Conheça os segmentos que podem fazer startups se tornarem "unicórnios"
Soluções com tráfego de dados e ferramentas
para tomada de decisão têm potencial para crescer e podem fazer startups
alcançarem valor de mercado acima de US$ 1 bi
Carlos Akira Sato, membro do Conselho
Administrativo da BTTECH Divulgação |
As startups que atuam
em setores com grande tráfego de dados e têm ferramentas de análise para tomada
de decisão são consideradas sérias candidatas a se tornarem os novos
“unicórnios” brasileiros nos próximos anos. Para especialistas, essa conjugação
de fatores é fundamental devido às dimensões continentais do Brasil. São
negócios com grande potencial de expansão, ou escalável como é o termo usado
nos ecossistemas de inovação.
“Essas startups têm um
grande ativo nas mãos e ainda há um grande campo para ampliar suas operações e
atuação no país”, analisa Carlos
Akira Sato, membro da Advisory
Board da
BTTECH – lawtech com soluções para o setor jurídico – e COO do
BTLAW. Para quem não sabe, “unicórnio” é uma startup tão bem-sucedida que o seu
valor de mercado (valuation) chega ou ultrapassa US$ 1 bilhão, após receberem
rodadas de investimento.
Na avaliação de Akira,
as empresas desses segmentos são promissoras porque há uma grande onda de
transformação digital, inclusão financeira e desintermediação promovidas pelo
Banco Central. Além disso, essa tendência também é seguida por outros órgãos
reguladores e transformou o pagamento por meio de tecnologia o grande ativo do
momento, o maior exemplo é o PIX.
“Temos três grandes
tendências na economia brasileira, a desintermediação,
a interoperabilidade e a regionalização”, destaca. O
conselheiro da BTTECH acredita as startups devem continuar a gerar boas
notícias, especialmente a partir do segundo semestre do próximo ano. “Em 2022,
a movimentação foi menor devido à insegurança causada pelo conflito armado na
Europa, inflação e às eleições”, acrescenta.
Motivos que levam a ser
“unicórnio”
Akira
ressalta ainda que o principal fator que levam as startups se tornarem
“unicórnios” é o potencial de crescimento ligado à relação solução/modelo de
negócio inovador que esses núcleos criaram e ao mercado em que elas atuam. Para
ele, a atuação no âmbito nacional é suficiente para garantir a escalabilidade
do negócio e, dessa forma, levá-las ao valor de mercado bilionário, devido à
dimensão do mercado nacional tanto no varejo quanto no atacado.
Entretanto, há grandes
oportunidades para as startups brasileiras no exterior. “O sistema financeiro
brasileiro sempre se destacou pela alta eficiência, aplicação de tecnologia e
concentração. A agenda de inovação criada pelo Banco Central a partir de 2013
permitiu a entrada de novos players
e um ciclo virtuoso de geração de modelos de negócio mais eficientes que
conquistaram uma fatia relevante do mercado. É o momento de das fintechs
brasileiras avaliarem a entrada em outros países.”
Apesar de todo
investidor desejar que a sua startup alcance a condição de “unicórnio”, esse
fator não é o determinante para o interessado tomar a decisão de injetar
recursos, acredita o conselheiro da BTTECH. Na sua opinião, a percepção de
êxito em relação ao modelo de negócio varia de acordo com os diferentes perfis
de investidores, que são específicos para casa fase da startup e nos diferentes
setores da economia.
“Os maiores
investidores buscam números absolutos robustos e os menores percentuais
elevados”, afirma. Fora isso, Akira esclarece que as startups deixaram de ser
exclusividade dos grandes investidores graças ao crowdfunding (financiamento
coletivo).
Como recomendação aos
interessados, ele afirma que a principal dica é a diversificar seus
investimentos, a exemplo do mercado de ações. Akira ainda faz um alerta, “Não
podemos medir o sucesso de uma startup apenas pelo valuation bilionário.”
Valuation
A
ampla divulgação dos modelos e das teses de investimento dos fundos private
equity, de venture capital, corporate venture capital e family offices ajudaram
os empreendedores a melhorar o planejamento, projeções de crescimento e suas
apresentações.
“Mas algumas startups
projetam números com fundamentos frágeis com simples objetivo de apresentar o
valuation e o ticket de acordo com as teses dos diferentes investidores. Conta
de chegada não convence investidor”, alerta.
Sobre a BTTECH
A
BTTECH é uma lawtech fundada pelos mesmos sócios do BTLAW, escritório com mais
de 70 anos de atuação. Criada com o objetivo de oferecer ferramentas digitais
que facilitem o dia a dia das empresas, com menos papel e mais tecnologia, a
startup une a expertise jurídica do escritório com a de desenvolvedores de
softwares.
Dentre os produtos, o BTDOCS, um software de gestão de contratos; o BTCORP (solução para publicação das informações exigidas pela Lei das S.A. na internet) e o OPEN BANKING (infraestrutura pronta que simplifica a implantação da operação de Open Finance nas instituições, segundo as regras da LGPD e do Banco Central).
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