As mudanças nas relações de trabalho após mais de um ano de pandemia
Divulgação/Vertem |
Fernanda Pelegi Vassoller*
O ano de 2020 foi desafiador para
empresas de diversas áreas, principalmente para o setor de recursos humanos. A
pandemia impôs às companhias novas práticas de trabalho, novas normas a serem
seguidas e novas adaptações para garantir a eficiência das atividades em meio a
um ano tão turbulento. Nesse cenário, coube ao gestor de RH em conjunto com
outras divisões das empresas, prestar a assistência necessária para garantir
que todas essas mudanças fossem implementadas de forma eficiente.
Durante o período de isolamento social,
o qual ainda estamos vivenciando, o teletrabalho foi implementado como
estratégia de contenção da COVID-19 por cerca de 46% das empresas, segundo
dados coletados em abril de 2020 de 139 pequenas, médias e grandes empresas que
atuam em todo o Brasil pela Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise da COVID-19,
elaborada pela Fundação Instituto de Administração (FIA).
A pesquisa trabalhou com empresas com
predominância dos setores da Indústria (27%) e Comércio e Serviços ( 42%) e
concluiu ainda que 60% das companhias pesquisadas estruturam ações de
capacitação para seus funcionários trabalharem melhor em casa. Além disso, 67%
das empresas entrevistadas estão monitorando a saúde física e psicológica de
todos os colaboradores de forma remota.
Todo esse cuidado com os colaboradores e
a preocupação com o bem estar de cada um está atrelada a cultura organizacional
estabelecida em cada instituição. O bom desempenho dessa cultura de forma
institucional e abrangente foi essencial para a construção do novo normal
trazido pela pandemia. As formas de trabalho já vinham se reinventando ao longo
do tempo e a pandemia foi capaz de acelerar esse processo.
Hoje vemos empresas preocupadas em
oferecer relações mais humanas, com investimentos em seus colaboradores e,
consequentemente, na melhora do clima do ambiente de trabalho e da performance
de diferentes áreas. A cultura organizacional e transformacional presente na
Vertem, por exemplo, representa um conjunto de valores éticos e morais sólidos,
pautados em comportamentos e iniciativas compartilhadas por cada membro e que
resultam em um ambiente autônomo, em sua maioria, aos níveis hierárquicos e
mesas de trabalho.
As empresas de hoje, precisam buscar
práticas e serviços institucionais que promovam o bem-estar de seus
colaboradores, proporcionando um ambiente de trabalho rico e bem estruturado,
esse foi o diferencial que muitas empresas alcançaram para manter seus níveis
de desempenho altos durante o período de isolamento social. As relações de
trabalho mudaram, o trabalho passou a fazer parte da rotina pessoal de cada
indivíduo, e compreender essa nova realidade é de extrema importância para
garantir o sucesso de muitas organizações.
Atualmente, não é possível separar
totalmente a vida pessoal da profissional, uma vez que o trabalho agora está
dentro dos lares. Portanto, cabe às empresas (e, principalmente, ao setor
de RH) reconhecer essa nova realidade e estabelecer limites organizacionais que
priorizem manter um clima de trabalho saudável.
Atuar com ações de endomarketing e
investir em ferramentas de bem estar ajudam a promover a qualidade de vida
por meio de práticas de atividades esportivas, como yoga e reiki, por exemplo.
Além disso, é importante estabelecer um tempo dentro da rotina do colaborador,
para que ele aprenda como gerenciar melhor seus horários livres e seus desafios
pessoais. Outra opção interessante é implementar ferramentas de marketing de
incentivo, como as que permitem que o funcionário acumule pontos e resgate
prêmio em plataformas da empresa.
Atrelado a isso, as experiências e
indicadores obtidos na Vertem apontam que ao menos 10% do tempo da jornada do
colaborador é dedicado a alguma atividade de bem estar e qualidade de vida.
Ademais, durante este período, o formato de teletrabalho vem sendo um
pré-requisito de escolha para muitos candidatos, uma vez que a qualidade de vida
das pessoas, de uma maneira geral, tem sido afetada positivamente com o novo
modelo.
Pesquisas de clima da companhia mostram
que as pessoas, em sua maioria, preferem a modalidade de trabalho remoto e que
o home office tem proporcionado uma melhor relação entre vida pessoal e
profissional. Portanto, é fundamental que essa responsabilidade social faça
parte da cultura organizacional de cada instituição a fim de garantir que seus
esforços internos reflitam junto à equipe a importância de se trabalhar sempre com
foco na diversidade e na responsabilidade social dentro e fora da companhia.
*Fernanda Pelegi Vassoller, Gerente De
Recursos Humanos.
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