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Quando investir em tecnologia? A resposta está no autoconhecimento do empresário e do negócio

 O momento precisa ser exato, pois se investir antes, a tecnologia não vai entregar o resultado que se espera; se passar do ponto, a empresa pode ficar estagnada e começar a perder espaço 

*Celso Sato 

Julho de 2021 – A oferta é imensa e a impressão que se tem é que todos os dias alguém lança algo ainda mais inovador e mais disruptivo. Com toda a oferta, o acesso também se tornou mais amplo e o investimento em tecnologia não é mais algo restrito às grandes empresas e nem apresentam vultosos orçamentos. Porém, uma questão importante permanece a mesma: qual é o momento certo para se investir em tecnologia na empresa? Como escolher o melhor para a minha companhia? 

É inegável que a tecnologia está mais inserida no nosso cotidiano hoje do que há algumas décadas e ela está muito acessível. Para as pessoas físicas então, está tudo no celular. Você já parou para pensar na quantidade de tecnologia embarcada em um celular? E a facilidade para se adquirir algo? Em alguns toques na tela se baixa um aplicativo e se ele não atender as expectativas do usuário, basta deletar apenas apertando um X.  

Porém, quando falamos de tecnologia para as empresas, tudo fica um pouco complexo. Traçando um paralelo entre os mundos pessoa física e jurídica, notamos que para as empresas a tecnologia também ficou muito mais acessível e a oferta aumentou também. Entretanto, para se investir em algo é preciso mais cuidado do que apenas alguns cliques porque para se desistir de uma solução não é tão simples como apenas apertar um X na tela. Outra pergunta importante é qual é o melhor momento para investir em tecnologia no meu negócio? 

É muito difícil que um empreendedor comece um negócio do zero já prevendo toda a tecnologia que ele vai precisar como, por exemplo, automatização para atender milhares de clientes e centenas de fornecedores. Normalmente, o empresário mira e vislumbra um dia ser uma grande empresa com milhares de clientes, mas faz um planejamento mais "fatiado" e vai executando pouco a pouco, na medida que a empresa vai crescendo. O que está certo.  

No meu mundo, o mercado financeiro, o empreendedor começa e tem uns dois clientes e uns dois fornecedores. Ele investe em tecnologia? Para atender esses primeiros clientes e pagar esses primeiros fornecedores existe uma curva que diz o seguinte: a tecnologia não vai ajudar tanto. Até não atrapalha, mas não vai entregar o grande ganho que se espera quando se investe em tecnologia.  

Qual é o momento certo? Normalmente, colocamos a tecnologia para funcionar quando você tem um processo que é padrão e digitalizável porque essa é a magia do software, da solução, é ele conseguir fazer um processo milhões de vezes e infinitamente mais barato que um ser humano permitindo que os talentos da sua empresa possam ser utilizados de maneira mais assertiva e não percam tempo fazendo um serviço repetitivo que um software certamente pode fazer.   

Quando um empresário tem poucos clientes e funcionários, muitas vezes esse ganho a tecnologia não vai entregar. Mas à medida que ele começar a crescer e se relacionar com o ecossistema onde essa empresa estiver inserida e com a sociedade, a tecnologia ajuda demais.  

Aliás, aqui é o ponto decisivo, pois quando chega essa hora em que ele cresceu o suficiente, quando tem o porte e a situação em que a tecnologia pode auxiliar o negócio e não faz, ele segue postergando esse investido, o que vai acontecer é que ele vai passar do ponto e começar a perder, reduzir seu negócio. Porque não vai mais dar conta. Os processos manuais não darão mais conta. Vão começar a acontecer muitos erros, os processos vão ficar muito caros e não vai ter como repassar isso para o cliente e continuar sendo atrativo no mercado.  

Resultado? Não consegue vender mais por estar travado no manual. Essa é a vez da tecnologia desatar o nó dando escala e agilidade para essa empresa.  

