Não basta reindustrializar
João Carlos Marchesan*
“Meu modelo de negócios
são os Beatles. (...) Eles se balanceavam, e o total era maior do que a soma
das partes. É como eu enxergo os negócios: as coisas incríveis nunca são feitas
por uma única pessoa, são feitas por um time”, essa frase dita por Steve Jobs,
criador da Apple e considerado um dos maiores gênios da história recente,
reflete bem o momento atual que estamos vivendo no setor de máquinas e
equipamentos.
Somos um grande time
composto por diretores, empresários e colaboradores. E o que nos dá certeza de
que estamos no caminho certo é o nosso recorde de associados que pela primeira
vez na nossa história atinge 1650 empresas. Um grande time que busca melhorar
as condições das empresas e o ambiente de negócios do País.
Temos empunhado várias
bandeiras e a reindustrialização é uma delas, que tem envolvido todo o nosso
universo, e inclui várias sub-bandeiras, inclusive e, especialmente, o combate
ao Custo Brasil. Mas sabemos que não basta reindustrializar. É preciso lutar
para ter uma indústria cada vez mais tecnológica e sofisticada, com ética e ações
sustentáveis. Esse é o caminho do futuro, muito mais do que defender uma
simples reindustrialização. Sabemos que a Inovação é fundamental para ampliar
demandas internas e modernizar a indústria.
Após a pandemia, vimos
que a transformação digital nos traz uma nova cultura organizacional onde a
tecnologia é o centro da estratégia empresarial. Não se trata apenas de
investir, mas de um processo de transformação acelerada e contínua que demanda
esforços maiores por parte das organizações.
É universal o entendimento
de que a indústria é uma das principais alavancas das transformações em curso,
por estar associada ao desenvolvimento de serviços sofisticados.
Além disso, a indústria
estabelece vínculos com outras atividades dando a elas maior capacidade de introduzir
inovações e modificar seus processos produtivos, o que lhe garante a condição
de multiplicador de empregos e renda em todos os setores da economia nacional.
No Brasil, a
recuperação do crescimento e do desenvolvimento econômico também demandam uma indústria
forte e diversificada. E para tanto, obter condições competitivas é
prioritário. A economia global, antes mesmo do advento da pandemia, vinha num
processo de transformações em direção à maior sustentabilidade ambiental e
social, à digitalização da indústria e à busca pelo fortalecimento dos elos da
cadeia produtiva.
É fato que o processo
de reindustrialização deve vir acompanhado de um processo de desenvolvimento
tecnológico e inovação e que o Brasil precisa de políticas públicas que não só
permitam, como impulsionem esse processo. Trabalhar nesse sentido tem nos dado
muito protagonismo no setor, e a principal consequência é que nos últimos anos,
mais que duplicamos o número de associados e aproveito para agradecer a todas
as empresas que estão conosco neste momento tão importante em nossa história,
onde continuamos trabalhando diariamente para executar nosso compromisso de
oferecer aos nossos associados, conhecimento, atendimento personalizado e
geração de oportunidades de negócios.
*João Carlos Marchesan é administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ
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