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dotART galeria apresenta vídeo/arte da renomada artista Regina Vater em sua Sala Pensando - até 24 de junho

OBRA DA RENOMADA ARTISTA FICA DISPONÍVEL ATÉ 24 DE JUNHO



As riquezas brasileiras e frutos furtados pelos europeus pós-descobrimento do Brasil foram o ponto de partida para a obra “Green ou Sinal verde para o saque das Américas”, da artista Regina Vater, consagrada por seu trabalho e importante papel político nos anos 70, com trabalhos ainda atuais. Esta vídeo-instalação e também a obra de vídeo-arte apresentada na livraria BOOK PEOPLE em Austin (EUA), pela ocasião do lançamento do livro de artista de Regina Vater com o mesmo título, fazem parte da Sala Pensando e integram a programação das novas exposições da dotART galeria aberta até 24 de junho.

A obra surgiu de um convite feito pela curadoria da exposição “América, The Bride of the Sun”, realizada no Koninklijk National Royal Museum, na Bélgica. Regina Vater desenvolveu o projeto arquitetônico da peça que foi produzida no próprio museu. Da mostra também participaram artistas consagrados como Ana Maiolino, Waltércio Caldas, Cildo Meireles, Tunga, Roberto Evangelista etc.

Trata-se de uma peça de encaixe, um pedestal com três suportes de acrílico que apoia uma TV. O vídeo mostra as riquezas da flora e as invenções agrárias do “Novo Mundo” que foram exploradas e exportadas para a Europa depois do “descobrimento” do Brasil. Entre eles, são representados alimentos considerados “ouros brasileiros”: tomate, mandioca, batata, cacau. A iluminação verde ou “green” representa o acesso “sinal verde” para este saque.

Ainda na TV são reproduzidas imagens de tribos indígenas, de grupos variados, considerados como os primeiros homens do continente e fotos de "nature morte", termo acadêmico para pinturas de natureza morta. “Os holandeses inauguraram este tipo de arte pintando as frutas do Brasil para mostrar aquilo que poderiam levar. Foi neste período que começaram a aparecer técnicas que representavam a luz natural e solar nas obras”, diz Regina.

Sobre o contexto mundial em que o vídeo está sendo exposto, Regina diz: “Acredito que este saque ainda está ocorrendo. Só que agora não levam só alimentos, exploram do nosso petróleo, água, nióbio, outras riquezas.” E ainda completa sobre estar expondo em Belo Horizonte: “Conheci Minas Gerais em 1964, durante a Escola de Arquitetura. Acho Minas um estado mágico e é ótimo expor aqui novamente”.

SERVIÇO:

Novas Exposições dotART galeria
Abrindo a Caixa – Lívia Moura
Barulho – Felipe Fernandes
Green ou Sinal verde para o saque das Américas - Regina Vater
Visitação: até 24 de junho de 2017.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 19h. Sábado, das 9h às 13h.
Local: dotART galeria – Rua Bernardo Guimarães, 911 – Funcionários – BH/MG
Entrada Franca.
Contato: (31) 3261-3910/ dotart@dotart.com.br.
Facebook.com/dotart.galeria
Instagram.com/galeriadotart

SOBRE A ARTISTA

Regina Vater

Regina Vater estudou desenho e pintura no ateliê de Frank Schaeffer entre 1958 e 1962, e com Iberê Camargo até 1965, no Rio de Janeiro. No início da década de 60, ingressou na Faculdade Nacional de Arquitetura, da UFRJ. Em 1964 realizou sua primeira individual, na Galeria Alpendre (RJ). Em 1970 participou da Bienal de Veneza, onde teve contato com o artista Joseph Beuys. Em 1972, ganhou o prêmio de viagem ao exterior, concedido pela União Nacional de Arte Moderna, e foi para Nova York, onde realizou trabalhos com Hélio Oiticica. Estudou silkscreen no Pratt Institute. Realizou exposição individual em Nova York, na Galeria do Bleeker Cinema em 1975. É autora, entre outros, dos livros infantis Tungo Tungo e Uma Amizade Bem Temperada, publicados no fim da década de 1970. Organizou a primeira exposição de arte contemporânea e experimental brasileira em Nova York, a Contemporary Brazilian Works on Paper: 49 artists, na Nobé Gallery, em 1979. Em 1983, editou um número da revista Flue, publicada pelo Franklin Furnance Archives, dedicado à arte experimental produzida na América Latina. Em 1998, como integrante do programa de artista em residência da ArtPace Foundation, em San Antonio, Estados Unidos, criou cinco instalações e, no ano seguinte, as exibiu na instituição. Em 2000, ministrou palestra sobre a exposição Blurring the Boundaries, no Blanton Museum, em Austin. Foi curadora da exposição Brazilian Visual Poetry, com participação de 51 artistas, no Mexic-Arte Museum, Austin, 2002.

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