Câmbio médio é a melhor escolha na compra do dólar
Mesmo com moeda norte-americana em queda,
empreendedor alerta para estratégia segura
A queda do dólar
tornou-se uma constante no Brasil nos últimos tempos. A moeda norte-americana,
que chegou a ser cotada acima dos R$ 5,50, tem circulado abaixo deste patamar.
Porém, as variáveis que guiam essa oscilação são inúmeras e fica difícil dizer
qual a tendência para os próximos meses, em especial em ano eleitoral. Na
segunda-feira (6), o mercado abriu com o dólar a R$ 4,75. A moeda acumula alta
de 0,57% no mês. Desde janeiro, entretanto, tem desvalorização de 14,28% frente
ao real.
São números que
despertam a curiosidade e o interesse de quem pretende viajar para os Estados
Unidos ou tem planos para investir no mercado norte-americano. No entanto, seja
qual for a intenção, a melhor estratégia é o câmbio médio. “Até os principais
especialistas têm dificuldade de prever o comportamento do mercado, tendências
econômicas e políticas, situações adversas que determinam a situação cambial”,
revela.
Para quem tem algo
programado para fazer em dólar, Leandro Otávio Sobrinho, empreendedor serial
brasileiro com forte atuação dos
Estados Unidos, recomenda que faça em doses homeopáticas para ter um câmbio
médio. “Assim, não será surpreendido por um pico de alta, nem de baixa. Olhando
para este cenário, com a flutuação em que o dólar apareceu em um cenário mais
em baixa nos últimos meses, faz sentido comprar um pouco de dólar”,
complementa.
O que determina a
compra é o planejamento para viajar, de acordo com o especialista. “É
importante saber se a data da viagem está iminente ou longe. Se estiver longe,
a sugestão é comprar um pouco por mês e não ficar refém de adivinhações. Caso
não tenha mais tempo de fazer uma programação de câmbio médio ao longo dos
meses, fica por conta do feeling
da pessoa. Não tem como afirmar que o dólar vai continuar a cair”, argumenta.
Leandro diz que um dos
motivadores da queda do dólar é o fato do banco central norte-americano ter
dado indícios de ser menos agressivo com as perspectivas de aumentos de juros
para combater a inflação no país, uma vez que a economia local já está dando
sinais de esfriamento. “Parece contraditório, mas à medida em que a economia
vai esfriando, você começa a ter indícios de um controle da inflação. Tendo
este indício, o Banco Central não precisa ser tão agressivo com os aumentos de
juros, o que mostra para o mercado que este controle está funcionando. Mas esta
semana o humor do mercado será testado novamente com a nova divulgação de dados
da inflação americana. Outro ponto que tem deixado o mercado atento foi a suspensão
de lockdowns em
cidades da China. Veja que estamos só falando do mercado externo”, avalia.
O especialista faz um
alerta. “O que não podemos esquecer é que estamos em um ano eleitoral no
Brasil, uma eleição bem conturbada, uma disputa acirrada e não conseguimos
prever como o mercado irá lidar quando entrarmos de fato nos embates políticos
e nas pesquisas eleitorais, como o mercado irá precificar o risco Brasil”,
estima.
Também é difícil, de
acordo com Leandro, dizer até quando a queda da moeda norte-americana irá.
“Temos outros fatores, como questões políticas, commodities, guerra na Ucrânia, uma série de
fatores. Os cenários atípicos a gente não consegue analisar, não tem controle
para isso. Por isso, sempre damos a sugestão de um câmbio médio. Todas as vezes
que esperei o melhor momento, tive surpresas ruins. Aprendi a ser resistente e
avesso aos “videntes econômicos”, ensina.
Sobre Leandro Sobrinho
Empreendedor serial no
Brasil desde os 22 anos, Leandro Otávio Sobrinho graduou-se em Direito, mas foi
empreendendo que se encontrou profissionalmente. Foi proprietário de
restaurante, franquias no segmento de moda, escola profissionalizante e
investidor imobiliário.
Hoje, morando nos EUA,
Leandro conseguiu adaptar seu modelo de gestão em diferentes segmentos a uma
empresa de investimentos e incorporadora de imóveis. Atuando na Flórida com
foco no público local americano e residentes.
*Para mais informações, acesse www.raiseinvestor.com ou pelo Instagram raise.investidor
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