O impacto dos softwares de gestão para a evolução digital das instituições de saúde
Por Daniel Rocha
Quase três anos após o surgimento da
pandemia de Covid-19, o investimento em tecnologia no setor da saúde,
impulsionado pela necessidade de atender à crescente demanda de atendimentos,
exames e pacientes, só tende a aumentar. De acordo com recente relatório da
State of Digital Health, da plataforma de inteligência de mercado CB Insights,
em 2021, o investimento tecnológico global nas instituições de saúde atingiram a marca de US$ 57,2 bilhões, representando um aumento de 79%
em relação a 2020, quando os gastos globais foram de US$ 32 bilhões.
Reforçando este potencial e constante
crescimento, segundo uma pesquisa da International Data Corporation, apenas na
América Latina, os investimentos em tecnologias para saúde, devem chegar a US$
1.931 milhões ainda em 2022, o que equivale a R$ 10 bilhões, em média. Desta
forma, as tecnologias como prontuários eletrônicos, teleconsultas e aplicativos
de autoatendimento destacaram-se no mercado, a fim de apoiar os atendimentos clínicos e
com restrições de locomoção ou contato.
Tendo em vista este cenário, é evidente que
gerenciar as informações tornou-se essencial, por tratar-se de um ambiente
crítico e sensível, no qual é exigido um cuidado mais específico, evitando a
perda ou divulgação equivocada de dados pessoais. Nesse sentido, os softwares
de gestão, responsáveis pela organização das atividades e documentos das
instituições, ganham ainda mais destaque, uma vez que garantem maior controle
das informações, segurança e aderência às regulamentações da LGPD – Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais.
Informações íntegras e processos ágeis
Utilizar softwares de gestão no setor da
saúde pode ser benéfico em diversos sentidos. Com esses sistemas, as
instituições médicas garantem a integridade das informações, evitam os
possíveis erros e, consequentemente, ganham maior produtividade, obtendo a
otimização de tempo dos profissionais da saúde com suas atividades, além de
garantir uma redução de custos. Além disso, com a concentração e melhor
organização dos dados, há a possibilidade de consultá-los a qualquer momento,
facilitando a tomada de decisão e oferecendo um atendimento mais ágil e seguro
aos pacientes.
É válido destacar ainda outras duas grandes
vantagens oferecidas pelos softwares de gestão às instituições de saúde: automação dos processos e qualidade nas informações. Com a utilização dos softwares, é possível
automatizar alguns processos, como lançamentos de informações e atividades, por
exemplo, facilitando todas as inclusões e exclusões de procedimentos/custos necessários,
evitando falhas humanas e perdas de receita. Além disso, como forma de
assegurar a qualidade das informações, o número de recursos para análise dos
dados dos pacientes garante a efetividade para um maior cuidado e diagnóstico
preciso.
Softwares de gestão: como adotar no setor
da saúde?
A implementação de um software de gestão em
uma instituição de saúde exige alguns requisitos, sendo eles: uma boa estrutura
física tecnológica ou contratação de serviços em nuvem para suportar o
sistema, colaboradores engajados e com disponibilidade, bem como uma diretoria
colaborativa e transparente.
O tempo de implementação pode variar de
acordo com os aspectos de cada instituição do setor de saúde, como o escopo
exigido para o projeto, a complexidade da instituição (número de leitos,
serviços e especialidades, números de unidades), a estratégia a ser adotada
pela instituição (segmentação por fases), e por fim, a equipe envolvida no
projeto.
Definido esses tópicos, é possível seguir
para os próximos passos, que abrangem: visita “in-loco” para conhecer os
detalhes da instituição, planejamento e implantação. Assim, em um “levantamento
inicial”, é realizado um entendimento de todos os procedimentos operacionais,
em seguida, a “análise de aderência” consiste em visualizar como o novo sistema
funcionará junto dos seus processos, e na fase de “parametrização”, é possível
realizar as configurações e testes necessários.
Já no “treinamento usuário-chave”, este
usuário é capacitado a operacionalizar todas as suas rotinas no novo sistema,
validando se seus processos estão aderentes e funcionais, para enfim, realizar
o “teste-piloto”, ou seja, um checklist com alguns usuários finais do software.
Por fim, as etapas de “Go live & Acompanhamento”, em que há o
acompanhamento do software em funcionamento e a “oficialização do uso”
finalizam o processo de implementação.
Tecnologia na saúde: investimento
estratégico para as instituições
Apesar de vantajoso, os investimentos em tecnologias na área da saúde geralmente são de alto custo e o fluxo de caixa em
muitos momentos não condiz com a necessidade das instituições, o que acaba
atrasando a evolução de diversas áreas dentro de hospitais, clínicas e laboratórios,
além de contribuir para a perda na qualidade de atendimento ao paciente. Porém,
este é um caminho que já foi iniciado e não deve retroceder.
Para continuar investindo em tecnologia,
como os softwares de gestão hospitalares, em um ambiente mais propício de
trabalho aos profissionais de saúde e um melhor e mais seguro atendimento aos
pacientes, é imprescindível que as instituições possam contar com consultorias
e profissionais especializados, qualificados e dedicados a oferecer a melhor
solução e atendimento. Desta forma, será possível seguir avançando
tecnologicamente no setor que mais precisa prestar apoio aos seus clientes.
Daniel Rocha é Diretor Executivo da Digisystem, empresa 100% brasileira com mais de 30 anos de experiência em serviços especializados em TI.
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