Últimas

Especialista comenta como identificar as melhores empresas de Vendas Direta

Especialista em Vendas Diretas Edmundo Roveri fala sobre o setor e alerta empreendedores sobre empresas fraudulentas

No Brasil, o mercado de Vendas Diretas conta com mais de 4,5 milhões de pessoas em sua força de vendas. Entretanto, existem empresas que dizem utilizar esse setor em sua demanda de atividades, porém, não passam de organizações fraudulentas. Segundo o artigo 2º, IX da Lei 1521/51, é classificado como crime “obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (‘bola de neve’, ‘cadeias’, ‘pichardismo’ e quaisquer outros equivalentes)”.

As empresas que se assemelham a um tipo de organização que apresentam serviços equivalentes a esses apresentados no artigo são consideradas criminosas, pois agem contra a economia popular. Devido à crise financeira, a prática ilegal de vendas diretas, muito comum na década de 1990, voltou a crescer no Brasil. Essas organizações são conhecidas como pirâmides financeiras, que se sustentam somente através da entrada de novas pessoas no negócio.

Os pagamentos dos investidores vêm das aplicações feitas pelos novos integrantes, e quando a cadeira é rompida, os participantes que entraram por último no esquema ficam com o prejuízo maior.

Em contrapartida, o sistema de Vendas Diretas é uma organização de vendas realizada basicamente através do sistema porta a porta, onde o revendedor procura seus clientes para oferecer produtos ou serviços, podendo inclusive recrutar outros revendedores para fazer parte de sua equipe e vender os produtos para seus clientes, neste caso o sistema de remuneração da empresa é conhecida como Multinível, onde qualquer revendedor pode criar uma equipe com outros revendedores e ser bonificado pelo volume de vendas de sua equipe. Este modelo é legitimo e legal sendo que algumas vezes confundido com uma pirâmide financeira.

Apesar de algumas empresas que utilizam o sistema das pirâmides financeiras usarem o modelo de negócio das Vendas Diretas para justificar sua atividade ilícita, é possível notar algumas diferenças. “Nas empresas legitimas de vendas diretas as pessoas ganham dinheiro pela venda de produtos, seja lucrando pelas vendas feitas pessoalmente ou por bônus pelas vendas feitas pela equipe criada, ou seja, as pessoas ganham pelos resultados de um trabalho, enquanto que nas empresas fraudulentas, os indivíduos ganham por investir e esperam ter retorno do valor investido e por trazer outros investidores neste caso, sem ter que vender qualquer produto ou serviço ou quando estes produtos e serviços não valem o valor cobrado e são apenas uma fachada, tentado legitimar o esquema”, alerta Roveri.

Já nas empresas que fazem um trabalho de acordo com a lei, a forma de trabalhar e obter lucro é diferente. “Se uma pessoa deixar de recrutar outra para ser revendedor, a empresa não quebra. Apesar disso, se os que já estavam antes no negócio continuam vendendo e/ou consumindo produtos e serviços, o negócio também mantém. Ninguém pode falar que perdeu dinheiro, nem mesmo o último que entrou, pois este poderá vender produtos e serviços para consumidores finais, sem cadastrar novos revendedores no negócio. Afinal, o valor que ele pagou para entrar no negócio foi referente a compra de produtos e não pagamento de taxas e estes produtos devem de fato valer mais que o valor pago, de tal forma a ter lucro na venda destes produtos”, afirma o especialista. “A única forma de perder dinheiro em uma empresa séria é quando o empreendedor investe em viagens, treinamentos, elaboração de materiais de publicidade e outras coisas que ele faz de forma espontânea e que não se trata do padrão de trabalho adotado na indústria e por qualquer motivo desistir da atividade”, complementa.

Acompanhe o especialista Edmundo Roveri nas redes sociais e saiba mais sobre o mercado de Vendas Diretas. Ele está presente no Instagram, @edmundoroveri, e no Facebook, como Edmundo Roveri.

Nenhum comentário