Open Banking: quais os riscos de compartilhar os dados
Especialista afirma que o sistema de
compartilhamento é seguro, mas pode aumentar casos de vazamentos de dados
O Open Banking começou a ser estruturado
no Brasil em 2019 e sua implementação aconteceu agora em 2021. Com a novidade
muitas dúvidas sobre a segurança de dados surgiram, já que com a nova solução
será possível compartilhar informações cadastrais e transacionais de clientes
entre bancos. Para o professor e coordenador da pós-graduação em Cyber Threat
Intelligence no Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDESP), Thiago
Bordini, o método de compartilhamento de dados é seguro. “O principal ponto de
vulnerabilidade e que precisamos de um pouco mais de atenção é saber como as
instituições bancárias vão tratar essas informações. Onde armazenarão e como
farão a segurança deste método de transmissão de dados”, comenta.
O especialista alerta ainda para o risco
de vazamentos de dados e o compartilhamento indevido dessas informações. “Serão
abertas novas portas de comunicação no mundo digital e toda vez que ocorre
alguma inovação, ela acaba sendo explorada pelos hackers”, explica Bordini.
Do ponto de vista tecnológico, o grande
desafio para as instituições financeiras é estruturar os dados e principalmente
as autorizações dos clientes. “O consumidor terá a possibilidade de
compartilhar um cadastro completo ou somente uma determinada informação. Esse
compartilhamento granular de dado talvez seja um dos grandes pontos de atenção
para o processo de integração das instituições”, diz o especialista.
Em relação a Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD), os riscos de violação são baixos. Segundo o especialista, o
compartilhamento de dados só ocorre mediante a autorização do cliente.
Com o objetivo de oferecer ao consumidor
acesso cada vez mais a produtos e serviços de instituições financeiras e
Fintechs, o Open Banking iniciou a segunda fase em agosto. Nesta etapa, foi
possível compartilhar dados de clientes relacionados a serviços bancários, como
contas e cartões de crédito. A terceira está prevista para o dia 29 de outubro.
As instituições farão a integração de serviços, com início de transações de
pagamentos, começando pelo Pix. Os clientes também terão autonomia para aceitar
ofertas de crédito, por exemplo.
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