Com avanço da ômicron, uso de máscaras de alta proteção ganham prioridade
J.A.Puppio*
A recente explosão de casos de Covid-19
em âmbito mundial, potencializada pela disseminação da variante ômicron, fez
com que os especialistas pesquisassem as melhores forma de proteção contra a
doença.
Embora envolta em muitas incertezas,
sabe-se que essa variante é, com certeza, a mais transmissível, porém, com
menor risco de letalidade.
E no que se refere às máscaras de
proteção, especialistas chegaram à conclusão que os modelos cirúrgicos e de
pano, apesar de mais comuns, não são suficientes para oferecer a proteção
necessária.
O vírus SARS-CoV-2 segue um mesmo
padrão: se transmite da mesma forma e tem o mesmo tamanho. Mas há variáveis que
ainda não foram totalmente dimensionadas. Com esse vírus mais transmissível, as
medidas de proteção têm que acompanhar o risco. Assim, faz mais sentido usar
uma máscara com material mais resistente, de melhor qualidade.
Desta forma, os pesquisadores recomendam
que a máscara mais segura é a PFF2, de preferência com a tira na cabeça, mas a
que prende atrás da orelha também é boa opção.
Pesquisa realizada pelo Instituto Max
Planck, da Alemanha, indica que a proteção chega a ser 75 vezes maior do que a
proporcionada por máscaras cirúrgicas. Os cientistas usaram modelos
computacionais para simular a interação por 20 minutos entre uma pessoa
infectada e uma sem o vírus. E compararam o nível de proteção das máscaras
cirúrgicas com as de alta proteção.
No cenário mais seguro, com duas pessoas
utilizando as máscaras N95/PFF2 bem ajustadas ao rosto, o risco de infecção foi
apenas de 0,14%. Com as máscaras de alta proteção mal ajustadas, o risco de
contaminação sobe para 4%. Em contrapartida, no pior cenário, com ambas
utilizando máscaras cirúrgicas, esse índice foi de 10,4%.
Estudos, inclusive, demonstram que o
modelo PFF2 tem proteção mínima de 94% contra o coronavírus.
De qualquer maneira, é imprescindível
considerar dois pontos centrais: ajuste e filtração. Não adianta ser PFF2 se o
ar sair pelas laterais. Além disso, é importante considerar o conforto, para
que a máscara seja corretamente utilizada, pelo tempo necessário.
Outro ponto fundamental é que não deve
ser lavada. Isso porque ela é composta de três camadas: a parte interna em
não-tecido com fibras sintéticas; a do meio composta por micro fibras tratadas
eletrostaticamente, ou seja, a camada eletromagnética segura o vírus e filtra
mesmo as partículas maiores de 0,3 mícron de diâmetro; e a externa composta por
não-tecido, que protege o meio para não soltar as fibras.
*J.A.Puppio é empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.
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