Vagner Mayer fala sobre o cenário atual dos mercados e expectativa no curto prazo.
O analista macroeconômico e Trader e youtuber Vagner Mayer, 35 anos, paulista com mais de 40 mil seguidores nas suas redes sociais, falou sobre os últimos movimentos de mercado e segundo ele, as fortes movimentações no fluxo de saída dos ativos de risco ao redor do mundo, foram aceleradas após as curvas de rendimentos dos países como EUA, Alemanha, Inglaterra e zona do euro voltarem a subir para os níveis mais altos dos últimos anos. Com a escalada incansável da inflação que trouxe os dois dígitos para Espanha, Inglaterra e Alemanha, a alteração na política monetária da maioria dos países desenvolvidos tem forçado situações incomuns nos mercados, equiparando esses países aos emergentes.
Como boa parte dessas nações não são
alto suficientes em energia e commodities, o custo de vida das famílias têm
ficado cada vez mais apertado, fortalecendo um cenário de plena dependência e
fraqueza, derrubando o índice de produção líquida e rebaixamento de produção na
expectativa futura. Por outro lado, as manobras na taxa de juros também dos
EUA, tem tido pouco efeito em outros indicadores de suma importância para o
equilíbrio monetário e fiscal. Ao passo em que as atenções estão todas voltadas
para derrubar a inflação que hoje beira os 8% para meta padrão em 2%, os dados
de seguro desemprego seguem caindo, trazendo um cenário de economia ainda bem
aquecida, o que em tese impede o arrefecimento do consumo e fortalece cada vez
mais a expectativa de inflação para cima.
Este cenário tem sido até o momento
interessante para o mercado brasileiro que está na contramão do mundo todo com
PIB crescendo enquanto a maioria dos países está em queda, juros reais maiores
do mundo em torno de 8%, e inflação em queda juntamente com índice de
desemprego menor dos últimos 6 anos. O fluxo de capital estrangeiro presente na
nossa economia chegou a se aproximar dos R$100 bilhões o que elevou o índice
Bovespa para os 115mil pontos em praticamente um só movimento desde os 96 mil.
A perspectiva futura é de que com a saída desses dólares da nossa bolsa, tenhamos
uma queda um pouco mais acentuada para os 105 mil pontos, ajustando estes
últimos movimentos de alta. Tudo está nas mãos do Federal Reserve e do Banco
central europeu que seguem atrás da curva e à medida em que forem ajustando, o
diferencial de taxas pode travar a evolução da econômica brasileira por um
período.
O principal trigger dos mercados para
balizarmos os movimentos futuros do Fed, tem dia e hora para acontecer e será
na próxima sexta feira, quando serão divulgados os dados de criação de emprego
dos EUA o tão temido Payroll para os operadores e Traders, pois dependendo do
resultado, pode fazer ajuste dos preços em uma grande proporção de negócios ,
ampliando a volatilidade principalmente no câmbio e na curva de juros
Youtube: https://www.youtube.com/c/VagnerMayer
Instagram: @vagnermayerb3
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