Assessores de investimento - conflito de interesse pode prejudicar investidor
“O assessor é remunerado de diferentes formas e percentuais de acordo com o produto, podendo influenciar no planejamento financeiro de seu cliente e até prejudicar o mesmo”, afirma Fernando Marcondes, Planejador Patrimonial do Grupo GGR.
O conflito de interesse entre os assessores de investimento ocorre no momento em que o mesmo atua como vendedor ou prestador de serviços, sendoremunerado pelo produto e não pelo cliente. E a maioria dos assessores de investimento são remunerados pelos produtos, ou seja, pelos investimentos que este oferecem. Assim, nada é pago diretamente, e os assessores recebem comissões pelos investimentos sugeridos. Além disso, normalmente o assessor está ligado à uma plataforma de investimentos (banco, corretora, distribuidora) e por muitas vezes só conseguem sugerir os investimentos que estão disponíveis através dessas instituições, o que pode gerar uma limitação de opções ao próprio cliente, mesmo que sejam disponibilizados outros investimentos de terceiros, o cliente acaba concentrando seus investimentos através dos disponíveis na “plataforma”.
Um exemplo de como funciona na prática a remuneração de um assessor de investimentos através de comissão recebida do produto:
· Um investidor vira cliente de um assessor de investimentos em uma grande corretora. A corretora disponibiliza diversos produtos de investimentos na sua plataforma para o assessor sugerir aos seus clientes. A receita da corretora varia muito dependendo do produto que o cliente escolher. Uma destas receitas é a comissão recebida pela distribuição de alguns produtos, ou seja, um percentual sobre o montante investido pelo cliente através de sua plataforma (chamado de rebate). Este percentual também varia muito de acordo com o produto que o cliente investir. Por sua vez, o assessor tem um acordo com a corretora onde ele recebe um percentual da receita que a corretora obteve com os clientes que ele indicou e aplicaram nos investimentos que ele sugeriu (rebate).
Neste caso, é possível notar que ambos, corretora e assessor, são remunerados de acordo com os produtos que o cliente investiu.
· Na plataforma desta corretora existem duas opções de investimento para o assessor sugerir para seu cliente: O primeiro fundo que cobra 2,0% ao ano de taxa onde a corretora recebe 0,5% ao ano de comissão (rebate) sobre o montante investido neste fundo através de sua plataforma. No segundo fundo é cobrado 1,0% ao ano de taxa, onde a corretora recebe 0,25% ao ano de comissão (rebate) sobre o montante investido neste fundo através de sua plataforma. O assessor tem um acordo com a corretora de receber 50% de comissão sobre os investimentos alocados pelos seus clientes, e com isso, receberia respectivamente 0,25% ao ano sobre os investimentos de seus clientes no primeiro fundo, e 0,12% no segundo fundo.
Para o profissional com contas a pagar, este tipo de remuneração gera uma grande possibilidade de seus conselhos serem em favor do que melhor lhe paga, e não necessariamente o que for mais adequado para o cliente. Entretanto, um planejador patrimonial que cobra contratualmente do cliente umvalor fixo de 0,5% sobre os investimentos e o cliente sabe disso. Portanto, todas as suas escolhas serão em favor do cliente, pois a sua receita independe da plataforma que o cliente estiver, e quanto mais o cliente aumentar o seu patrimônio, maior será a sua remuneração. “É mais justo e totalmente transparente. Não existe nenhum outro interesse se não remunerar da melhor forma os ativos do cliente, visando sempre a proteção do poder de compra dos investimentos”, ressalta Fernando Marcondes, planejador patrimonial do Grupo GGR.
O assessor de investimentos é o profissional responsável por orientar os clientes em suas decisões na hora do investimento. Na teoria, ele usa seus conhecimentos técnicos e práticos para fazer a avaliação de objetivos, expectativas e as necessidades de cada cliente, sempre visando desenvolver e apresentar estratégias de investimentos adequadas ao perfil de cada cliente. Na prática,quando ambos os lados são motivados em direções opostas, a forma como o serviço é prestado pode ser muitas vezes distorcida, e é assim que nasce oconflito de interesse, em pequenos detalhes. “O assessor que é remunerado de diferentes formas e percentuais de acordo com produto, pode ser influenciado na definição do planejamento financeiro de seu cliente e poderá acabar prejudicando o mesmo”, afirma Marcondes.
