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Cada vez mais presentes no mercado de trabalho, mulheres ganham espaço também nas indústrias

O constante crescimento da presença das mulheres dentro de setores como a indústria, reforça a importância de se exercer uma política de igualdade de gênero dentro das companhias.

Cada vez mais presentes no mercado de trabalho, mulheres ganham espaço também nas indústrias/Divulgação

A mão de obra feminina está conquistando mais espaço no mercado de trabalho. Com diversidade de gênero cada vez mais presente dentro das empresas, de todos os setores da economia, as mulheres vêm se destacando também em ambientes que anteriormente eram exclusivos do sexo masculino, como é o caso das indústrias.

De acordo com a analista de Recursos Humanos da Fibracem, uma das principais companhias especializadas no mercado de comunicação óptica no Brasil, Cinthya Guil Calabroz, a mão de obra feminina é uma força importante para desenvolvimento e crescimento das empresas, pois se encaixam com mais facilidade no que se pode chamar de perfil de profissionais desejados pelas grandes corporações.

“Elas demonstram com mais facilidade, habilidades como: determinação, resiliência, dinamismo, comprometimento com a melhoria contínua dos processos e do seu desenvolvimento profissional, além de, claro, serem perfeitamente capacitadas tecnicamente. Além disso, as mulheres são multifuncionais, conseguem desempenhar várias atividades ao mesmo tempo com organização e excelência e são extremamente atentas aos detalhes para a conclusão dos objetivos”, analisa Cinthya.

Ainda segundo a especialista, a empresa tem acompanhado a média nacional do mercado sobre o índice de mão de obra feminina dentro das empresas, e afirma, que atualmente, mais de 30% dos postos de trabalho da companhia são compostos por mulheres, em setores que vão desde o administrativo ao operacional na produção industrial, inclusive muitas delas em cargos de liderança de equipes. “Nada disso seria possível senão fosse a cultura e o estímulo pela diversidade promovidos pela empresa”, diz Sabrina Vaz Dias, que hoje lidera a equipe de Fabricação.

É o caso de Rosângela Gonçalves da Silva. A profissional, que atualmente é líder do departamento de montagem, afirma que “as mulheres não têm mais só o dever de cuidar da casa e dos filhos, mas que estão disponíveis para trabalhar fora, liderar pessoas e desempenhar perfeitamente funções em uma corporação”, comenta.

A busca pela diversidade

A busca pela diversidade de gênero deve ocorrer desde o processo de seleção de pessoal e precisa estar aliada com o constante trabalho de conscientização de gestores, para que passem a olhar cada vez mais para o perfil e possibilidades de desenvolvimento e não apenas para o gênero das candidatas ou dos candidatos, “É muito gratificante trabalhar em uma companhia que tem uma visão sólida que não se trata só sobre o gênero das pessoas, mas sim sobre competência”, ressalta a líder  da equipe de inspeção de qualidade da Fibracem, Maria Aparecida Pereira dos Santos.

Quebra de barreiras

Mesmo com o setor industrial se mostrando cada vez mais de portas abertas para a mão de obra feminina, ainda há o desafio de aumentar a representatividade das mulheres em cargos de liderança. “Hoje, com uma mulher à frente de uma equipe, conseguimos dar um toque diferente, de sensibilidade e que talvez não seja um fator muito forte para os homens, mas que faz toda a diferença”, reforça a líder do setor de logística da empresa, Fátima Aparecida.

Para Cinthya Calabroz, a expectativa é que o número de mulheres dentro da companhia, assim como no setor da indústria no geral, aumente de forma considerável. Segundo ela, isso deve ocorrer pois, mesmo não sendo uma regra, o processo de profissionalização da mulher está cada vez mais frequente, podendo ser observado, inclusive, casos de mulheres que desde a adolescência já vem realizando cursos técnicos e profissionalizantes na área industrial, por exemplo.

“Temos buscado a cada dia quebrar os paradigmas nas contratações, possibilitando uma representatividade feminina ainda maior, sobretudo na ‘indicação’ para cargos de chefia da empresa”, finaliza a especialista em RH.​

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