado”, afirma Bahia. É importante também que o varejista trabalhe com uma macro ideia de fluxo de caixa, relacionada ao prazo médio de pagamento aos fornecedores, e qual é o seu prazo médio de recebimento quanto às vendas realizadas.

Com o controle de fluxo de caixa, a próxima atenção é em relação a quitar contas em haver, de acordo com suas prioridades. Para evitar maiores desconfortos, deve-se primeiramente quitar débitos com colaboradores e funcionários. Paralelamente, é necessário manter boa relação com fornecedores, garantindo transparência no pagamento. Ainda em primeiro plano, a questão tributária merece destaque, seja em relação a impostos e tributações relativas à atuação, bem como referente a aspectos previdenciários e trabalhistas.

Os erros mais comuns cometidos por varejistas, segundo Bahia, são fruto de decisões impulsivas, ou seja, sem análise crítica de dados reais. Como exemplo desta situação, alguns estabelecimentos não precisam, necessariamente, de estoque para reposição, que geram gastos para manutenção. As compras, se realizadas em data que não comprometa a disponibilidade da mercadoria no ponto de venda, podem ser feitas posteriormente, mantendo estoque apenas no fornecedor.

Considerando, entretanto, a necessidade de corte de gastos, a análise deve partir do que não é considerado imprescindível para a dinâmica evolutiva do negócio. “Para isso, o varejista ou empreendedor devem estar antenados no impacto de seu negócio para o meio e o impacto do meio para seu negócio. A visão atual do varejista deve estar focada não somente no que é oferecido ao mercado, mas também deve ter ponto de avaliação na estratégia do negócio – localização acertada, instalações ideais, produto e clientela em consonância. Os cortes devem partir de dissonâncias nesses quesitos”, acrescenta o CEO.

Caso os cortes de gastos citados não sejam suficientes para superar as dificuldades, pode ser necessário reduzir o quadro de funcionários, mas é necessário manter em mente que um funcionário é um investimento para a empresa. Entretanto, para movimentar o negócio e manter o fluxo de clientes, é indicado seguir as tendências sociais, para servir como referência no ramo.

No contexto atual, procura-se um ambiente leve, que não pressione o cliente com questionamentos e indagações. Também é uma estratégia importante envolver o negócio em redes sociais, para criar um relacionamento mais próximo ao público alvo, apresentando seus produtos, oferecendo promoções e demarcando uma identidade mercadológica. A partir de uma imagem consolidada e uma gerência consciente, o negócio terá espaço para se estabelecer de forma eficaz.

Sobre o Grupo Bahia Associados

O Bahia Associados é constituído pelas empresas Bahia, Kósio & Associados Consultoria Empresarial Ltda., Bahia & Kosio Assessoria Contábil Ltda., Bahia & Almeida Gestão de Projetos Especiais Ltda. e Bahia Gestão de Atividades Administrativas e de Controle Ltda. Com um time de especialistas e estrategistas voltados à área econômica, financeira, contábil, fiscal e tributária, o grupo tem como proposta apresentar aos clientes um pacote de soluções indissociáveis, do qual faz parte a identificação de incentivos e benefícios fiscais e tributários, os efeitos econômicos e financeiros da operação, as melhores práticas de controles e informações contábeis para análise dos investidores, possíveis linhas de créditos e o efeito das mesmas no tempo, no fluxo de caixa das empresas, e nos seus resultados.

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