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São Paulo vai sediar evento internacional de cuidados paliativos

Profissionais que atuam nos principais centros de Medicina Paliativa do mundo conduzem aulas e debates no primeiro Curso Internacional do Instituto Paliar;

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano cerca de 40 milhões de pessoas no mundo precisam de cuidados paliativos, mas apenas 14% têm acesso ao recurso; Médicos e profissionais da saúde de todo o Brasil chegam a São Paulo para o curso, que ocorre em 21 e 22 de abril.

São Paulo, abril de 2017 – O que tem sido feito no Brasil e no exterior para garantir qualidade de vida e alívio do sofrimento após o diagnóstico de uma doença incurável? Para responder a essa pergunta, o Instituto Paliar - referência no ensino de Cuidados Paliativos - promove em São Paulo, nos dias 21 e 22 de abril, o I Curso Internacional Avançado de Cuidados Paliativos. Profissionais com atuação nos principais centros de medicina paliativa do mundo – como Estados Unidos, Canadá e Europa – vão compartilhar experiências acerca de tratamentos e práticas inovadoras que têm gerado impactos positivos em pacientes com doenças crônicas que ameaçam a vida.

Os 16 painéis que integram o curso vão trazer atualizações, pesquisas e estudos de caso desenvolvidos em países como Estados Unidos, Portugal, Canadá e Argentina, além do Brasil. Serão apresentados métodos paliativos atuais que buscam amparar e compreender o paciente por meio de um sistema de tratamento humanizado e individualizado.

Com programação abrangente e conteúdo avançado, o curso contemplará temas como bioética, implicações jurídicas da assistência no final da vida, pediatria, cuidados em domicílio, espiritualidade, medicina paliativa no sistema público, entre outros. As vagas para o curso internacional já estão esgotadas. Para mais informações sobre a programação do evento, acesse www.paliar.com.br.

As aulas e debates do curso internacional serão conduzidos por grandes nomes da Medicina Paliativa, considerados referências mundiais na área (conheça abaixo cada um dos professores). É uma oportunidade para médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e outros profissionais que atuam em cuidados paliativos complementarem sua formação, tendo em vista que são poucas as universidades brasileiras que oferecem disciplinas com foco na área.

Pesquisa de 2015 realizada pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit revela que o Brasil ocupa apenas o 42º lugar no “Índice de Qualidade de Morte” (Death Quality Index), que avaliou a prática de cuidados paliativos em 80 países. Infraestrutura deficiente, obstáculos na distribuição de medicamentos e dificuldade no esclarecimento de preconceitos em relação à morte são alguns dos problemas enfrentados pelos profissionais da saúde e população brasileira.

O I Curso Internacional Avançado em Cuidados Paliativos do Instituto Paliar ocorre nos dias 21 e 22 de abril, de 9 às 18 horas, no Hotel Pestana (Rua Tutóia, 77, São Paulo/SP). Outras informações pelo telefone (11) 5051 0555 ou pelo site www.paliar.com.br .

Cuidados paliativos: uma mudança de paradigmas

Cuidar para que o paciente tenha o mínimo de sofrimento físico e emocional, para que receba uma assistência humanizada e enxergue o processo de morte de uma forma mais natural, promovendo uma mudança de paradigmas no tratamento de doenças graves e sem cura. Esses são os preceitos dos Cuidados Paliativos, área da medicina reconhecida em 2002 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo dados da entidade, a cada ano cerca de 40 milhões de pessoas no mundo precisam desse tipo de assistência, mas apenas 14% têm acesso ao recurso.

A OMS orienta que as ações paliativas sejam desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogo, assistente social e profissionais da área de reabilitação, de acordo com a necessidade de cada paciente. O modelo de intervenção definido pela organização é indicado no início do diagnóstico e deve acompanhar o paciente até a fase final de sua vida. As práticas paliativas também envolvem a família, oferecendo orientações, apoio social e espiritual, além de intervenções psicoterapêuticas do diagnóstico à fase do luto.

No Brasil, os Cuidados Paliativos têm avançado, mas ainda são incipientes; inciativas isoladas e discussões sobre métodos paliativos foram iniciados em 1970, mas somente em 1990 foram registrados serviços organizados na área, ainda que de forma experimental. Em 2009, a prática dos Cuidados Paliativos foi incluída no Código de Ética Médica, do Conselho Federal de Medicina, como princípio fundamental. No ano seguinte, a Medicina Paliativa foi reconhecida como área de atuação médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).

