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Especialista esclarece mitos e verdades sobre a esclerose múltipla

Agosto ganhou a cor laranja para conscientizar sobre a doença

São Paulo, agosto de 2022 – A esclerose múltipla é uma doença neurológica que se manifesta de forma heterogênea, ou seja, existem casos muito leves e casos muito graves.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil brasileiros vivem com a doença no país, sendo assim, a campanha “Agosto Laranja” foi instituída para fortalecer o trabalho de conscientização, informar sobre os impactos na vida das pessoas e conseguir um diagnóstico precoce.

Como ainda é tratada pela sociedade com muito receio e diversos tabus, a médica neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Inara Taís de Almeida, ajuda a esclarecer alguns mitos e verdades. Veja abaixo.

 

A esclerose múltipla é mais comum em idoso.

Mito. Muita gente acredita que a EM é uma doença que atinge mais a terceira idade, porém, a maioria dos pacientes são diagnosticados entre 20 e 40 anos. Além disso, as mulheres ficam mais doentes do que os homens, proporção de três mulheres para cada um homem. Apesar de ainda não se saber a razão, acredita-se que os hormônios podem ter ligação com o diagnóstico.

 

Pessoas da mesma família com EM têm mais chances de desenvolver a doença.

Verdade. Apesar da causa da EM ser desconhecida, os estudos mostram que existe um componente genético, ou seja, se alguém da família tiver EM, um familiar de primeiro grau terá 1 a 5% de chance de também desenvolver a doença

 

Mulheres com EM não podem engravidar.

Mito. A EM não impede mulheres de engravidar e não inviabiliza uma gestação saudável. Porém, a gestante com esclerose múltipla precisa ficar atenta aos medicamentos, pois eles podem influenciar na amamentação, por exemplo.

Sendo assim, é importante que a futura mamãe seja acompanhada por um obstetra e por um neurologista durante a gestação.  

 

A neurologista explica que assim que o paciente for diagnosticado com EM, o tratamento poderá ser feito por meio de imunomodulador ou imunossupressor.

“O tratamento com imunomodulador vai regular o sistema imunológico e o com imunossupressor vai reduzir a atividade do sistema imunológico. Existem várias medicações que agem nesses tratamentos, porém, o histórico do paciente é que vai dizer qual tratamento será melhor, pois alguns remédios têm efeitos colaterais”, finalizou a neurologista Dra. Inara Taís de Almeida.

Assim que perceber os primeiros sintomas, o paciente deve procurar atendimento médico, pois um diagnóstico no estágio inicial ajudará o paciente a ter uma boa qualidade de vida.

 

Sobre a especialista:

Dra. Inara Taís de Almeida - Neurologista e Neuroimunologista de São Paulo, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia. Graduação em Medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências e residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellowship clínico (especialização) em Neuroimunologia no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes na Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.

Instagram: @inara.neuro

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