Equipes lideradas com amor, generosidade e respeito geram mais lucros
No Brasil, movimento que tem como precursora a ex-executiva Ligia Costa busca transformar comportamentos de líderes e gestores com melhores resultados para as empresas
Ligia Costa, precursora do movimento
"Liderar com amor gera lucros" Divulgação |
Uma tendência responsável por mudanças
profundas no comportamento de líderes e gestores, com muitos cases de sucesso e
resultados significativos no lucro de grandes corporações sediadas no Exterior,
começa a chegar às empresas nacionais. No Brasil, sob o nome de “Liderar com
amor gera lucros”, o movimento tem como precursora a ex-executiva Ligia Costa.
A partir de experiências bem-sucedidas, em que atuou como facilitadora, Ligia
observa que os líderes que demonstram uma atitude mais generosa, compassiva e
amorosa para com o outro passam a contar com equipes psicologicamente mais
seguras, capazes de trazer maior produtividade.
Ligia Costa, professora na Escola de
Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ESSP), é formada em
Marketing, com pós-graduação em Gestão Organizacional e Relações Públicas pela
Universidade de São Paulo (USP). A experiência adquirida em atuações destacadas
na LucasArts, de George Lucas, no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e cargos
executivos em empresas brasileiras e multinacionais, entre elas Brasil Telecom
e Yahoo, onde liderou equipes em oito países da América Latina como executiva
regional, coloca a profissional à frente da Thank God it’s Today, agência que
prepara líderes por meio do desenvolvimento de habilidades sociemocionais.
A ex-executiva observa que as
corporações, da maneira como estão moldadas atualmente, convivem com uma crise
de consciência em suas lideranças. “Há nestas estruturas um número expressivo
de profissionais afastados por estresse, ansiedade e outros problemas que
comprometem a saúde como um todo”, diz. “Muito de tudo isso é causado pela
atitude de líderes e gestores que perpetuam situações tóxicas dentro das
empresas.”
Como precursora do “Liderar com amor
gera lucros”, Ligia afirma que o movimento se espelha não apenas no Capitalismo
Consciente e no Sistema B, de empresas sustentáveis que visam benefícios
sociais e ambientais. “Há uma clara inspiração também no FIB (Felicidade
Interna Bruta), que é o formato utilizado no Butão, na Ásia Meridional, para
mensurar felicidade no país”, destaca.
A partir destes pilares, em especial,
Ligia percebeu que as empresas, se não olharem para o indivíduo de maneira
humana e altruísta, dificilmente vislumbrarão grandes e necessárias
transformações. “Importante que se diga, é necessário incluir todas as
inteligências, física, mental e espiritual, entendendo que são partes de quem
realmente somos. Se não estivermos em nossa melhor performance, não poderemos
atingir e entregar o melhor resultado”, analisa.
No presente que se delineia para o mundo
corporativo, na visão da empreendedora, há cada vez menos espaço para gestores
egocêntricos e desconectados de suas equipes. Neste sentido, o movimento
“Liderar com amor gera lucros” é, segundo Ligia, uma provocação para incentivar
mudanças de comportamento e de atitude. “Não faz qualquer sentido passar tanto
tempo da nossa existência no trabalho se não for para evoluir, para oferecer
compaixão, generosidade, apoio”, pontua. “Quando as pessoas crescem, as
empresas avançam, se fortalecem e, evidentemente, lucram mais”, completa.
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