Vernissage - Obras de pessoas com deficiência visual
Exposição do artista Gregory Fink terá obras que poderão ser tocadas, além de artes assinadas por pessoas com baixa visão
Este é um convite especial de Ika Fleury, presidente do conselho de curadores da instituição aos admiradores de artes. Uma parcela da renda arrecadada será revertida em prol da Fundação Dorina.
Serviço:
Data: 26 de novembro de 2016, sábado
Horário: 14h às 20h
Endereço: Bourbon Convention Ibirapuera Hotel – Avenida Ibirapuera, 2927 – Moema.
RSVP: (11) 3062-4218
Gregory Fink
Algumas obras do artista Gregory Fink
Artistas com deficiência visual
Carlos Aparecido Rodrigues, 68 anos
Há treze anos teve o diagnóstico de glaucoma e hoje apresenta visão subnormal profunda. Formado em letras, foi professor da língua portuguesa, mas o desenho sempre foi sua principal paixão. Na Fundação Dorina, participou do Programa de Reabilitação para Idosos em 2016 e, além de voltar a fazer suas leituras, aceitou o desafio de voltar a pintar. Optou pela pintura livre que sempre quis, mas nunca tivera tempo disponível. Ele deixa um recado a todos, “Nem tudo está perdido, sempre há uma solução, não desista!”. Obra: Tucano.
Taisuke Komatsu, 72 anos
Apresenta visão subnormal profunda por Descolamento de Retina. Participou do Programa de Reabilitação para Idosos na Fundação Dorina em 2015. Agora, reabilitado, faz informática e um dos seus grandes sonhos é fazer faculdade de história. “A vida é uma benevolência que nos dá o prazer de uma boa vivência. Ela nos ensina a caminhar atento segundo as lições que recebemos. Estas veem através de tudo de bom e de ruim que experenciamos na nossa existência”. Obra: Homenagem aos ginastas paralímpicos.
Pedrina Russo de Martino, 75 anos
Apresenta visão subnormal grave por coriorretinite macular em ambos os olhos e frequenta a Fundação Dorina há seis anos. Quando teve queda acentuada da visão, cessou suas atividades. Dona de casa, quando o marido ficou desempregado começou a trabalhar enfrentando todos os obstáculos que surgiram: mulher, com baixa visão e inexperiente, mas sempre gostou de pintar. Quando jovem foi matriculada pela mãe no curso de corte e costura, mas, seu interesse de fato estava na arte. Ela tem o sonho de conhecer o Museu do Louvre e aprendeu a pintar sozinha em tela e em porcelana sem muita ajuda de professores, o que lamenta profundamente. Em 2015 aceitou o desafio de pintar um quadro para o Show de Talentos em festa de final de ano na Fundação Dorina e apresentou O Vaso de flores. Para ela, “A vida é o sentimento que a gente se propõe a ter. A vida é viver”. Obra: Marinha.
Irene Zarakauskas Pundzevicius, 83 anos
Apresenta Visão Subnormal profunda há quinze anos, desenha e pinta desde criança e tem formação como Artista Plástica. Trabalhou com Burle Marx, Aldemir Martins, Lina Bo Bardi. Frequenta a Fundação Dorina há um ano e hoje consegue locomover-se com maior segurança com usando uma bengala e adora participar de eventos culturais. Tem como sonho viajar para Nova Zelândia e conhecer o Egito. Para ela “A vida é boa. Desejo envelhecer sorrindo”. Obra: Ipê Amarelo.
Laneide Menezes de Souza Silva, 51 anos
Apresenta visão subnormal profunda por ceratocone e passou por processo de reabilitação na Fundação Dorina em 2014 e concluiu o curso de massoterapia em 2015. Sempre fez trabalhos artísticos e manuais, interrompidos com o agravamento da deficiência visual e retomados após a reabilitação. “Resgatar o pintar a torna um pessoa mais realizada e completa”. Obra: Visão.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos trabalha há 70 anos para que crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão sejam incluídos em diferentes cenários sociais. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de orientação e mobilidade (uso da bengala), educação especial (apoio escolar, aulas de braille), clínica de visão subnormal e programas de inclusão profissional. A Fundação Dorina é referência na distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível Daisy, que são enviados para mais de 2800 mil escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil. www.fundacaodorina.org.br | www.facebook.com/fundacaodorina
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