Perplexos diante do cenário político, brasileiros entendem que Temer deve sair, mas não sabem em quem votariam para presidente, revela estudo da ESPM
Da complexidade para a perplexidade: esta é a síntese da percepção dos brasileiros ouvidos em estudo efetuado pelo Curso de Graduação em Ciências Sociais e do Consumo, da ESPM SP*. Reação advinda das últimas denúncias desencadeadas pela delação dos líderes da JBS envolvendo muitos políticos, destacadamente o presidente Michel Temer, revela TEMER DEVE SAIR
A grande maioria (88%) acredita que o diálogo entre o Presidente Temer e Joesley Batista efetivamente depõe contra o Presidente. E, mesmo acreditando que o conteúdo da conversa não seja completamente desabonador ou não tenha sido de fato uma “armação” contra ele, a maioria dos respondentes (63%) julga que o estrago está feito e o Presidente terá de deixar o Governo.
ACIRRAMENTO DA CRISE
Com Temer ou qualquer outro nome no comando do país, o estudo também aponta que a maioria absoluta não prevê um futuro fácil: 91% dos entrevistados anteveem um caos político, econômico e social, nesta ordem. Em comparação com os 9% que apontam o controle da crise pelo Governo (este ou o próximo).
DIRETAS JÁ
Se o Presidente Temer deixar de fato o Governo, a preferência recai na edição de uma PEC que proponha eleições diretas para Presidente e Vice (59%). Porém não é desprezível o percentual de 1/3 dos respondentes que prefere que a Constituição, em seu artigo 81, seja seguida à risca. Intervenção militar? Apenas 5% a escolheram.
O PREFERIDO E O ESPERADO
Na hipótese de eleições diretas para Presidente, o descrédito também se destaca, pois praticamente um terço dos respondentes (32,4%) apontou não saber em quem votar, diante do quadro atual de políticos. Na sequência, o primeiro nominado é João Dória (17%), seguido de Lula (12%), Ciro Gomes (4,3%), Eduardo Jorge (3,8%) e Marina Silva (3,6%).
Já a aposta em quem seria o vencedor de um eventual pleito para Presidente, aponta para Lula (32,6%), seguido por João Dória (15,5%) e Jair Bolsonaro (8,5%). Destaca-se novamente a presença do descrédito nos políticos em cerca de 1/4 dos respondentes (23,5%) que optou por Ninguém e Não Sei.
E COMO PENSAM OS JOVENS?
Os jovens de até 25 anos mostraram pensar de um modo mais particular. O índice de Ninguém/Não Sei foi ainda mais significativo: quase a metade (40%) está descrente. Seu primeiro nominado foi Lula (16%), seguido por João Dória (13%), Eduardo Jorge (5,7%) e Jair Bolsonaro (4%). Por outro lado, ressalta-se que quase a metade dos jovens (42%) aposta em Lula como vencedor, seguido por Jair Bolsonaro (15%), logo à frente de João Dória (14%).
MODELO ESTRANGEIRO DE POLÍTICO
Também foi oferecida uma original hipótese: “importar” um político de fora. Barak Obama mostrou-se o principal nome para 39%, seguido por Ângela Merkel (16%). Destaca-se, porém, que 31% do grupo escolheu a alternativa “jamais alguém de fora”, apontando que nenhum estrangeiro conseguiria compreender e resolver nossas questões internas. Isto pode ser interpretado também como uma sinalização de que não se aceitaria uma ingerência exterior para tal.
*Este estudo foi baseado em sondagem realizada por estudantes e professores do curso de graduação em ciências sociais e do consumo da ESPM de SP, entre 19 e 24 de maio, via consulta por internet, com 639 respondentes. A amostra demonstrou predominância do gênero feminino (cerca de 56%). A faixa etária ficou dividida em três: 47% de jovens até 25 anos; 24%, de 26 a 39 anos; e 29%, mais de 40 anos. Os analistas deste levantamento enfatizam seu caráter de sondagem, sem um valor estatístico generalizante.
A grande maioria (88%) acredita que o diálogo entre o Presidente Temer e Joesley Batista efetivamente depõe contra o Presidente. E, mesmo acreditando que o conteúdo da conversa não seja completamente desabonador ou não tenha sido de fato uma “armação” contra ele, a maioria dos respondentes (63%) julga que o estrago está feito e o Presidente terá de deixar o Governo.
ACIRRAMENTO DA CRISE
Com Temer ou qualquer outro nome no comando do país, o estudo também aponta que a maioria absoluta não prevê um futuro fácil: 91% dos entrevistados anteveem um caos político, econômico e social, nesta ordem. Em comparação com os 9% que apontam o controle da crise pelo Governo (este ou o próximo).
DIRETAS JÁ
Se o Presidente Temer deixar de fato o Governo, a preferência recai na edição de uma PEC que proponha eleições diretas para Presidente e Vice (59%). Porém não é desprezível o percentual de 1/3 dos respondentes que prefere que a Constituição, em seu artigo 81, seja seguida à risca. Intervenção militar? Apenas 5% a escolheram.
O PREFERIDO E O ESPERADO
Na hipótese de eleições diretas para Presidente, o descrédito também se destaca, pois praticamente um terço dos respondentes (32,4%) apontou não saber em quem votar, diante do quadro atual de políticos. Na sequência, o primeiro nominado é João Dória (17%), seguido de Lula (12%), Ciro Gomes (4,3%), Eduardo Jorge (3,8%) e Marina Silva (3,6%).
Já a aposta em quem seria o vencedor de um eventual pleito para Presidente, aponta para Lula (32,6%), seguido por João Dória (15,5%) e Jair Bolsonaro (8,5%). Destaca-se novamente a presença do descrédito nos políticos em cerca de 1/4 dos respondentes (23,5%) que optou por Ninguém e Não Sei.
E COMO PENSAM OS JOVENS?
Os jovens de até 25 anos mostraram pensar de um modo mais particular. O índice de Ninguém/Não Sei foi ainda mais significativo: quase a metade (40%) está descrente. Seu primeiro nominado foi Lula (16%), seguido por João Dória (13%), Eduardo Jorge (5,7%) e Jair Bolsonaro (4%). Por outro lado, ressalta-se que quase a metade dos jovens (42%) aposta em Lula como vencedor, seguido por Jair Bolsonaro (15%), logo à frente de João Dória (14%).
MODELO ESTRANGEIRO DE POLÍTICO
Também foi oferecida uma original hipótese: “importar” um político de fora. Barak Obama mostrou-se o principal nome para 39%, seguido por Ângela Merkel (16%). Destaca-se, porém, que 31% do grupo escolheu a alternativa “jamais alguém de fora”, apontando que nenhum estrangeiro conseguiria compreender e resolver nossas questões internas. Isto pode ser interpretado também como uma sinalização de que não se aceitaria uma ingerência exterior para tal.
*Este estudo foi baseado em sondagem realizada por estudantes e professores do curso de graduação em ciências sociais e do consumo da ESPM de SP, entre 19 e 24 de maio, via consulta por internet, com 639 respondentes. A amostra demonstrou predominância do gênero feminino (cerca de 56%). A faixa etária ficou dividida em três: 47% de jovens até 25 anos; 24%, de 26 a 39 anos; e 29%, mais de 40 anos. Os analistas deste levantamento enfatizam seu caráter de sondagem, sem um valor estatístico generalizante.
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