População do Vale do Aço e Região terá acesso a serviços inéditos no SUS nos Hospitais Márcio Cunha e Vital Brazil
Crédito: Elvira Nascimento
Acordo
firmado entre a Fundação São Francisco Xavier e o Ministério da Saúde, via
emenda do Senado Federal, garante verba de mais de R$ 6 milhões para compra de
aparelho oncológico e serviços de atendimento neonatal. População
correspondente a mais de 1,3 milhão de pessoas no Vale do Aço e 67 municípios
será beneficiada
A Fundação São
Francisco Xavier, entidade beneficente de assistência social e o Ministério da
saúde, firmaram importantes convênios para a melhoria do atendimento aos
serviços prestados ao SUS na região do Vale do Aço. O acordo garantirá uma
verba de mais de R$ 6 milhões para a entidade que será destinada a serviços
inéditos no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, e no Hospital e Maternidade
Vital Brazil, em Timóteo.
Os recursos serão para
a compra de um aparelho oncológico, o PET-CT para a Unidade de Oncologia do
Hospital Márcio Cunha e para a realização de uma triagem neonatal auditiva do
HMVB. O Diretor-Presidente da Fundação São Francisco Xavier Salvador
Prado Júnior, comenta que a parceria só foi possível graças ao apoio de
políticos engajados na causa da entidade. “Tivemos a ajuda dos Senadores
Rodrigo Pacheco e Alexandre Silveira. Com essa
parceria poderemos proporcionar aos pacientes SUS um acesso inédito a uma
tecnologia de ponta”. Depois da fase de cotação e licitação, a expectativa é de
que os novos serviços estejam à disposição da população no segundo semestre
deste ano.
“É com grande alegria
que recebemos a notícia dessa parceria da FSFX com o Ministério da Saúde para a
aquisição de um aparelho de PET-CT. É uma tecnologia muito avançada, hoje
presente apenas nas capitais e poucos centros oncológicos e raramente disponíveis
em centros que atendam a um grande volume do SUS”, comemora Luciano de Souza
Viana, médico oncologista da Fundação São Francisco Xavier.
O médico acrescenta. “É
um mérito da Fundação e uma conquista de toda região porque coloca à disposição
dos pacientes do SUS de nossa responsabilidade a mais moderna ferramenta de
diagnóstico que permite avaliar a extensão da doença e a maneira como devemos
tratar cada um desses pacientes”.
Inovação
O PET- CT é um dos mais
modernos equipamentos utilizados em imagens médicas de última geração,
responsável por diagnósticos e segmentos de alta precisão, realizado pela
medicina nuclear. Na Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha ele vai
possibilitar que pacientes façam um exame mais ágil e eficiente para o
diagnóstico precoce do câncer, verificar o desenvolvimento do tumor ou mesmo se
há metástase.
O aparelho, também
conhecido como PET Scan, faz um scanner do corpo através de uma tomografia por
emissão de pósitrons e é capaz de identificar de forma precoce e com muita
precisão lesões malignas que não são detectadas pelos exames convencionais.
“Quando aplicamos o
PET-CT temos uma extensão da doença presente naquele organismo e para se ter
uma ideia do impacto do aparelho nos tratamentos com a utilização dele
conseguimos modificar 1/3 dos planejamentos de tratamentos de câncer”, explica
o oncologista.
O PET-CT é capaz de
ajudar no tratamento do câncer de forma assertiva. “Com ele conseguimos oferecer
a melhor oportunidade de tratamento para cada paciente. Isso porque conseguimos
analisar a extensão da doença de uma forma muito mais precisa porque permite
detectar aquelas lesões que estavam escondidas e que os exames convencionais
não evidenciam”.
“É uma grande
ferramenta que será incorporada a todo o parque tecnológico da Fundação São
Francisco Xavier, do Hospital Márcio Cunha e que representa um grande avanço,
ou seja, nós saímos de um patamar que já é muito bom no HMC para a condição de
melhores centros de oncologia do país”, ressalta Viana.
Triagem auditiva neonatal
O convênio com o Ministério da Saúde
também irá beneficiar a população da cidade de Timóteo e região, no Hospital e
Maternidade Vital Brazil. O HMVB passará a contar com um novo serviço de
triagem auditiva neonatal: o teste da orelhinha. O teste consiste no
registro das Emissões Otoacústicas Evocadas Auditivas Transientes
(EOATs).
“É um método objetivo,
relativamente simples, rápido, não invasivo e indolor que é realizado por um
fonoaudiólogo. Esse é um exame imprescindível de ser realizado em todas as crianças
logo ao nascer, principalmente naquelas que nascem com algum tipo de problema
auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção
fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito
próxima a de uma criança ouvinte. O grande problema é que a maioria dos
diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três
ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo,
social e de linguagem da criança está seriamente comprometido”, explica a
fonoaudióloga do HMVB, Gilmara Teixeira Panta Duarte.
Segundo a fonoaudióloga, o exame é fundamental para os recém-nascidos da região. “O nosso propósito é detectar o mais precocemente possível as alterações auditivas desde o nascimento em todos os neonatos nascidos no hospital submetidos ao exame, possibilitando assim um diagnóstico efetivo, uma intervenção auditiva assertiva e segura e um tratamento precoce, diminuindo assim um impacto negativo no desenvolvimento da fala e da linguagem do indivíduo”, conclui.
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