Impacto da inflação preocupa 79% das famílias brasileiras
Estudo Consumer Pulse, da TransUnion, destaca
que a incerteza e a pressão nas finanças domésticas permanecem altas no segundo
trimestre de 2022
- Neste período, aproximadamente 8 em cada 10 (79%) pessoas
indicaram preocupação com o impacto da inflação em suas vidas; 86% estavam
planejando mudar seu comportamento de compra por conta disso.
- Em
um cenário de pressão econômica, 37% dos consumidores disseram que sua
renda familiar diminuiu nos últimos três meses; as principais razões
indicadas foram perda de emprego (24%) e redução de salário (21%).
- 78% das pessoas expressaram preocupação com sua
capacidade de pagar contas e empréstimos integralmente; com 41% indicando
que não poderiam pagar pelo menos um desses itens na íntegra. Das pessoas
que disseram não poder pagar suas contas, o cartão de crédito (48%) foi a
fatura que mais os preocupou.
- Apesar das pressões econômicas, 73% indicaram que estão
otimistas para o futuro de suas finanças nos próximos 12 meses.
- Com preferência pelo digital, 43% dos entrevistados
afirmam realizar mais da metade das suas transações online; com isso 27%
indicaram ter sido alvo ou vítimas de fraude digital recentemente.
São Paulo, 10 de
agosto
de 2022 – A TransUnion,
empresa global de informações e insights, divulga os resultados do Consumer
Pulse Study referentes ao segundo trimestre de 2022. O destaque é como a
inflação influenciou a vida financeira da população brasileira. Embora
pesquisas recentes tenham mostrado que o impacto da pandemia de COVID-19 nas
finanças tenha diminuído, com pequena melhoria na renda mensal, a dinâmica
macroeconômica local e global gerou preocupação entre as pessoas entrevistadas.
“Com a atual situação financeira do
país, a perda de emprego e a redução de salário continuam sendo os principais
motivos da diminuição de renda, o que gera impacto direto no poder de compra do
consumidor”, diz Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de Soluções da TransUnion
Brasil. “A preocupação do brasileiro com a inflação reflete imediatamente na
vida financeira da população. Desde o início de 2022 essa foi a principal
queixa em relação às
finanças. É
difícil se planejar quando não se sabe qual será a taxa de inflação dos
próximos dias. Os números mostram o quanto os brasileiros estão apreensivos em
como irão pagar suas contas e, consequentemente, mais de 40% indicam que não
irão pagar alguns de seus boletos nos próximos meses. Neste momento, empresas
de crédito têm a oportunidade de oferecer novos recursos, adaptando seus
serviços para a recuperação financeira estável da população”, finaliza.
Mesmo que o
impacto financeiro causado pela pandemia de COVID-19 tenha caído, a inflação
gera preocupação entre as pessoas entrevistadas
Durante o segundo trimestre de 2022, 79%
das pessoas apontaram estar muito ou extremamente preocupadas com a inflação
nos últimos três meses, enquanto 86% dos consumidores indicaram a necessidade
de realizar mudanças nos gastos por conta disso. Já a porcentagem de pessoas
preocupadas com a capacidade de pagar contas ou empréstimos integralmente se
manteve praticamente a mesma em relação ao trimestre anterior, com 78% da
população pesquisada expressando atenção ao tema, 1% a mais do que o primeiro
trimestre de 2022. Dentro deste grupo, 41% dos brasileiros disseram que não
poderiam pagar pelo menos uma de suas contas ou empréstimos, sendo elas: cartão
de crédito (48%), pagamento de empréstimos pessoais (27%), serviços de
telecomunicação (10%) e serviços públicos (14%).
De todos os pesquisados, 37% indicaram
que sua renda mensal diminuiu nos últimos três meses, abaixo dos 40% se
comparado ao primeiro trimestre de 2022. Enquanto isso, 35% disseram que a
renda permaneceu a mesma e 28% apontaram crescimento nos ganhos. Os fatores
mais citados como motivo da queda de renda foram a perda do emprego (24%) e a
redução de salário (21%). A porcentagem de
pessoas entrevistadas que relataram a perda de emprego por algum membro da
família no último trimestre segue a mesma da pesquisa anterior (24%), enquanto,
21% e 13% indicaram que alguém em sua residência teve seu salário ou horas de
trabalho reduzidos, respectivamente. Em contrapartida, o estudo também mostrou
pontos positivos, já que 9% das pessoas pesquisadas indicaram que começaram um
novo emprego, 12% iniciaram um novo negócio e 13% apontaram aumento de salário
por algum integrante da família.
