Dobra o número de mulheres empreendedoras no Brasil
No dia 19 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, a data marca uma iniciativa da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), que visa incentivar o empreendedorismo feminino. Desde 2016, quando os dados começaram a ser contabilizados, o número de empreendedoras no país dobrou. Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor 2021 (GEM), realizada em parceria com o Sebrae, o Brasil possui 43 milhões de empreendedores, dos quais 45,6% são mulheres, ocupando a sétima posição no ranking mundial.
Um fato que vale destacar é que mulheres costumam empregar mulheres. De acordo com a pesquisa Instituto Rede Mulher Empreendedora 2021, 45% dos empreendimentos liderados por elas são majoritariamente femininos e sete em cada dez empreendedoras possuem sócias mulheres. Na hora de optar por um negócio próprio, 82% delas empreendem por necessidade e 60% para fazer a diferença no mundo, aponta levantamento do Sebrae-PR Empreendedorismo Feminino 2022. Para motivar mais mulheres a empreender, listamos abaixo quatro histórias inspiradoras empresárias de sucesso.
Patrícia Turmina (28) é a empreendedora por trás da Royal Trudel, rede de franquias do segmento de alimentação especializada em Trudel, que faturou R$20 milhões em 2021 e almeja fechar 2022 com R$30 milhões. Sem nunca ter provado ou visto um trudel, doce originário da Romênia, Patrícia, que é formada em administração de empresas, conheceu o doce apenas por foto, quando os pais retornaram de uma viagem feita ao Leste europeu. Depois de muitos testes para chegar à massa ideal e com capital emprestado pela família, ela abriu a primeira loja em 2016. O doce caiu no gosto dos brasileiros e faturou, por cinco vezes consecutivas, o título de melhor doce de Gramado/RS. Dois anos depois, a Royal Trudel entrou para o franchising e, atualmente, conta com mais de 50 lojas espalhadas pelo Brasil. Patrícia conta que aos poucos foi aprendendo a equilibrar todos os pontos de como empreender: “Foi um aprendizado doloroso. Hoje, muita coisa eu delego, mas não abro mão de continuar preparando a massa, para manter a receita em segredo”, explica.
Fundadora da Nutty Bavarian no Brasil, Adriana Auriemo conheceu as castanhas glaceadas em uma viagem aos Estados Unidos, em 1996. Recém-formada em administração de empresas, ela estava assistindo a um jogo de basquete quando sentiu o aroma adocicado das nuts. Comeu, apaixonou-se e foi atrás do fundador da empresa para trazê-la ao Brasil, conseguindo a licença para comercializar a marca com exclusividade na América do Sul. Atualmente com cerca de 120 unidades franqueadas em todo país, a Nutty Bavarian tem ainda outras frentes de negócios como vendas para grandes varejistas e cobranding. A empresária acredita que para manter o bom andamento do negócio é importante “conhecer os desafios, estar sempre inovando e manter-se informada sobre as inovações e necessidades do mercado”, diz.
Natiele Krassmann e Veronica Sellah se conheceram em um evento de negócios em Nova Iorque, nos Estados Unidos, viram que suas aspirações eram muito similares e decidiram unir forças para empreender. Assim, em 2016, surgiu a Criamigos, única rede especializada na personalização de pelúcias do país. “Na época, ouvimos muito que éramos malucas, que estávamos pensando num negócio desenhado na contramão de todas as estatísticas, que apontavam a ascensão do comércio eletrônico e da gamificação e o encolhimento do varejo físico”, destaca Veronicah. Hoje a franquia fatura cerca de R$120 milhões, com mais de 50 unidades, em todo país. A meta é chegar a 100 oficinas e estar presente em todos os estados do país até final de 2023.
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