Coopermiti chega à marca de 5,5 mil toneladas de lixo eletrônico reciclados em São Paulo
Os equipamentos que poderiam ter
ido parar nos aterros sanitários, contaminando o solo, foram recebidos pela
cooperativa ao longo de 13 anos de operação
Quando o assunto é
coleta seletiva, logo as pessoas se lembram das lixeiras coloridas para
plástico, papel, vidro, metal e orgânico - mas, onde descartar os eletrônicos?
Este é o trabalho da Coopermiti, cooperativa que comemora 13 anos de operação
em São Paulo. Com a missão de esvaziar a gaveta de fios, teclados, antigos MP3,
celulares, entre outros aparelhos acumulados na casa dos paulistanos, a
cooperativa contabiliza que já recolheu 5,5 mil toneladas desde a abertura.
Para Alex Pereira,
presidente da Coopermiti, a conscientização sobre a importância do descarte
regular de eletrônicos cresceu nos últimos anos, mas ainda está longe do ideal.
“De acordo com um relatório da ONU, o Brasil é o maior produtor de lixo
eletrônico da América Latina. A estimativa é que de 1,5 milhão de
toneladas produzidas ao ano, apenas 3% sejam recicladas ou descartadas
corretamente, ou seja, ainda há um longo trabalho pela frente”, comenta.
Atualmente, a
cooperativa soma 31 pontos de coleta de lixo eletrônico na capital e grande São
Paulo. No entanto, Pereira aponta que a falta de informação faz com que as
pessoas enviem o material para o lixo comum, e, por consequência, aos aterros
sanitários - um dos piores destinos para esses equipamentos, uma vez que quando
expostos ao sol e à chuva podem liberar substâncias tóxicas e até
cancerígenas.
“Além disso, muitos
desses materiais seriam úteis para a indústria, elementos como ferro, alumínio,
ouro, entre outros compostos que são extraídos da natureza. Se pensarmos apenas
em São Paulo, que lidera a lista dos maiores geradores de resíduos eletrônicos
do Brasil, o potencial econômico e de impacto ambiental é gigantesco e ainda
pouco explorado”, complementa o porta-voz da Coopermiti.
De fato, segundo estudo
realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e
Efluentes (Abetre), o estado de São Paulo é responsável por 448 mil toneladas
de lixo eletrônico ao ano. E para comemorar os 13 anos de trabalho, a
Coopermiti acaba de tornar-se a Central de Logística Reversa de São Paulo,
a primeira em parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de
Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE), Ministério do Meio Ambiente e SP
Regula.
“De maneira geral, o
paulistano é bastante preocupado com o lixo eletrônico, é por isso que muitas
vezes ao invés de descartar, os aparelhos se acumulam em gavetas, sótãos e
quartinhos de bagunça. Acreditamos que com informação, poderemos esvaziar estas
gavetas e desenvolver uma cultura de descarte regular na capital. Essa é a
nossa missão para os próximos anos”, finaliza Pereira.
Saiba como descartar: https://coopermiti.com.br/
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