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Como escolher um bom síndico

José Roberto Iampolsky*

 

O síndico exerce um papel fundamental dentro de qualquer condomínio. Isso porque ele é o responsável por administrar as contas conjuntas e por em prática as melhorias dos prédios.

Por isso, é primordial que o candidato tenha largo conhecimento sobre o condomínio e sobre as suas necessidades, além de responsabilidade e habilidade para fazer uso do orçamento.

Para os condôminos saberem se o escolhido será de fato um bom administrador, faz-se necessário observar alguns detalhes referentes ao nível de conhecimento que possui sobre o prédio e não somente o tipo de relação estabelecido com funcionários e moradores. Vale também verificar o quanto o pretendente conhece a respeito do exercício do cargo.

Os condôminos não só têm que participar das eleições de síndico, como precisam votar com muita consciência, pois um condomínio mal administrado pode trazer grandes prejuízos financeiros para o proprietário e desvalorizar o imóvel.

Além de conhecer bem o funcionamento do condomínio e suas necessidades, o candidato a síndico tem que ter tempo e disponibilidade para cumprir suas tarefas, que não são poucas. Também deve ter familiaridade com rotinas de administração geral e boa vontade para aprender, saber ouvir e ser conciliador.

E, caso esteja concorrendo à reeleição, os condôminos devem avaliar a gestão anterior do mesmo antes de votar, evitando mantê-lo no cargo por conveniência. Também é importante analisar se o condomínio está ordem, se o orçamento está adequado, se as decisões que foram tomadas nas assembleias foram cumpridas devidamente e se o candidato tem novas e boas propostas.

Com exceções a condomínios comerciais aonde é adotado um perfil de diretor de empresas, com prazos, metas factíveis, assembleias curtas e objetivas, em condomínios residenciais ainda prevalece a escolha de critérios mais simples, como a simpatia. No entanto, é preciso frisar que um bom síndico necessita ter metas e um cronograma para realizá-las; ser realista e não criar falsas expectativas; conhecer os condôminos sem invadir sua privacidade; manter um “checklist” com todas as datas de vencimentos; estar bem assessorado administrativamente (contratar uma boa administradora) e, principalmente, saber gerir conflitos.

Devido à falta de candidatos ou porque o candidato não agrada a maioria, há prédios que preferem contratar um síndico profissional. Neste caso, ele pode atuar como autônomo ou pessoa jurídica e não há impedimento geral em sua contratação.

Após esta exposição, caso ainda se tenha dificuldade para se fazer a seleção de um bom síndico para gerir o condomínio, a lista abaixo reúne as exigências para a eleição de um síndico bem capacitado.

· Ter metas bem delineadas para o condomínio;

· Ter planos efetivos para atingir as metas;

· Estar atento à situação financeira do condomínio;

· Respeitar a individualidade de cada condômino e sua privacidade;

· Ser comprometido e organizado;

· Ter todos os documentos do prédio disponíveis para a consulta dos moradores (contas pagas, gastos com reformas, etc.);

· Saber gerir os conflitos entre os moradores ou problemas com funcionários;

· Saber fazer cobranças.

No final das contas, é importante lembrar que uma escolha inadequada trará consequências negativas para todos os moradores.

 

*José Roberto Iampolsky é CEO da Paris Condomínios, empresa criada em 1945 para administrar condomínios e alugueis. www.pariscondominios.com.br

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