“Repatriação” de recursos – brasileiros estão na fila aguardando nova lei

“Tivemos clientes que ficaram irritados pelo prazo ter chegado ao fim. Aproximadamente 30% dos interessados perderam o prazo da repatriação", explica Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital. 

No aguardo da votação dos senadores, a segunda rodada de “repatriação” para regularizar os recursos que existem no exterior já está sendo esperada por muitos brasileiros. Em 2016 quando o prazo chegou ao fim, boa parte dos investidores tinham a intenção de regularizar os seus investimentos, mas não conseguiram. Como explica o diretor de operações de câmbio da FB Capital, uma das maiores assessorias de câmbio que esteve atuando nos processos, "Tivemos clientes que ficaram irritados pelo prazo ter chegado ao fim. Aproximadamente 30% dos interessados perderam o prazo da repatriação, porque buscaram se regularizar apenas nos últimos dias e com este segundo turno eles se programaram com antecedência para não ficarem fora do prazo", conta Fernando Bergallo. A repatriação teve um sucesso mais do que esperado pelo governo sendo arrecadado R$ 50,9 milhões, valor acima da meta estipulada pelo Ministério da Fazenda, mesmo com o descrédito que existia com o programa. "Muitos clientes tinham dúvida se a repatriação funcionaria, se realmente os valores seriam tributados, mas como a adesão foi grande e teve um enorme sucesso com a arrecadação para o governo, até ultrapassando a meta, a consulta e procura dos clientes tem sido em maior do que ocorreu na última vez", ressalta Bergallo.

No primeiro turno, muitos brasileiros não entenderam como seria o processo, alguns procuravam bancos e assessorias de câmbio sem consultar seus advogados, o que acabou prejudicando o trabalho de empresas, como a FB Capital. "Eles chegaram sem alguns documentos necessários, com dois dias antes do prazo e o processo não é algo rápido. Outros, nem ao menos chegaram a procurar um advogado. E para o processo ser completo, é importante que os interessados sejam consultados por um especialista", diz Fernando Bergallo. E com grande experiência na área de câmbio, Bergallo comenta o motivo do governo ter feito esta segunda rodada de repatriação, “Acreditamos que houve muita dúvida em relação à lei, por isso a adesão foi grande apenas na reta final. Muita gente ficou analisando para saber se não tinha nenhuma “pegadinha” ou não queria se expor. Então, conforme foi ganhando "corpo", as pessoas foram tendo mais confiança, por isso, muitos ficaram de fora analisando esses fatos”, comenta o diretor de câmbio da FB Capital. Agora que a lei está próxima da pauta dos senadores, ainda não é de conhecimento de todos a não obrigação da repatriação para o Brasil dos recursos. "Primeiramente, o nome “repatriação”, amplamente divulgado, já está errado. O brasileiro não precisa trazer de volta para o país o recurso regularizado. Outra questão importante é sobre o pagamento da multa, que pode ser feito pelo próprio saldo no exterior, sendo ele parcial ou integral", indica Bergallo.

Países como Itália e Turquia fizeram legislações semelhantes e conseguiram regularizar US$ 100 bilhões e US$ 40 bilhões, respectivamente. Para Fernando Bergallo, este novo prazo terá maior arrecadação para os cofres públicos. “No ponto de vista do governo a receita foi muito boa, a arrecadação foi mais do que se imaginava e a equipe econômica percebeu que se tivesse mais prazo iram ganhar ainda mais. A carteira de pessoas com recursos do exterior dispostas a pagar 30% (na lei passada) para legalizar não foi toda atendida, então, o governo percebeu dois pontos importantes: Primeiro, para dar uma nova chance a essas pessoas e, segundo, para tentar trazer mais receita nesse início de ano difícil. Observando os valores e fazendo uma análise do que foi arrecadado, é possível que desta vez seja regularizado mais 50% do que se teve até agora”, finaliza Bergallo.

Sobre a FB Capital

Presente no mercado há mais de 10 anos, a FB Capital possui uma estrutura para atendimento e intermediação de operações de câmbio líder em seu ramo de mercado de intermediação de imóveis além de ser especialista em operações financeiras.

Com mais de 80 parceiros no segmento imobiliário e com uma carteira de mais de 5.000 clientes, a FB Capital fornece serviço de consultoria e intermediação em operações de câmbio financeiro ou comercial e já enviou recursos para a compra de mais de 1.500 imóveis nos Estados Unidos.

A FB Capital realiza mais de duas mil operações de câmbio anualmente e possui uma intermediação superior a US$ 50 milhões por ano, atuando em mais de 120 cidades do Brasil, distribuídas em 20 estados. Sua representatividade internacional também é significativa, realizando o envio de remessas para mais de 25 países.