Brasil deve levar dois anos ou mais para retomar economia aos níveis pré-pandêmicos. Alta nos preços impacta cesta básica.
Estudo da Kantar aponta que inflação é o principal impedimento para a volta do consumo na
América Latina
Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, altamente impactados pela inflação e pelo desemprego, podem levar dois anos ou mais para retornar aos níveis econômicos de 2019. A constatação faz parte do estudo Consumer Insights, realizado pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria.
A empresa separou outras nações do continente em dois grupos, de acordo com a
expectativa de retomada econômica de cada uma delas. O Chile é o único país da América Latina que recuperou, em
2021, o PIB per capita nos níveis pré-pandêmicos.
Já Equador, México e os países América Central, em que as economias são mais
dolarizadas, demonstraram resultados de uma possível recuperação já em 2022.
A inflação é o fator que mais pressiona a retomada do consumo de forma geral,
uma vez que os preços no continente atingiram os níveis mais altos dos últimos
cinco anos. Argentina, seguida por Brasil e México, são os países com os
maiores aumentos na região.
A
alta nos preços impacta, principalmente, os itens da
cesta básica. De acordo com a Kantar, a maior parte dos gastos das famílias
latino-americanas é despendida com eles, comprometendo até 35% da renda das classes sociais mais baixas. Isso
ocorre porque os alimentos são a prioridade e o
setor apresentou inflação de 19% no último ano.
Esse cenário se
reflete em todos os países latinos. No entanto,
apenas três deles não conseguiram manter o
volume de consumo acima do que tinham antes da pandemia: Argentina, Brasil e
Colômbia.
Sobre a
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