Enquanto a
maioria das pessoas enxerga a importância dos produtos de crédito, menos da
metade afirma ter acesso suficiente
A TransUnion também avaliou as
expectativas em relação aos gastos da população. No segundo trimestre de 2022,
o percentual de pessoas pesquisadas que esperavam reduzir suas despesas extras
(como alimentação fora do lar, viagens e entretenimento) subiu para 57% em
comparação aos primeiros três meses do ano, que representava 49%. Além disso,
24% dos brasileiros entrevistados disseram ter reduzido ou cancelado serviços
digitais, enquanto, ao contrário disso, 19% aumentaram ou ampliaram acesso aos
mesmos serviços. A pesquisa também mostrou qual será a mudança esperada para os
próximos três meses no quesito gastos domésticos. Enquanto 39% desejam
conseguir controlar suas dívidas de gastos extras e grandes compras (como
carros, eletrodomésticos, entre outros), 38% querem reduzir as despesas de
varejo, em itens como roupas, eletrônicos etc.
De acordo com o estudo, 91% dos
entrevistados acreditam que ter acesso ao crédito e a empréstimos são fatores
importantes para atingir suas metas financeiras, ao passo que, quase a metade
(45%) afirmam ter acesso suficiente aos produtos de crédito. Apesar disso, 55%
dos brasileiros consideram solicitar um novo crédito ou refinanciar algum outro
já existente, mas, optaram por não fazê-lo. Os principais motivos apontados são o custo muito alto
(44%), não teria o suficiente para pagar suas contas (24%), renda (19%),
histórico de crédito (18%), entre outros.
A pesquisa também mostra que 62% das
pessoas entrevistadas acreditam que sua pontuação de crédito aumentaria se as
empresas se aproveitassem de informações que não constam em um relatório de
crédito comum, como pagamento de aluguel, histórico de empréstimos a curto
prazo, inscrição de academia, entre outros.
Já para o futuro, 42% da população disse que solicitará um novo crédito ou
refinanciamento nos próximos 12 meses, o que representa um aumento de quatro
pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2022. Dentro deste
número, os Millennials e a Geração Z foram as
gerações com maior intenção de buscar novos créditos, com 49% e 47%,
respectivamente. Logo aparece a Geração X com 34% e, em seguida, os Baby
Boomers que são menos propensos a terem planos de pedir um novo crédito que as
outras gerações, com 27%.
“Mais da metade dos brasileiros deseja
solicitar um novo crédito, mas, decidiram por não fazê-lo, o que mostra o
quanto é necessário oferecer propostas que tragam qualidade à vida financeira
do consumidor. A importância de ter produtos de crédito fica clara para 9 a
cada 10 brasileiros (91%). Ou seja, a demanda existe, o que falta é investir em soluções que
equilibrem risco, retorno e oferta a custo adequado. Para isto, é indispensável
medir o risco de crédito de uma forma mais ampla.”, finaliza Pasqualin.
Quase 30%
dos entrevistados afirmam ter sido alvos ou vítimas de fraude digital
O estudo mostrou que cada vez mais as
pessoas optam por usar recursos digitais para resolver pendências do dia a dia,
como banco, consultas médicas, compras de supermercado e varejo, entre outros.
No total, 43% dos entrevistados indicaram realizar mais da metade de suas
transações online, 44% fizeram até metade das suas transações por vias digitais
e apenas 13% não realizaram nenhuma transação online.
Neste contexto mais digital, muitos se
tornam um alvo fácil para ações fraudulentas. No segundo trimestre deste ano,
27% dos entrevistados indicaram que foram alvo ou vítimas de fraude digital,
três pontos percentuais a mais do que no primeiro trimestre do ano. Os esquemas
de fraude mais comuns incluíam golpes de cartões de
crédito e taxas fraudulentas (31%). Cerca de 9 em cada
10 pessoas (85%) indicaram preocupação em compartilhar suas informações
pessoais, citando apreensão com privacidade (74%) e medo de terem sua
identidade roubada (72%). Porém, 56% disseram que seria mais provável fornecer
suas informações pessoais se isso significasse economia de dinheiro.
O Consumer Pulse Study do segundo
trimestre de 2022 foi baseado em um levantamento de 1.013 pessoas adultas
brasileiras, realizado entre 26 de maio e 03 de junho de 2022. A
pesquisa completa do Consumer Pulse Study sobre a situação financeira dos
brasileiros realizada no segundo trimestre de 2022 pela TransUnion pode ser
acessada aqui.
Sobre a
TransUnion
A TransUnion é uma empresa global de
informações e insights que traz a confiança para que companhias e consumidores
alcancem grandes realizações na economia moderna. Fazemos isso fornecendo um
olhar multidimensional de cada pessoa para que possam ser representadas de
forma confiável e simétrica no mercado, possibilitando maior inclusão
financeira. Como resultado, as empresas e os consumidores podem realizar
transações com confiança, auxiliando na conquista por resultados. Chamamos isso
de Informação para o Bem®.
A TransUnion está há mais de 50 anos no
mercado, com presença em mais de 30 países e em cinco continentes. Opera no
Brasil há 10 anos, desde 2012, com o propósito de Ajudar a
Melhorar a Qualidade de Vida das Pessoas. A companhia cria oportunidades econômicas, empodera
consumidores e apoia centenas de milhões de pessoas em segmentos que incluem
Serviços Financeiros, Seguros, Telecomunicações, Varejo, FinTechs, Indústrias e
PMEs – Pequenas e Médias Empresas.
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