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De Uberlândia para o Brasil: Pontes de Amor disponibiliza curso inédito em EAD para postulantes à adoção de todo país

Curso presencial retorna em agosto na cidade  

Graças ao trabalho conjunto da Pontes de Amor, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes e da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção pretendentes de qualquer parte do País podem optar pelo curso preparatório para adoção autoinstrucional gratuito em EAD. O curso é uma exigência do Estatuto da Criança e do Adolescente a todos os que estão no processo de habilitação para adoção. Importante ressaltar que o curso EAD vale apenas para as localidades em que as comarcas não consigam ministrar presencialmente o curso.  

  

A diretora técnica da Pontes de Amor, Sara Vargas, explica que a experiência começou durante a pandemia e que o conteúdo que era apresentado presencialmente nos cursos em Uberlândia foi disponibilizado para todo o Brasil, com a mesma qualidade de material, vídeo aulas, textos complementares, atividades reflexivas e testes avaliativos de desenvolvimento. “Mais de 6.500 pessoas já se beneficiaram e as devolutivas são extremamente positivas. Durante a pandemia não paramos de habilitar pessoas para adotar e ainda proporcionamos esta oportunidade para comarcas de todo o Brasil. Estamos muito felizes por fazermos parte desse feito inédito”, afirma.  

   

Como acessar o curso   

Para fazer o Curso EAD “Preparatório para postulantes à adoção” basta acessar: www.ejef.tjmg.jus.br, clicar em “Curso”, em seguida “Pedir inscrição em curso”, na página de inscrições, localizar o nome da aula e em “Inscrições abertas – clique aqui”. Os campos CPF e senha, preenchidos durante o procedimento de inscrição, serão utilizados, respectivamente, para login e senha de acesso ao ambiente virtual do curso. A confirmação de acesso ao curso pode ser verificada no www.siga.tjmg.jus.br clicando no ícone “Painel do Estudante”, em até dois dias úteis após o pedido de inscrição. Para o EAD, o participante não precisa ter dado entrada com pedido na Vara da Infância e da Juventude e pode realizar seu próprio percurso de aprendizagem, devendo concluir a capacitação em até 30 dias após iniciá-la.   

  

O conteúdo programático é divido em 10 módulos, com matérias que abrangem temas como “Adoção e seus significados”, Aspectos jurídicos da adoção, Origem da criança/adolescente e sua história de vida, Desenvolvimento infantil e os impactos do trauma na infância/adolescência, entre outros. O curso tem carga horária de 21 horas/aula. O ambiente virtual do curso ficará acessível até as 23h55 do dia 31 de dezembro de 2022. Os participantes que não finalizarem a capacitação completa serão considerados reprovados.   

     

Para obtenção do certificado da EJEF é necessário ter atingido, no mínimo, 75% de aproveitamento no total de pontos distribuídos durante o curso. Basta clicar no botão “Gerar certificado” que estará disponibilizado na seção “Encerramento do curso”.  

  

Em Uberlândia, o curso precisa ser presencial e é destinado aos que já deram entrada no processo de habilitação na Vara da Infância e Juventude. Por isso, as aulas in loco retornam no início de 1º de agosto, nas segundas e quintas-feiras. O projeto acontece em parceria com a Vara da Infância e Juventude – Comarca de Uberlândia e conta com a participação de psicólogos, assistentes sociais, terapeuta familiar, técnicos e o Juiz titular da Vara da Infância. O preparo dos pretendentes à adoção envolve a discussão de aspectos psicossociais e jurídicos, culturais, educativos e a reflexão sobre os preconceitos e as discriminações que permeiam o imaginário social. Os participantes recebem um certificado, porém, precisam ter participação mínima de 80% da carga horária (15 horas).   

   

Adoções não param   

Segundo dados da Pontes de Amor, no auge da pandemia, em 2019, houve um crescimento no número de adoções em Uberlândia. Neste ano, 41 adoções foram ajuizadas, contra 12 em 2020 e 34 em 2021.   

Sara Vargas acredita que devido à parceria dos Grupos de Apoio à Adoção, Tribunais de Justiça e meios de mídia, os adotantes estão mais abertos ao acolhimento das crianças reais. “Refiro-me às que realmente estão à espera de uma família, muitas vezes crianças com mais de nove anos, grupos de irmãos ou crianças com doenças”, explica.   

   

Pós-adoção    

O período pandêmico pressionou muito as relações familiares e afetou a saúde mental de muitas crianças e adolescentes. Porém, Vargas salienta que com o apoio virtual às famílias no pós-adoção e com o acompanhamento psicológico e psicopedagógico, a Pontes de Amor exerceu importante papel para que as relações familiares fossem mais funcionais. “Não tivemos nenhuma desistência das famílias que acompanhamos, por mais desafiadoras que as situações se mostraram. Agora já estamos de volta ao presencial, com muitos planos de expansão, inclusive organizando novas formações, lives e um podcast.  Assim, continuamos trabalhando muito para que toda criança e adolescente tenha uma família que cuida, nutre, protege e potencializa o seu desenvolvimento integral”, conclui Sara.  

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