Modelo SandBox pode facilitar implantação de soluções inteligentes nas pequenas e médias cidades
Primeiro
bairro público inteligente do país em Foz do Iguaçu foi apresentado durante o
RCD Cidades nesta quinta-feira (31)
O ambiente
sandbox, que permite a experimentação de soluções inteligentes visando melhorar
a qualidade de vida em uma determinada localidade, é primordial para as
pequenas e médias cidades. Foi o que destacou o gerente do Centro de
Tecnologias Abertas e IoT do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Willbur Rogers de
Souza, em entrevista ao RCD Cidades, nesta quinta-feira (31), o programa de entrevistas
da Rede Cidade Digital (RCD), conduzido pelo diretor José Marinho.
O primeiro
bairro público inteligente do país no modelo sandbox está sendo desenvolvido na
Vila A, com população de 11 mil habitantes, em Foz do Iguaçu, por meio de uma
parceria entre PTI, Prefeitura de Foz do Iguaçu e Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI).
No local, 11
soluções já foram instaladas ou estão em processo de implantação, de acordo com
o gerente do Centro de Tecnologias Abertas e IoT, nas áreas de mobilidade
urbana, como semáforos e pontos de ônibus inteligentes, câmeras com
reconhecimento facial e iluminação pública com telegestão, por exemplo.
"Esse ambiente de experimentação real é perfeita para conectar em cidades
de pequeno e médio porte que precisam entender como funciona antes de dar um
passo mais audacioso, para que o gestor público possa acompanhar o que está
acontecendo e ter a melhor escolha", destaca.
A
regulamentação do ambiente de experimentação de soluções em ambiente real, por
sua vez, veio através do decreto municipal Nº 28.244, de junho de 2020. Outro
ponto que o convidado do RCD Cidades desta quinta destacou foi o Smart Vitrine,
movimento criado para atrair empresas e startups interessadas em testar
soluções no bairro. “O primeiro passo é o movimento político, de
regulamentação no ambiente sandbox”, destaca Souza ao comentar sobre a
necessidade de se instituir uma governança do projeto, com a criação de um
comitê gestor formado por poder público local, sociedade civil organizada e entidades.
“O comitê gestor tem esse papel de entender as demandas municipais que queiram
ser testadas ou criar possibilidades e fazer esses movimentos para atrair
empresas ou estimular academias e o parque tecnológico para o desenvolvimento
de soluções que o município possa entender ser interessante numa escola maior”,
argumenta.
Prefeitos e
gestores de quase 50 Prefeituras acompanharam o RCD Cidades desta quinta e
puderam tirar dúvidas ao vivo com o convidado. "O projeto desenvolvido em
Foz, assim como as soluções desenvolvidas no Vila A, certamente servirão de
inspiração para aplicação de novas tecnologias nas cidades. O mais importante
quando falamos de cidades conectadas, digitais e inteligentes é a melhoria na
qualidade de vida das pessoas", observa o diretor da RCD, José
Marinho.
Confira
na íntegra:
No portal da Rede Cidade
Digital (https://redecidadedigital.com.br) está disponível o Guia Sandbox para
Cidades Inteligentes lançado pela ABDI que oferece aos gestores públicos um
passo a passo para a adoção de tecnologias, realização de testes e validação de
soluções inovadoras.
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