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Empresas diversas são mais sustentáveis, criativas, ganham em competitividade e desempenho

Pesquisas retratam os avanços e as conquistas de mulheres na busca pela igualdade de gêneros e destacam como o empoderamento feminino ganha relevância nas estratégias de companhias comprometidas em garantir a participação delas em todos os setores da economia

Divulgação
São Paulo, agosto 2021. Não é de hoje que mulheres de todo o mundo travam uma verdadeira batalha para conquistarem seus lugares e é esta luta que ganha cada vez mais destaque em datas como o Dia Internacional pela Igualdade Feminina, que aconteceu nesta quinta-feira, 28, e está retratada nos números do cenário ainda desigual no quesito equidade de gêneros em todos os contextos.

Dados da ONU Mulheres mostram que apesar de ter mais mulheres na tomada de decisões em cargos públicos, por exemplo, igualdade parece ainda estar longe de ser uma realidade. Hoje, apenas 21% delas ocupam cargos ministeriais em todo o mundo e somente três países têm 50% ou mais mulheres em seus parlamentos. Para a Organização, mesmo a liderança feminina inclusiva e diversa sendo considerada peça chave para o desenvolvimento sustentável, o rimo lento mostra que nem nos próximos 130 anos a igualdade deve ser alcançado no contexto político global.

No Brasil, onde segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas somam 51,03% da população, apenas 14% do Congresso Brasileiro tem parlamentares mulheres, o que coloca o Brasil na 132ª posição dos países classificados com índices de mulheres participantes na política institucional. Os números da desigualdade estão também no mercado nacional, onde apenas 35% das empresas têm a força delas na liderança, segundo análise apresentada pela agência de governança corporativa, BR Raiting. O relatório apontou ainda que a presença feminina também é tímida nos cargos de gerência (19%) e de diretoria (16%). No panorama executivo, 42% das empresas contam apenas com homens, 56% têm ambos os gêneros ocupando essas vagas e apenas 2% têm somente mulheres. Na média, o total de cargos executivos preenchidos por elas é de 23%. Outra barreira é a disparidade salarial.

Na contramão deste cenário, destacam-se as companhias que investem no potencial feminino e fomentam práticas em favor da diversidade, igualdade e inclusão, dando à elas oportunidade de ser tornarem protagonistas histórias, como como a da brasiliense, Sheila Prado. Para contar esta história, é preciso voltar ao ano de 1993, quando aos 27 anos, sem nenhuma experiência e formação superior, conquistou o primeiro emprego: auxiliar de Serviços Gerais do Grupo Sabin. Um ano depois, o talento e a dedicação foram reconhecidos na promoção ao cargo de Auxiliar de Almoxarifado, setor que chegou à chefia pouco tempo depois e atuou por 10 anos, passando em seguida o cargo que ocupa hoje, Supervisora de Atendimento ao cliente da empresa. “Comecei aqui sem nenhuma experiência, mas minha dedicação e empenho foram valorizados pela empresa. Esse cuidado do Sabin em valorizar seus profissionais é muito engajador nas nossas jornadas e me orgulha fazer parte de uma empresa que tem atenção especial com seus colaboradores, principalmente com as mulheres”, revela.

E quando o assunto é o cuidado com as suas profissionais, Sheila se emociona de outras conquistas que foram fundamentais para o seu crescimento. “Sou uma mulher que superei muitos desafios, mas me empenhei em cada adversidade e foi com o Sabin que consegui enfrenta-los. Me formei bacharel em Serviço Social graças à ajuda da empresa, que custeou metade da mensalidade da faculdade. Se não fosse isso, eu não teria conseguido, porque naquele momento a renda não seria suficiente para pagar a faculdade do meu filho e minha. Hoje nós dois estamos formados”, se emociona Sheila, que também completou MBA em Gestão Empresarial com o apoio da empresa.


Mulher, preta e ocupando cargo de liderança, Sheila integra um quadro de colaboradores em uma empresa que há vários anos consecutivos é reconhecida pelas práticas de valorização, ambiente diverso e inclusivo com um time forte, composto por 77% de mulheres e que representam também 74% dos cargos de liderança. Além disso, as lideranças negras representam 49% do total de líderes na empresa.

Empresa de alma feminina, o Grupo Sabin apoia iniciativas que empoderam a força feminina em todos os setores da economia. Signatário dos 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres, desde 2016. Há três anos consecutivos, a empresa está engajada ao Movimento Mulher 360, que inspira e influencia a sociedade na construção de um contexto empresarial ético, que valorize a diversidade e o protagonismo feminino. Para a Presidente do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, influenciar um ambiente corporativo ético, harmônico e justo não é apenas sobre negócios. “É também sobre pessoas. Como líderes, temos esse o compromisso empresarial e social de oferecer oportunidades, motivar essa troca de conhecimento, e mais ainda inspirar as corporações. O que vemos agora é que o mundo corporativo tem dedicado uma atuação em dois conceitos básicos de gestão: acolhimento e empatia. Um avanço importante, mas é imprescindível que os conceitos de diversidade e inclusão transcendam os projetos corporativos, e se façam presentes nos valores e princípios das organizações. Ainda é uma realidade distante, mas cabe à nós, líderes, investirmos nos nossos potenciais. Equipes mais diversas, engajadas são mais eficientes e assertivas”, destacou a executiva.

Investir na força feminina: conquistas em todos os aspectos
Presença feminina em cargos de liderança impulsiona performance, é o que aponta estudo publicado em maio deste ano pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa, divulgada em maio deste ano, mostrou ainda que quando elas estão em cargos de liderança os ganhos em performance são acima da média. Outro fator relevante destacado no relatório, é que organizações com pelo menos uma mulher na alta administração conquistam as melhores notas em índices ESG.  “É disso que estamos falando. Diversidade, representatividade e pluraridade são pilares importantes para um ambiente cada vez mais inovador e competitivo. Em todos os aspectos e, principalmente, em responsabilidade ambiental e social. O que pretendemos hoje é engajar práticas mais inclusivas e deixar um legado positivo às próximas gerações de líderes”, analisou Lídia.

Os indicadores da FGV constatam o que já vinha se apresentando em 2018, quando um estudo publicado pela McKninsey & Company, apontou que companhias mais diversas em cargos de chefia têm 21% mais chance de apresentar resultados acima da média.

Diversidade étnica é outro valor que tem feito diferença no desempenho das companhias, como constata o estudo da McKninsey & Company apontando que empresas que com profissionais declarados negros ou pretos têm 36% de chance de superar concorrentes menos diversas. Para a Presidente, estes dados só retratam que equipes diversas resultam em pensamentos criativos, perspectivas e ideias variados, e o mais importante é essa mudança de mindset comece na liderança. “Temos a missão de evitar vieses, como a mentalidade que grupos estereotipados tem desempenho abaixo da média ou derrubar mitos que as mães não estão mais comprometidas com sua carreira”.

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