IB triplica captação de recursos junto a Fapesp e CNPq em 2016
Instituto também aumentou sua arrecadação junto à iniciativa privada e na venda de insumos de pesquisa
Em 2016, o IB arrecadou R$ 1.889.382,60 via projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), valor três vezes maior do que o total de superior ao total de 2015, quando foram arrecadados R$ 611.657,00. “Este aumento expressivo na arrecadação por meio das agências financiadoras mostra a qualidade dos nossos projetos de pesquisa”, afirma Antonio Batista Filho, diretor-geral do IB.
O instituto de pesquisa paulista também conseguiu aumentar sua arrecadação via Fundo Especial de Despesas (FED) em 37%. De janeiro a novembro de 2016, o IB captou R$ 2.790.474,96, por meio da venda de insumos de pesquisa. Em todo o ano de 2015, foram arrecadados R$ 2.027.268,18. “Este valor deve ser ainda maior, pois falta contabilizar o mês de dezembro. O mesmo ocorre com a captação de recursos via iniciativa privada. De janeiro a outubro de 2016, o IB captou R$ 6.828.975,50, e em 2015, R$ 6.185.131,67, um aumento de 10%, mesmo antes da finalização do balanço”, comemora Batista Filho.
Para o diretor-geral do IB, estes resultados foram possíveis graças a capacidade do instituto em buscar formas de diversificar suas fontes de orçamento. “Sabemos da dificuldade que passa o Estado neste momento de crise. Precisamos cada vez mais buscar formas diversificadas para compor o orçamento, para não sofrermos perdas em momentos como esse. Nos últimos anos tivemos investimento do Governo do Estado de São Paulo para modernização da infraestrutura e laboratórios. Isso foi fundamental para aumentarmos nossa prestação de serviços e capacidade de desenvolvimento de pesquisas”, afirma.
Destaques de 2016
Batista Filho destaca os trabalhos realizados pelo IB em 2016 na área de tecnologias sustentáveis, produção de insumos estratégicos e transferência de tecnologia.
Segundo o diretor-geral, em 2016, o IB intensificou seus trabalhos com controle biológico em flores. A transferência de tecnologia realizada pelos pesquisadores do instituto solucionou um problema que causava prejuízos aos floricultores de Arujá, na Grande São Paulo. Apesar do uso elevado de produtos químicos, os agricultores não conseguiam controlar os ácaros que atacavam as plantas. A solução foi o uso do controle biológico. “A tecnologia deu tão certo que a Associação dos Floricultores da Região da Via Dutra (Aflord) construiu uma biofábrica para produção dos chamados ácaros-predadores, que controlam os ácaros. A inauguração do espaço foi realizada durante a abertura da 25ª Expo Aflord, em 20 de agosto de 2016, em Arujá”, conta.
O instituto também fechou parceria para transferir tecnologias e conhecimentos para cinco biofábricas de produção de fungos entomopatogênicos usados no controle biológico da cigarrinha-da-raiz da cana-de-açúcar, e mosca-branca, que ataca a cultura da soja. As novas parceiras do IB são Stoller do Brasil, Bionature SRL, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Gênica Inovação Biotecnológica, Biosoja Fertilizantes e Inoculantes e NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola. O instituto também renovou o contrato com a Vita Brasil Chemical Indústria e Comércio de Produtos Químicos, Ballagro Agro Tecnologia e Tecnicontrol Indústria e Comércio de Produtos Biológicos.
O ano também foi marcado pelo recorde na aprovação de imunobiológicos – insumo estratégico usado para o diagnóstico de brucelose e tuberculose. Em 2016, a produção do IB alcançou a marca de 3.608.540 doses – um aumento de 47% quando comparado a 2015, em que foram produzidas 1.915.350 doses. A expectativa é atingir em 2017 a marca de quatro milhões de doses. Com essa produção, será possível diagnosticar quatro milhões de animais.
O IB conseguiu aumentar em 33% as venda dos imunobiológicos em 2016, em relação a 2015. “Atingimos neste ano a marca de 3.528.520 doses comercializadas. Em 2015, atendíamos 13 Estados brasileiros e o distrito federal. Este ano, o antígeno produzido pelo IB está em 25 Estados, além do Distrito Federal”, comemora Batista Filho.
Além dos trabalhos de pesquisa e prestação de serviço, o Instituto Biológico realiza a transferência de conhecimentos e tecnologias por meio de treinamentos, cursos, eventos e exposição. Em 2016, 32.068 pessoas passaram por atividades de transferência realizada pelo IB.
As atividades atingiram produtores familiares e pequenos produtores, por meio do Programa de Sanidade em Agricultura Familiar (Prosaf), crianças e público em geral, por meio da exposição Planeta Inseto, e responsáveis técnicos para certificação fitossanitária no Estado de São Paulo, que participaram do Curso de Habilitação de Responsáveis Técnicos para Emissão de Certificado de Origem e Curso Fitossanitário de Origem Consolidado (CFO/CFOC).
“Uma das recomendações do governador Geraldo Alckmin é aproximarmos a pesquisa do setor produtivo e da população em geral e o IB faz isso muito bem”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
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