Gestão profissional de documentos reduz custos e amplia competitividade
André Camargo, CEO e fundador da Closecare
A pandemia afetou profundamente a vida
do brasileiro nos mais diferentes aspectos. Com o mercado de trabalho não foi
diferente. Em consequência da disseminação do vírus, o número de afastamentos
por motivos de saúde bateu recordes, impactando inclusive no tempo médio que
cada trabalhador teve de ficar longe de suas atribuições.
Nesse contexto, o gerenciamento de
atestados, que já representava um trabalho considerável para os RHs, tornou-se
uma tarefa ainda mais difícil de gerir. E o que é pior, a ineficiência nessa
área acabou gerando custos extras em uma época na qual as empresas estão
pressionadas como nunca por fatores como inflação, juros e redução de vendas.
Por esse motivo, a profissionalização do setor virou uma necessidade urgente
para os negócios que buscam se manter competitivos.
Na contramão de toda a transformação
digital vivenciada pelas empresas do país, que investem em tecnologias como Big
Data, computação em nuvem e internet das coisas, áreas como a de Departamento
Pessoal parecem ter sido esquecidas e ainda vivem na Idade da Pedra.
De modo geral, a grande maioria dos
negócios do Brasil ainda faz a gestão manual dos seus arquivos: um volume imenso
de papéis fica na mão de uma ou mais pessoas que cuidam do administrativo, e
cabe a elas processar e conferir cada item.
Na prática, a sobrecarga de trabalho faz
com que nem todas as etapas de checagem sejam seguidas à risca. Assim,
atestados que não deveriam ser validados, seja por entrega fora do prazo ou
mesmo pela emissão via CRMs inexistentes, acabam gerando custos desnecessários,
que podem chegar a 13% do total dos afastamentos médicos ao longo de um ano.
Da mesma forma, práticas amadoras no
setor colocam a empresa diante de uma série de riscos judiciais. Em primeiro
lugar, porque arquivos com dados sensíveis dos funcionários passam pelas mãos
de muitos intermediários ou ficam armazenados de forma inadequada dentro das
gavetas ou sobre as mesas, o que infringe os princípios estabelecidos pela Lei
Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Além disso, o processo fica sujeito
a falhas, e trabalhadores que deveriam ser encaminhados para o INSS, por
exemplo, passam despercebidos, o que pode resultar em mais impostos ou em
processos.
Ao se implantar uma gestão profissional
e digitalizada de documentos, todo esse fluxo operacional obsoleto baseado em
papel vira pó. Em vez de obrigar o funcionário a se deslocar pessoalmente até a
sede para entregar o atestado, a empresa pode disponibilizar uma plataforma
digital que facilita o envio. Assim, além de receber o dado mais rapidamente e
evitar transtornos no fechamento da folha ao final do mês, este modelo
possibilita a análise automática de todos os documentos, que podem ser
confrontados com a Política de Atestado da companhia através do uso de
inteligência artificial.
Os benefícios dessa migração vão muito
além da mera redução de custos e do ganho de produtividade. Além de diminuir o
absenteísmo e liberar funcionários do Departamento Pessoal para a execução de
outras tarefas, com o tempo muda-se toda a cultura do negócio. Ao notar que o
empregador está olhando de perto os documentos e apoiando quem realmente
precisa de cuidados médicos, o próprio funcionário altera seu comportamento,
caem as tentativas de burlar o controle de atestados e o resultado disso é uma
empresa muito mais forte.
A gestão de atestados já representava um
gargalo importante para o segmento corporativo. Com a crise sanitária, porém, o
problema ganhou evidência, e muitos empresários sentiram na pele os efeitos do
excesso de afastamentos. Não bastasse isso, temos agora todas as mudanças
trazidas pelo eSocial, por meio do qual o Governo Federal exige que as empresas
prestem rotineiramente uma série de informações relacionadas à saúde do
trabalhador sob a pena de multa.
Como resultado, a procura por serviços de gestão de documentos vem aumentando, o que levou a Closecare crescer a uma média mensal de 10% desde março de 2020. Tenho certeza de que essa é uma tendência que veio para ficar, e cada vez mais as empresas vão ter de voltar seus olhos para essa questão se quiserem se manter competitivas no mercado.
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