Disparidade de gênero no setor de TI diminui com oferta de bootcamps de programação para mulheres
A Laboratória, pioneira no treinamento de mulheres em desenvolvimento web, enxergou este desequilíbrio social há mais de oito anos e, desde então, já formou mais de 2.500 programadoras
Fernanda Solis, aluna da Laboratória, programando.
São Paulo, 21 de junho - Uma pesquisa realizada pela Catho em março deste ano apontou que a presença feminina no setor de tecnologia vem aumentando cada vez mais, embora ainda seja pequena. Este movimento é um esforço de diversos atores do ecossistema tech, incluindo organizações que oferecem bootcamps com o intuito de qualificar mulheres e diminuir a disparidade de gênero no mercado de TI. De acordo com a Catho, nos dois primeiros meses de 2022, os números já mostram um avanço: as mulheres têm ocupado 23,6% dos postos nesse setor e os homens 76,4%.
Houve um aumento de 2,1 pontos percentuais de mulheres em cargos de tecnologia em comparação com o ano passado. O setor tech oferece várias oportunidades para quem deseja atuar no mercado e a carreira de programadora web é um exemplo disso. Regina Acher, cofundadora da Laboratória no Brasil, explica que devido à alta demanda no setor, as alunas que finalizam o bootcamp da edtech são extremamente requisitadas para o mercado de trabalho.
Pioneira no treinamento em programação web para mulheres, a Laboratória enxergou este desequilíbrio social que causa a exclusão de mulheres na economia digital. E foi aí que a sua história começou, em 2014, com um projeto de 15 alunas em Lima, no Peru.
Hoje a organização funciona no Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru e já formou mais de 2.500 mulheres, sendo que 85% (2020 e 2021) delas estão empregadas na área de tecnologia na América Latina. Além disso, mais de 1000 empresas líderes em vários setores e indústrias empregam ex-alunas da organização. Um exemplo de sucesso é a graduada Amanda Ávila, formada em 2018 e que atualmente trabalha em uma corretora de investimentos americana como desenvolvedora front-end pleno. Logo que saiu do bootcamp, começou a trabalhar em um banco digital parceiro da Laboratória que, em 3 anos, aumentou em 6 vezes o time feminino, que é composto por outras graduadas da Laboratória.
“O bootcamp foi a base de todo conhecimento que possuo hoje. Além da parte técnica em programação, tive apoio no desenvolvimento das minhas habilidades socioemocionais e acredito que isso tenha sido o grande diferencial para eu conseguir minha primeira oportunidade no mercado”, diz Amanda.
A Laboratória é uma edtech de impacto social exemplar no mundo, com uma equipe de mais de 100 pessoas trabalhando de diferentes países. Durante a pandemia, os bootcamps remotos foram implantados com sucesso, alcançando uma diversidade ainda maior de mulheres que antes tinham dificuldade de participar devido a restrições geográficas.
SOBRE A LABORATÓRIA
A Laboratória capacita as mulheres para terem um futuro melhor e para desenvolverem uma carreira transformadora em tecnologia. Para cumprir nossa missão, oferecemos um bootcamp em que desenvolvemos habilidades técnicas e socioemocionais para que essas mulheres comecem uma carreira na área tech. Conectamos as graduadas com oportunidades de emprego de qualidade no setor e temos uma comunidade vibrante de graduadas que se apoiam mutuamente no crescimento de cada uma para que se tornem futuras líderes na América Latina. Mais de 2.500 mulheres já passaram pelo bootcamp da Laboratória no Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru e cerca de 85% conseguem um emprego na área tech após o bootcamp.
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