E para saber essa hora? A palavra-chave é autoconhecimento. É preciso ser honesto consigo mesmo para entender em que momento a empresa realmente está. Avaliar com os pés no chão, mas sem perder sua meta de crescimento de vista. 

Nem sempre se precisa do que está sendo lançado. Existe empresário que é fanático por tecnologia e quer sempre o mais moderno, o mais novo e pensa em colocar inteligência artificial, reconhecimento facial, blockchain e tudo que está "em alta" no negócio que recebe dez clientes e faz cinco vendas por dia. Nessas condições, ele vai chegar no final do mês, olhar e pensar: nossa! Investi e só tive custo. Tecnologia não é tudo isso que dizem. 

Não adianta investir em um supercomputador só para ver e-mail. Não adianta investir em uma super Ferrari, se eu ando no trânsito da Av. Paulista, às 18 horas. É preciso ter honestidade e frieza na hora de avaliar o seu negócio. Qual é a sua real necessidade? Avalie.  

Tantas opções por onde eu começo? Na minha experiência, na Accesstage, normalmente começamos pela cadeia de valor: onde a empresa ganha o seu pão? Isso aqui é o que eu tenho que estar azeitado, sem ruido. Se for uma padaria, muito provavelmente é o forno, se for uma indústria de transformação, ele tem que ter muita tecnologia embarcada na linha de produção para transformar a matéria-prima no produto final. Porque você gera capacidade de produção. 

O segundo momento, certamente acontece quando você está produzindo muito. Assim, o próximo gargalo e o próximo alvo para o investimento em tecnologia será a área administrativo-financeira. Você terá muitos clientes, muita produção, afinal escalamos a produção e vendas, logo o backoffice não vai atender manualmente essa demanda toda. A tecnologia pode ajudar, e muito, automatizando e digitalizando processos dessas áreas.  

Outro ponto importante é que a oferta de tecnologia é imensa. Basta uma rápida pesquisa no Google e você vai encontrar uma gama imensa de softwares e soluções para as necessidades da sua empresa, porém, é necessário cuidado e olhos atentos na hora de escolher. É preciso escolher soluções como quem escolhe parceiros, pois no mundo corporativo não se desfaz uma parceria apertando um X em uma tela como quem deleta um aplicativo.  

O investimento, apesar de muito mais acessível do que há décadas, ainda pode ser bem significativo e quebrar contratos também pode sair caro. Fora, o tempo investido para a instalação e treinamento do seu pessoal para utilizar um novo processo adquirido. Tudo isso precisa ser avaliado.  Sempre pesquise a reputação, pesquise indicações e avalie se aquela solução oferece mesmo o que você busca para sua empresa. Alinhar expectativas é fundamental.  

Celso Sato, CEO Accesstage
Divulgação

*Celso Sato é presidente da Accesstage, Techfin, que integra tecnologia e serviços para simplificar e promover maior performance na gestão financeira, tem como posicionamento empoderar os gestores financeiros por meio de tecnologias para ver, prever e agir, assim tornando-os confiantes para tomar decisões acertadas.  

Sobre a Accesstage (https://site.accesstage.com.br/):  

Com o propósito de revolucionar a gestão nas empresas e trazer prosperidade financeira para os negócios, a Accesstage, Techfin, que integra tecnologia e serviços para simplificar e promover maior performance na gestão financeira, tem como posicionamento empoderar os gestores financeiros por meio de tecnologias para ver, prever e agir, assim tornando-os confiantes para tomar decisões acertadas.

Com uma base de mais de 120 mil empresas conectadas, mais de 80 adquirentes de cartões e mais de 300BI trafegados anualmente em suas plataformas, a Accesstage é integradora de soluções e serviços para a gestão de pagamentos/recebimentos, transferência eletrônica de informações financeiras e cessão de crédito por meio do mercado de capital. É a primeira empresa do segmento a receber a certificação Payment Card Industry – Data Secutirty Standart (PCI-DSS), além das premiações como 100+ Inovadoras do Brasil e TOP 200 Empresas de Tecnologia.

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