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Gastronomia e nutrição: como ter uma refeição nutritiva e apetitosa

Saiba a importância da gastronomia para a nutrição e como alinhar as duas áreas de conhecimento

Créditos: iStock

Seja por conta de intolerâncias alimentares, como pessoas celíacas ou intolerantes à lactose, ou por convicções pessoais, como veganismo e vegetarianismo, as dietas restritivas vêm crescendo e fazendo com que estabelecimentos tenham que ampliar as opções no cardápio. Essa onda fez com que cada vez mais empreendedores buscassem o auxílio de nutricionistas, para unir suas competências com as habilidades de profissionais da gastronomia.

A gastronomia, curso que estuda técnicas de preparo de alimentos e suas relações com o sabor, foca no paladar harmonizado das receitas e no aspecto visual. Já a nutrição estuda a composição dos alimentos e como eles podem ser aproveitados nas necessidades nutricionais dos pacientes.

À medida que mais brasileiros se preocupam com a alimentação, alinhar as duas áreas é um passo essencial para quem deseja entrar no ramo alimentício. Segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), de 2018, oito em cada dez brasileiros afirmam que mantêm uma alimentação saudável e 71% dos entrevistados preferem uma refeição saudável, mesmo que tenham que pagar mais caro por ela.

No entanto, não basta a refeição ser saudável. A aparência do prato também é muito importante para os consumidores. Segundo estudo da Crossmodal Research Library, da Universidade de Oxford, as pessoas apreciam a comida de forma multissensorial. Pratos mais esteticamente bonitos, mesmo com os mesmos ingredientes que montagens “feias”, são considerados mais saborosos, ou seja, também é preciso ficar atento à estética.

Por este motivo, é importante que o profissional da nutrição saiba passar para o paciente o cuidado com o preparo dos alimentos em busca de prazer alimentar, e não apenas de qualidade nutricional, melhorando assim a adesão ao plano alimentar proposto.

A necessidade de unir as duas áreas também existe no outro lado. Durante a faculdade de gastronomia, muito se pensa na qualidade do sabor, nas técnicas de preparo e na apresentação dos alimentos, e, no caso de substituições e na criação de pratos restritivos, ter um maior conhecimento da composição nutricional dos alimentos pode ajudar.

É possível adaptar receitas tradicionais para que continuem saborosas em versões “fit”, adaptando o plano alimentar ao prazer nas refeições. Muitos nutricionistas e gastrônomos já estão se atualizando com estas novas demandas sociais e mercadológicas. Já existem pós voltadas para profissionais da nutrição que querem aumentar seu conhecimento em gastronomia, e vice-versa.

Além da especialização, é importante que o profissional tenha em mente que cada prato, cada paciente e cada cliente são únicos, e, por isso, é importante pensar em toda a experiência que a pessoa terá ao se alimentar.

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