Ao contrário do assessor de investimentos remunerado por comissões, pagar diretamente um planejador patrimonial pelo serviço prestado não o fará perder dinheiro, mas sim, garantir que este tipo de assessoria realmente irá lhe representar os interesses do investidor, defendendo o seu patrimônio da maneira mais adequada e rentável possível. “Quando consultamos um especialista em investimentos, é importante saber de onde surge a remuneração pelos serviços prestados. Em muitos os casos, o investidor não quer pagar pelo serviço, porém, acaba pagando mais caro, ou remunerando o prestador através de comissões pagas diretamente pelos produtos em que vai investir, muitas vezes de acordo com o que melhor remunera o seu assessor e não necessariamente o que for melhor ou mais adequado ao cliente”, explica o planejador patrimonial. Uma consultoria de investimentos remunerada diretamente pelo cliente, evita a tentação de uma possível indicação com conflito de interesse, tornando assim seu planejamento financeiro ainda mais adequado para seu patrimônio. E a remuneração do profissional será sempre a mesma, independente do produto que você for investir.
“Não existe uma tabela que mostre o quanto será dado de rebate para o assessor. O que não é esclarecido para o investidor, está no quanto o seu assessor realmente ganhará sobre os investimentos dele, que podem até superar 3% sobre o montante”, comenta Fernando Marcondes.
Na estruturação de um produto de investimento, há vários prestadores de serviço remunerados no meio do caminho, como: o estruturador, administrador, auditor, bolsa, plataformas de liquidação, advogados e outros. Então, até chegar na mão do investidor, vários prestadores de serviço serão pagos. Assim, o assessor acaba oferecendo o que está disponível, que normalmente é o que mais remuneram todos os prestadores, ao invés de colocar o investidor em um lugar mais adequado onde ganharia mais e pagaria menos, pois, como esses investimentos remuneram menos os prestadores de serviço do meio do caminho, acabam não sendo disponibilizados nas plataformas.
Sobre o Grupo GGR
O grupo GGR é formado por três empresas: a GGR Gestão de Recursos, a GGR Planejamento Patrimonial e a GGR Estruturação.
GGR Investimentos
Com mais de 6 anos de história, a GGR Investimentos atualmente é uma das mais conceituadas gestoras e estruturadoras de fundos e demais produtos financeiros. Atualmente, possui um total de 10 fundos, totalizando mais de R$ 480 milhões sob sua gestão. Durante sua história, a GGR Investimentos já estruturou mais de R$ 1 bilhão de operações em crédito com lastro imobiliário. Comexpertise de mais de 20 anos, MBA em finanças pelo INSPER e passagens por grandes instituições financeiras nacionais e internacionais, o sócio gestor Telêmaco Genovesi Junior participa ativamente na estruturação de todas as operações.
GGR Planejamento Patrimonial
Inspirado nos modelos dos grandes multi-family offices e na filosofia de alocação de investimentos dos gestores de endowments americanos, foi criado o modelo BPC de planejamento patrimonial. Diferente de tudo o que existe atualmente disponível para o investidor brasileiro, o modelo engloba um minucioso estudo da situação patrimonial imobilizada, financeira, econômica e fiscal do núcleo familiar, inflação pessoal, exposição ao risco e outras variáveis, que resulta em uma estratégia adequada para criar uma estrutura protetora dos ativos e manter o poder de compra durante décadas. Com mais de 29 anos trabalhando em alocação de recursos, o sócio Fernando Marcondes participa pessoalmente de todos os estudos, seguindo seu “modelo BPC – (Blindagem de Poder de Compra)”. Nos últimos 13 anos, a GGR Planejamento Patrimonial auxiliou mais de 300 clientes, totalizando o volume financeiro de R$ 1,5 bilhão. O foco está em construir de forma sólida e proteger o poder de compra real do patrimônio e a previdência do cliente.
GGR Estruturação
Diante da necessidade e falta de parceiros capacitados para estruturar operações de crédito, FIPs, Fundos Imobiliários e, principalmente, monitorar de perto as operações após as liquidações, seguindo as exigências da GGR Investimentos, foi criada a GGR Estruturação para atender tal demanda. Com mais de R$ 1 bilhão em operações estruturadas, já é uma das estruturadoras mais conceituadas do mercado.
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