Conheça os palestrantes do I Curso Internacional Avançado de Cuidados Paliativos

Dra. Cláudia Burlá (Brasil): Médica com especialização em geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e doutorado em Bioética pela Universidade do Porto. Membro da Câmara Técnica sobre a Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos do Conselho Federal de Medicina (CFM). Mais de 30 anos de experiência na área.

Debora Genezini Costa (Brasil): Psicóloga hospitalar; mestre em Gerontologia pela PUC-SP; docente do curso de Gerontologia da PUC-SP; membro do comitê de Cuidados Paliativos da ABRALE. Docente e coordenadora dos cursos de pós-graduação do Instituto Paliar.

Dr. Frank D. Ferris (EUA/Canadá): Membro da International Association for Hospice & Palliative Care, Diretor Executivo de Medicina Paliativa, Pesquisa e Educação da OhioHealth em Ohio, EUA. O Dr. Ferris atua ainda na University of California, San Diego e University of Toronto.

Janete Maria da Silva (Brasil): Fisioterapeuta, mestre em Ciências da Reabilitação pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva e Gerontologia. Docente do Instituto Paliar, docente convidada do curso de pós-graduação de Fisioterapia Cardiorrespiratória da Universidade Cruzeiro do Sul. Fisioterapeuta do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; membro do Comitê de Cuidados Paliativos da Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma.

Dra. Jussara de Lima e Souza (Brasil): Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Médica do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism). Tem experiência na área de Neonatologia, com ênfase em Cuidados Paliativos, atuando principalmente nos seguintes temas: assistência aos pacientes em final-de-vida e seus familiares e o treinamento de residentes no atendimento deste grupo.

Dr. Luis Alberto Saporetti (Brasil): Médico geriatra com título de especialista pela SBGG e AMB; área de atuação em Medicina Paliativa pela AMB; membro da Comissão Científica do curso de Especialização em Cuidados Paliativos do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês.

Maria Aglaé Tedesco (Brasil): Juíza de Direito titular do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva em associação da UERJ, UFRJ, UFF e FIOCRUZ. Pesquisadora Visitante, com bolsa da CAPES em doutorado sanduíche, junto ao Kennedy Institute of Ethics, Georgetown University, Washington, DC (março a agosto de 2013).

Dra. Maria Goretti Sales Maciel (Brasil): Médica de família e comunidade; diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE/SP); fundadora, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP 2014-2016); membro da Câmara Técnica da Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Patrícia Coelho (Portugal): Membro da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, graduada em Enfermagem com mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica e pós-graduação em Bioética e Cuidados Paliativos pela Universidade Católica Portuguesa. É professora do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

Dr. Paulo Reis Pina (Portugal): Médico especialista em Medicina Interna; membro do Núcleo de Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e da Clínica da Dor da equipe de Cuidados Paliativos do Instituto Português de Oncologia. Mestre em Cuidados Paliativos e pós-graduado em Medicina da Dor.

Dr. Ricardo Tavares de Carvalho (Brasil): Médico cardiologista, intensivista com área de atuação em Medicina Paliativa; doutor em Medicina pela FMUSP; diretor científico da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP 2014-2015); coordenador do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP).

Dra. Rut Judith Kiman (Argentina): Pediatra e especialista em Cuidados Paliativos, membro da International Children Palliative Care Network, docente da Universidad de Buenos Aires e do Instituto Pallium Latinoamérica. Médica do Hospital Nacional Professor Alejandro Posadas, da Argentina.

Sobre o Instituto Paliar
Fundado em 2006 por Dalva Yukie Matsumoto, Maria Goretti Sales Maciel e Ricardo Tavares de Carvalho, o Instituto Paliar nasceu com o objetivo de se tornar um centro de excelência na prática, ensino e pesquisa em medicina paliativa e cuidados paliativos. O Paliar oferece também serviços de ensino, pesquisa e consultoria para hospitais, instituições prestadoras de assistência à saúde, instituições de ensino, empresas e o público em geral. Para mais informações, acesse: www.paliar.com.br

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