Open Banking: seus dados estarão seguros?
Em breve, o compartilhamento de dados entre instituições bancárias, autorizado pelo titular, será uma realidade usual para quem utiliza serviços financeiros. Especialista em Cibersegurança orienta sobre o que se deve fazer para proteger informações pessoais
São Paulo, outubro de 2021 - Falta pouco para o Open Banking -
sistema de compartilhamento entre clientes e bancos que dá aos usuários o poder
de administrar seus próprios dados financeiros - estar definitivamente
incorporado na vida dos brasileiros. Se por um lado essa inovação proporciona a
melhor experiência ao cliente, por outro inspira cuidados em relação à
segurança das informações.
Em 11 de outubro, a plataforma passará a
funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, e até dezembro deste ano
todas as fases do Open Banking estarão concluídas, permitindo que se faça
transações com a instituição financeira de interesse do usuário como e quando
ele desejar. Para utilizar o sistema, o titular dos dados precisa autorizar o
compartilhamento tanto para a empresa que detém as informações quanto para a
que vai recebê-las.
Embora a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD) e as regras do Banco Central garantam a proteção de dados pessoais, é
preciso atenção para não expor indevidamente as aplicações e informações. Nesse
cenário, o cuidado deve existir nas duas pontas: a instituição e o usuário.
Do ponto de vista técnico, há gargalos
críticos nas interfaces e aplicativos atrelados aos serviços bancários,
chamadas APIs (Interface de Programação de Aplicações). Para facilitar a
usabilidade, elas podem armazenar informações que ficariam expostas em eventuais
ataques. Segundo o coordenador de Red Team da Cipher, Alexandre Armellini, uma
medida de rotina necessária às instituições é a averiguação e limpeza periódica
das APIs, com realização de testes de nível elevado.
Ele acrescenta que as instituições precisam
estar preparadas e possuírem diversas camadas de controles de segurança, como
criptografia e dupla autenticação, entre outros, mas não podem esquecer que o
usuário é o elo mais fraco da cadeia cibernética e alvo das estratégias de
engenharia social dos cibercriminosos. Com as inovações, inevitavelmente surgem
novas modalidades de fraudes que vão desde o aperfeiçoamento dos já conhecidos
phishings e vishings (páginas e links maliciosos) até os temidos ransomwares,
que podem levar ao sequestro e potencial perda de dados.
O especialista da Cipher também alerta
que os dispositivos de entrada, sejam eles telefones, computadores ou outros
equipamentos conectados, precisam ser observados com cautela, pois costumam
conter dados pessoais acessíveis a aplicações com baixos níveis de segurança.
Nesse sentido, Armellini aconselha as
instituições a oferecerem informação aos seus clientes. Ele explica que o
trabalho de conscientização precisa ser sistemático para criar uma cultura de
prevenção junto ao grande público. “Educar as pessoas é tão importante quanto
análises técnicas de vulnerabilidades. Não adianta trancar as portas se o
usuário tem as chaves e pode abri-la, sem querer, a cibercriminosos”.
Sobre Alexandre Armellini
Formado em Análise de Sistemas, Alexandre
Armellini é coordenador do Red Team LATAM da Cipher. Atuou em empresas como
Pirelli, 3M, Coca-Cola Company e IBM, onde colaborou com a área de
patenteamento de produtos. Está no segmento de Segurança Cibernética desde
2005, liderando equipes em diferentes projetos ao redor do mundo, exercendo
funções de Hacker Ético, CSM (Scrum-Master), CSPO (Proprietário do Produto
Scrum) e Consultor de Segurança e Risco em diferentes ambientes. Autor de
artigos e com participação em livros especializados, Armellini é especialista
em Testes de Penetração, Testes de Segurança Física e Lógica e Análises de
Risco, entre outras, acumulando prêmios e certificações ao longo de sua
carreira.
Sobre a CIPHER
Fundada em 2000, a CIPHER, uma empresa
global do Grupo Prosegur, especializada em segurança cibernética, oferece uma
ampla gama de produtos e serviços, suportadas pelo melhor laboratório em
segurança da Informação: o Intelligence Lab. Com escritórios localizados na
América do Norte, Europa e América Latina, possui seis centros de operação de
segurança 24/7, complementados por parceiros estratégicos ao redor do mundo.
A CIPHER é altamente acreditada como
provedora de Serviços Gerenciados de Segurança (MSS) por meio das certificações
da empresa como ISO 20000 e ISO 27001, SOC I e SOC II, PCI QSA e PCI ASV.
A CIPHER também recebeu diversos
prêmios, incluindo melhor MSSP da Frost & Sullivan nos últimos seis anos
consecutivos. Os seus clientes são compostos por grandes empresas e agências de
governo, com inúmeros cases de sucesso. A CIPHER provê às organizações, por
meio de tecnologias avançadas e especializadas, serviços que os protegem contra
ameaças, enquanto gerenciam riscos e asseguram a operação através de soluções
inovadoras.
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