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Robert Half e Fundação Dom Cabral mapeiam a prática de upskilling e reskilling nas empresas

40% dos entrevistados apontam aumento na oferta de treinamentos e programas de upskilling e reskilling durante a pandemia

São Paulo, novembro de 2021 – A pandemia despertou a necessidade de investimentos em qualificação e reciclagem de colaboradores, tornando o upskilling e o reskilling uma realidade dos contratantes e um diferencial de retenção de candidatos. Essa é a principal constatação do levantamento, realizado com 664 recrutadores consultados pela Robert Half, primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo, em parceria com a Fundação Dom Cabral, sobre as práticas de upskilling e reskilling, ou seja, qualificação para aprimoramento e requalificação de habilidades. 

Segundo a pesquisa, 66% dos profissionais responsáveis pelo recrutamento nas empresas, ou que têm participação no processo de seleção, acreditam que contratar profissionais qualificados hoje está difícil ou muito difícil. Desses, 42% afirmam ter vagas abertas por não conseguirem profissionais adequados para as funções disponíveis. 

Entre as principais razões da dificuldade, os recrutadores apontam: a ausência de habilidades técnicas essenciais para a vaga (49,85%); os melhores talentos estão empregados (45,63%); o pacote de remuneração da empresa em que atuam não é competitivo (39,01%); e os candidatos não têm as habilidades comportamentais necessárias à função (38,4%). 

“Essa percepção dos recrutadores faz com que os profissionais mais preparados e qualificados encontrem ainda mais oportunidades de trabalho e sejam bastante disputados, principalmente neste momento de recuperação e reestruturação do mercado”, destaca Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Pandemia incentiva investimentos

Segundo os entrevistados, as condições de trabalho decorrentes da pandemia de covid-19 intensificaram a necessidade de investimentos em upskilling e reskilling, período em que 40% passaram a oferecer treinamentos dessa natureza. 

De acordo com Paul Ferreira, professor e diretor do Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral, “isso demonstra a maior necessidade de adequação aos novos tempos, principalmente no que diz respeito às novas rotinas de trabalho e às tecnologias aplicadas durante o período de distanciamento”.

Segundo os entrevistados, as áreas que mais praticam upskilling e reskilling são: gestão de pessoas (40,85%); tecnologia da informação (36,9%); e vendas e marketing (35,5%). As companhias de grande porte foram as que mais passaram a qualificar seus funcionários durante a pandemia. Nelas, os fatores que levam à adoção de práticas de aperfeiçoamento e reciclagem são: a cultura da empresa (59,13%); mudanças organizacionais (56,9%); e a necessidade de treinar funcionários em novas tecnologias (49,57%).

Quando perguntados sobre as principais habilidades desenvolvidas nesses treinamentos, foram observados: capacidade de liderança e gerência (56,78%); pensamento crítico e tomada de decisão (46,69%); e adaptabilidade e aprendizado contínuo. As soft skills e habilidades comportamentais aparecem apenas na quarta colocação, com 32,23%.

Desafios e vantagens do upskilling/reskilling

De acordo com os executivos, o maior benefício da prática é o aumento de produtividade (59,4%). Em seguida, 57,5% consideram a retenção de funcionários um dos benefícios mais importantes, seguida da possibilidade de evitar a contratação de novos funcionários (36,3%). 

“Esses números indicam o forte caráter de retenção de talentos das práticas de upskilling e reskilling nas companhias. Além do impacto direto no dia a dia da companhia, por permitir que os líderes desenvolvam times cada vez mais especializados, a companhia se beneficia ainda da reputação de boa marca empregadora, que sustenta a evolução dos profissionais no próprio negócio”, afirma Mantovani. 

Apesar das vantagens, o levantamento aponta que existem desafios importantes enfrentados pelas empresas na hora de investir em treinamentos de upskilling e/ou reskilling para seus colaboradores. Os principais apontados foram dificuldade de encontrar recursos (72,1%), falta de tempo (71,5%) e alto custo (56,8%).

Metodologia – O levantamento é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half e pela Fundação Dom Cabral entre 4 e 30 de agosto de 2021, com base na percepção de 1.643 profissionais, divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis pelo recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais temporários e permanentes nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão.  

Ao todo, são mais de 300 escritórios na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania. Em 2021, a Robert Half foi novamente considerada pela Fortune uma das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half também integra o Índice de Igualdade de Gênero da Bloomberg, graças ao seu compromisso em promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoie a diversidade.

Sobre a Fundação Dom Cabral 

A Fundação Dom Cabral é uma escola de negócios brasileira que há 45 anos tem a missão de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos. Em 2020, a instituição ficou em nono lugar no ranking de educação executiva do jornal britânico Financial Times. Dessa forma, consolidou sua posição como a melhor escola de negócios da América Latina e a mais bem colocada do Brasil. Somente em 2020, passaram pela FDC mais de 20 mil profissionais, entre executivos, empresários e gestores públicos. No campo social, a FDC conta com iniciativas de desenvolvimento, capacitação e consolidação de projetos, líderes e organizações sociais, contribuindo para o fortalecimento e o alcance dos resultados pretendidos por essas entidades. Dessa forma, em 2020 a escola executiva lançou o FDC – Centro Social Cardeal Dom Serafim, concebido para apoiar jovens em situação de vulnerabilidade social, empreendedores populares, organizações sociais e seus gestores, por meio do desenvolvimento e capacitação. 

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