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Seminário Mulheres Lídere: "Tecnologia proporciona igualdade nas condições de concorrência; diz CEO DA SAp Brasil

Para Cristina Palmaka, envolver a nova geração, ampliar a base de talentos, promover a rede e construir um legado são os atuais grandes desafios para as corporações



“A tecnologia proporciona igualdade nas condições de concorrência porque democratiza o mundo dos negócios para empreendedores e pequenas empresas”, destacou Cristina Palmaka, CEO da SAP Brasil, na quarta-feira, 30 de novembro, durante o último Seminário Mulheres Líderes de 2016. Organizado pelo LIDE – Grupo de Mulheres Líderes Empresariais e pelo LIDE Mulher, o encontro teve como tema “O impacto da revolução digital nos negócios” e contou, entre outros, com a participação de Nadir Moreno, presidente da UPS Brasil, e Gustavo Ene, CEO do LIDE. O seminário foi realizado no Auditório Gocil, na capital paulista.

A executiva levantou alguns números que representam a velocidade que a tecnologia impõe tanto no setor pessoal, quanto no profissional. “Nos últimos dois anos foram gerados 90% dos dados mundiais. Já nos próximos dois anos, o crescimento da adoção das redes de negócios será de 40%. Por mais incrível que possa parecer, até 2019, 86% dos processamentos de dados serão realizados em nuvem. Até 2020, 212 bilhões de ‘coisas’ estarão conectadas e, por fim, teremos 9 bilhões de usuários móveis do mundo”, afirmou Cristina.

Segundo a CEO da SAP Brasil, o grande desafio corporativo é aprender a administrar a velocidade destas mudanças. “A grande dúvida é sobre o impacto da tomada de decisões nos negócios da empresa. Esse movimento põe uma pressão enorme nos líderes, que precisam atender a essa demanda urgentemente. Se pensarmos no setor financeiro, por exemplo, a geração de Millennials – também conhecidos como geração Y, isto é, os jovens que nasceram entre 1980 e 1995 – soma 1,8 bilhões de pessoas no mundo. E esses jovens nunca pisaram em uma agência física de uma instituição financeira, demandando soluções tecnológicas dos bancos”, enfatizou Cristina.

Para a executiva, ao abraçar a transformação digital e a digitalização de toda a cadeia de valor (clientes, fornecedores, força de trabalho e ativos/internet das coisas), as organizações vão impulsionar o crescimento e a competitividade. “Isso, por sua vez, significa crescimento do PIB em toda a região”, ressaltou. Mediando o debate, o CEO do LIDE, Gustavo Ene, afirmou que o brasileiro é resistente em aceitar e implantar soluções tecnológicas por causa de velhos mitos, no que a expositora concordou. “Realmente, o processo pode ser complexo e difícil, mas é necessário mostrar para o CFO [chefe do setor financeiro] o resultado que ele terá a longo prazo. Temos que fazer um trabalho para quebrar esse modelo e mostrar como a tecnologia pode aperfeiçoar o negócio e quebrar paradigmas”, concluiu a executiva.

Segundo Cristina, a tecnologia tem que ser um habilitador de tudo o que é feito, não pode ser um fim em si, mas sim um habilitador. “Estamos vivendo um momento peculiar, sabemos que as soluções tecnológicas podem ajudar no desenvolvimento do negócio, mas precisamos saber também qual será a utilidade que daremos a isso, qual será o legado. As possibilidades são infinitas e o que percebo é que não há restrição tecnológica hoje, mas sim cultural e financeira.

Questionada por uma convidada sobre as cidades inteligentes, Cristina destacou que os fatores positivos são inúmeros, como a geração de eficiência, que refletirá em benefícios diretos para o cidadão nos mais diversos setores, a educação, a saúde, a mobilidade urbana, o abastecimento e até a redução de inundações em áreas urbanas, citando como exemplo um projeto desenvolvido pela prefeitura de Buenos Aires, no qual sensores instalados nos bueiros detectam antecipadamente a probabilidade de enchentes.

Atualmente, o LIDE Mulher é formado por mais de 200 executivas de 115 empresas nacionais e multinacionais filiadas ao LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. “Além de estimular o networking, o objetivo do nosso encontro é a troca de informações entre mulheres em posições de liderança e, a partir de debates entre expositores e participantes do seminário, contribuir com propostas assertivas para toda a sociedade”, afirma Sônia Hess, presidente do LIDE Mulher.

Com patrocínio da YPÊ, esta edição do Seminário Mulheres Líderes contou com o apoio das empresas GAMA, GOCIL e SILVIA FURMANOVICH. Como fornecedores oficiais, a ANTILHAS, CDN COMUNICAÇÃO e ECCAPLAN. PR NEWSWIRE, RÁDIO BANDEIRANTES, RÁDIO BAND NEWS, ROBB REPORT E REVISTA LIDE foram mídia partners.

SOBRE O LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais possui treze anos de atuação. Atualmente, tem cerca de 1.700 empresas filiadas (com as unidades regionais e internacionais). O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

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