SAP para a nuvem: cuidados no processo de migração dos workloads
Por Sergei
Silva e Wanderson Prates
O processo de
migração de workloads do SAP para a nuvem tem sido cada vez mais comum e
necessário para alavancar os negócios. Os últimos estudos da IDC
revelam que os gastos com produtos de infraestrutura de computação e
armazenamento para cloud computing aumentaram 12,5% no primeiro trimestre de
2021, saltando para US$ 15,1 bilhões. Além disso, as pesquisas apontam que 52%
das empresas entrevistadas utilizam algum tipo de nuvem como parte de sua
infraestrutura digital e 39% pretendem investir em computação em nuvem nos
próximos meses.
Neste cenário,
muitas empresas optam por migrar seus workloads do SAP para a nuvem a fim de obter todos
os benefícios por ela oferecidos. Os workloads são um conjunto de soluções, que
podem envolver diversos servidores e até mesmo mais de uma aplicação que
suporta um processo de negócio específico. Para que os processos críticos de
negócios de uma organização operem em perfeitas condições, é imprescindível que
seus workloads estejam fora de ambientes não tolerante a falhas, funcionando em
plena agilidade, disponibilidade e com segurança. Atualmente, a nuvem é a
melhor opção para as empresas considerando os aspectos acima mencionados, mas
são necessários alguns cuidados na jornada de migração.
Avaliar a
estratégia de crescimento
Quanto mais
uma empresa cresce, mais depende de seus workloads. Portanto, se a companhia
pretende realizar grandes mudanças, como investimentos, aquisições de empresas,
expansão de portfólio, entre outros, será preciso um alto investimento em sua
infraestrutura de TI. Neste momento, é importante avaliar a estratégia de
crescimento da organização para verificar se a migração para a nuvem é compensatória,
uma vez que com seus workloads em nuvem a empresa ganha mais agilidade, rapidez
no atendimento e otimização do trabalho. Ao migrar para a nuvem, é fundamental
criar uma escalabilidade alinhada à estratégia de crescimento dos negócios.
Renovação e
simplificação dos serviços
Um dos maiores
motivadores da migração
para a nuvem é a constante necessidade de investimento para a renovação do
parque de máquinas e da infraestrutura de TI de uma empresa. Na nuvem, os
investimentos em infraestrutura que eram feitos via Capex, passam a ser
operados via Opex, gerando maior economia de capital para as organizações.
Outro fator
importante a ser avaliado pela empresa é como está sua arquitetura de
integração entre o SAP e os sistemas satélites. Este é um dos principais pontos
de uma migração para a nuvem, uma vez que antes do processo, os servidores
ficam no mesmo data center e após a migração, existe a possibilidade de a
companhia contar com servidores em nuvem e outros ainda no data center. A
integração entre os sistemas que fazem parte do landscape da empresa deve ser
olhada com atenção para que não haja nenhum impacto nessas integrações,
reforçando dessa maneira, a necessidade constante de renovação, benefício oferecido
pelo cloud.
Além disso, a
simplificação é outra questão a ser considerada ao migrar para a nuvem.
Pode-se, por exemplo, aproveitar o projeto de migração para a nuvem de uma
estrutura complexa ou desatualizada que seja composta pelo SAP e sistemas satélites,
para aplicar processos de simplificação e reestruturação de integrações e
versões entre esses sistemas desse ambiente.
Agilidade,
disponibilidade e segurança
Atualmente os
ambientes em nuvem estão em um nível de disponibilidade muito maior do que as
estruturas tradicionais em data centers locais. Com a infraestrutura em nuvem, a
arquitetura é mais flexível e é possível, por exemplo, incrementar ou reduzir o
poder computacional de acordo com a demanda do negócio, assim como garantir um
ambiente com escalabilidade e resistente a falhas. Além disso, na nuvem paga-se
exatamente pelo o que é utilizado, reduzindo o custo e gerando uma arquitetura
fluida para a organização.
Uma das
maiores dúvidas ao migrar os workloads do SAP para a nuvem está relacionada à
segurança que ela garante. É extremamente importante identificar no mercado um
provedor ou hyperscaler que possua as melhores certificações de
segurança, reconhecidas pelo mercado, e que apenas após essa garantia iniciar o
processo de migração. Porém, uma coisa é certa, a nuvem proporciona uma
agilidade e uma base para a inovação que toda empresa precisa ter. As
ferramentas de transformação digital, como inteligência artificial, análise
preditiva e big data, são bem mais proveitosas, de maneira direta e simples, no
ambiente de nuvem do que comparado a um data center comum.
A escolha do
parceiro de jornada
Entender a
real necessidade e as dores da empresa, traduzi-la em planejamento, reduzir
impulsos e riscos, e entregar exatamente o que é preciso estão entre os
requisitos básicos para a escolha de um parceiro ideal de jornada da migração
para a nuvem. Ao tomar a decisão de migrar seus workloads do SAP para a nuvem,
a empresa deve encontrar um parceiro com expertise no assunto que a apoie do
início ao fim do projeto, entendendo sua visão de negócio e capaz de auxiliar
na criação de seu próprio business case.
O conceito de nuvem não é antigo, portanto
o conhecimento de profissionais sobre SAP em nuvem e sobre a jornada de
migração dos workloads para cloud ainda é algo raro no mercado. Para realizar o
processo de migração, é imprescindível que a companhia interessada busque
parceiros qualificados e com amplo conhecimento tanto em SAP, quanto em nuvem, uma vez
que ao juntar os dois mundos em uma só equipe, aumenta a possibilidade de
sucesso do projeto sem riscos de grandes falhas.
Sergei Silva é SAP Technology and Business Director – LATAM e Wanderson
Prates é SAP Solution Sales Lead – LATAM, ambos da empresa SoftwareONE,
provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e
tecnologia de nuvem.
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