Comida na mesa: a alta dos insumos e o consumidor final
Muitos setores estão sofrendo por conta do
preço exorbitante do combustível que reverbera de forma negativa nos produtos
que são recebidos em casa. Poupar é necessário, mas existe um jeito de não
repassar ao consumidor? Especialista explica
Desde
janeiro do ano passado, o preço da gasolina aumentou 13 vezes e do diesel 11
vezes, isso significa 18,7% e de 24,9% respectivamente. Mas além da mobilidade
de todos, o que isso afeta?
A ponta final, ou seja, os consumidores,
que recebem os produtos triviais e os essenciais com os preços exorbitantes,
pois a inflação oficial do país está entre 0,5 e 0,6 ponto percentual, e poderá
fechar o ano em 6,5%. Isso aumenta o arroz, o feijão, a carne, entre outros
insumos indispensáveis.
Isso se deve boa parte ao fator da
logística, a entrega da matéria prima, ao transporte para o mercado de vendas e
ao consumidor final. É muito trânsito de mercadorias envolvido e realmente o
custo se eleva. Mas como não repassar essa conta para o orçamento familiar, por
exemplo?
Nilson Brizoti, Diretor de Tecnologia e Produtos da Pointer by PowerFleet Brasil
– multinacional especializada em redução de custos para logística, explica que
a tecnologia é o caminho mais certo para que o produto não fique na prateleira
e chegue ao prato do consumidor, principalmente quando se trata dos perecíveis.
A tecnologia desenvolvida pela empresa
pode ajudar a economizar de ponta a ponta. Como exemplos:
- Agricultura: Um dos pontos cruciais dessa tecnologia
é o rastreamento de movimento. Quando a velocidade está acima ou abaixo do
previsto certamente causará perda na colheita ou do plantio de grãos/cana/madeira,
por exemplo. Como também na adubagem, que pode deixar de colocar a quantidade
correta ou colocar acima do necessário. Quanto aos químicos que protegem uma
plantação inteira, eles merecem muita atenção. A velocidade também é essencial,
afinal se for rápido demais, vai colocar produtos de menos, se for devagar, o
plantio estará comprometido por completo, além de gerar um alto custo para a
empresa. Outros benefícios que podem render milhões ao setor estão no
armazenamento e na gestão de planejamento estratégico que fazem a integração
dos serviços garantindo o sucesso desde o plantio até a venda do produto.
- Logística:
aproximadamente 40% dos custos de uma frota é com combustível. A Internet das
Coisas (IoT), têm sido uma das soluções mais eficazes para redução do insumo,
capaz de entregar uma economia de até 26% por mês, em uma frota de 8 mil
veículos. Além de calcular as possíveis rotas, os dados conseguem garantir qual
delas será a melhor e vai exigir menos esforço do veículo, bem como identificar
gastos inadequados como uso de ar condicionado, enquanto os veículos estão
ociosos, fato que acontece muito quando os motoristas param para descansar.
Além disso, o monitoramento do desempenho do condutor, permite economias
significativas nesta área.
- Armazenamento: quando existe uma margem de perda de
produtos durante a logística esse custo já está embutido no valor para o
consumidor final, e isso pode ser evitado com a tecnologia. A IoT pode
assegurar ao gestor de armazenagem, quando foi, onde foi e até quem foi o
responsável pela falta de atenção. Com sensores e câmeras inteligentes
acoplados nas caixas e contêineres é possível ter em mãos todo o histórico
daquela mercadoria. Ainda, permite uma contagem automatizada no galpão e,
também, existem muitos tipos de ativos: aqueles que precisam estar em uma
determinada temperatura, os que não podem ter movimentação brusca, ou mesmo os
perecíveis.
Sobre Nilson Brizoti: Como Diretor de Tecnologia e Produtos da Pointer by PowerFleet Brasil Nilson é responsável pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento para criar tecnologias para redução de custos, prevenção de acidentes, minimizar riscos e controlar ativos móveis. Possui Pós Graduação em Administração de Sistemas Integrados pela FGV/Eaesp e MBA em Gestão de Operações, Produtos e Serviços pela POLI/USP - Escola Politécnica da USP.
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