Crédito imobiliário segue resiliente mesmo com alta dos juros
Embora o crescimento de 600% na tomada de
financiamentos, número de pessoas endividadas por conta do serviço também cresce
Setembro de 2022 - Com a taxa de juros básica (Selic) em
seu maior patamar dos últimos cinco anos, tomar crédito no mercado ficou mais
caro dado o custo de capital. Porém, apesar dessa alta nos últimos 18 meses ter
sido superior a 600%, o custo médio de um financiamento imobiliário no Brasil
aumentou pouco menos de 40% no mesmo período. No Ceará, por exemplo, o aumento
do custo desses financiamentos refletiu numa queda de apenas 22,5% no número de
novos financiamentos na comparação de 12 meses, de acordo com a Abecip. Diante
desse cenário contraditório que é observado no país inteiro, segue crescente o
número de pessoas endividadas com financiamento imobiliário.
Para Daniel Gava, CEO e cofundador da
Rooftop - proptech que conecta proprietários em situação de estresse financeiro
e sem acesso a capital a negócios imobiliários singulares -, a resiliência está
inserida em outro contexto. “As pessoas já haviam comprado seus imóveis na
planta quando a Selic ainda estava em torno de 2% e a resiliência também se
deve ao fato de elas terem que realizar o repasse agora na entrega da obra, em
função dos vários lançamentos imobiliários ocorridos nos últimos anos. Além
disso, os bancos estão aumentando as carteiras de crédito imobiliário, o
que faz parecer também um cenário firme”, explica o especialista.
“O Brasil é um país estressado
economicamente, com mais da metade da população com algum tipo de pendência
financeira ou restrição. E, cada vez mais, com a força das instituições
financeiras querendo aumentar constantemente o volume de crédito imobiliário no
Brasil, é natural que os problemas relacionados à inadimplência de contrato de
empréstimo com garantia imobiliária e financiamentos imobiliários cresçam na
mesma velocidade que as carteiras de crédito”, complementa Gava. “No entanto, é
preciso cautela para analisar os indicadores, uma vez que o mercado de imóveis
usados têm sofrido mais com a situação atual”, analisa.
A Rooftop tem registrado um crescimento
de 400% ano após ano em números de transações. Rogério Mescolote é um exemplo
de cliente da proptech. Diante da dificuldade de honrar o financiamento que ele
e a esposa contrataram para abrir uma empresa em 2019, pré-pandemia, o programa
InCasa foi a solução para regularizar este e outros débitos. “A Rooftop contribuiu
com rapidez, sem que fosse preciso sair do imóvel. Obtive o valor necessário
para me reorganizar financeiramente usando a minha casa”, conta o cliente. “Dá
um certo medo, diante da situação econômica do país e do mundo, mas acredito
que dentro do prazo conseguiremos recomprar a casa pelo valor combinado com
eles”, conclui.
Na opinião de Fabio Silva, country
manager do alt.bank - fintech
brasileira focada em levar justiça financeira por meio de práticas justas - é
momento de cautela devido aos juros, exceto se for para uma aquisição à vista,
quando podem surgir boas oportunidades. “Este não é o momento ideal para
financiar imóveis dado os juros altos. Tendo o recurso parcialmente, é melhor
investir em renda fixa que paga 100% do CDI. A tendência é uma recuperação na
economia nos próximos anos, e a queda da taxa de juros pode representar um
sinal positivo para o financiamento”, explica o executivo.
Sobre a Rooftop
Fundada em 2020, a Rooftop é uma proptech que tem como missão conectar proprietários em situação de estresse financeiro e sem acesso a capital a negócios imobiliários singulares. A empresa possui duas linhas de negócio, o "InCasa" – programa destinado a converter o proprietário em inquilino do seu próprio imóvel, garantindo a possibilidade de conseguir se reorganizar financeiramente. A proptech também oferece um estoque de imóveis residenciais com preços abaixo do valor de mercado, com condições para apoiar cada vez mais pessoas na conquista de seus lares. Já são centenas de famílias beneficiadas pelas soluções da proptech. Para mais informações, acesse: https://www.rooftop.com.br/
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